O Livro dos Médiuns

072 – SEGUNDA PARTE-Capítulo XXV–Das evocações-item 274-279

Reflexões:

1) Considerando-se que todo espírito pode ser evocado, forçosamente o que evocarmos atenderá nossa evocação? Por quê?

2) Que obstáculos o médium pode oferecer à manifestação do espírito?

3) É conveniente que se evoque espíritos maus? Por quê?

4) Qual é a atitude do guia do médium nessas circunstâncias?

5) Interprete essa afirmação de São Luís: "O nome de Deus só tem influência sobre os Espíritos imperfeitos, quando proferido por quem possa, pelas suas virtudes, servir-se dele com autoridade".

Conclusão

CONCLUSÃO

1) Não. Apesar de todo espírito ser passível de evocação, isso não significa que todos tenham permissão, queiram, ou tenham condições de atender ao nosso chamado. Tudo ainda depende das circunstâncias vibratórias que envolvem evocador e evocado.

2) Suas próprias e muito particulares características: a condição moral é a mais importante, mas também atrapalham a disposição do médium para o trabalho, sua perseverança, seu desenvolvimento intelectual, etc. Assim como acontece com os espíritos, o médium também precisa querer e ter condições físicas e vibratórias adequadas para atender ao chamado.

3) Depende do objetivo. Se for para ajudar o espírito a "acordar" para o bem e/ou com a finalidade educacional tanto para encarnados quanto para os desencarnados (vide a segunda parte de O Céu e o Inferno, guardadas as devidas proporções), é lícito que se tente contato com esses espíritos.
Porém se o objetivo for o de usar o espírito para fazer o mal, o médium responderá por essa má ação sofrendo as agruras da obsessão; a evocação de espíritos atrasados com fins a objetivos também atrasados, como despachos, amarrações, pactos, paixões, curiosidade, entre outros, sujeita gravemente o encarnado a consequências dolorosas no futuro. Porquanto, não há amparo, obviamente, de entidades esclarecidas, e aquelas, mais atrasadas, que se empenharam no trabalho espiritual, com certeza, cobrarão graves retribuições.

4) O guia do médium tenta sempre dissuadi-lo de cometer más ações, mas nem sempre ele é ouvido, sequer consultado; assim deixa que seu pupilo siga o caminho que escolheu, que o levará à obsessão grave, caso não se corrija.

5) Quando um alguém tenta auxiliar um espírito imperfeito, esteja ele encarnado ou não, apontando-lhe os valores morais que este necessita trabalhar para melhorar-se, encontrará dificuldades em fazê-lo se estiver despreparado para tanto. O estar despreparado não significa que o mediador não possui conhecimento necessário para isso, mas sim, que não pratica tal conhecimento, o que o torna lastimavelmente ineficaz. Assim se pode afirmar que o nome de Deus, proferido por quem não tem ascendência moral sobre os maus espíritos é uma palavra qualquer, pronunciada sem autoridade e sem compromisso.