O Livro dos Médiuns

057 – SEGUNDA PARTE-DAS MANIFESTAÇÕES-Capítulo XXIII–Da obsessão–itens 241-243

Reflexão

1. Por que a possessão pode ser considerada uma subjugação?

2. No abandono desse termo, os Espíritos nos informam a utilização de dois critérios. Qual deles lhe parece mais contundente para explicar porque o uso do termo é inadequado?

3. Por que a obsessão em qualquer grau, um dos maiores escolhos da mediunidade, é também o mais frequente?

4. Dentre as características citadas no item 243, qual consideras a mais difícil de ser educada e por quê?

Conclusão

CONCLUSÃO

1. O termo possessão pressupõe a posse - posse do corpo por outro espírito - o que seria ir contra as leis da física.
Ensina O LE (q. 474) "Desde que não há possessão propriamente dita, isto é, coabitação de dois Espíritos no mesmo corpo, a alma pode ficar na dependência de outro Espírito, de modo a se achar subjugada ou obsidiada ao ponto de a sua vontade vir a achar-se, de certa maneira, paralisada. São esses os verdadeiros possessos. [...] O vocábulo possesso, na sua acepção vulgar, supõe a existência de demônios, isto é, de uma categoria de seres maus por natureza, e a coabitação de um desses seres com a alma de um indivíduo, no seu corpo. Pois que, nesse sentido, não há demônios e que dois Espíritos não podem habitar simultaneamente o mesmo corpo, não há possessos na conformidade da ideia a que esta palavra se acha associada. O termo possesso só se deve admitir como exprimindo a dependência absoluta em que uma alma pode achar-se com relação a Espíritos imperfeitos que a subjuguem.

2. O que "implica a crença de seres criados para o mal e perpetuamente votados ao mal, enquanto que não há senão seres mais ou menos imperfeitos, os quais todos podem melhorar-se", o que está em conformidade com a Justiça de Deus.

3. A obsessão é o obstáculo mais frequente na prática mediúnica devido ao nosso atraso moral (ser atrasado, ou inferior, não significa ser mau - significa apenas que ainda não conseguimos ou não aprendemos); sendo o nosso orgulho e a nossa vaidade as dificuldades mais difíceis de domar ou de educar, tornam-se as portas de acesso para a obsessão.

4. Essa resposta foi pessoal e a escolha de cada participante foi bem justificada.
Precisamos ficar atentos a esses sinais, principalmente em nós mesmos, pois em nossos irmãos é fácil de observar, devendo nos lembrar que "vigiar" (de orar e vigiar) é vigiar aos nossos sentimentos, pensamentos e atitudes, o que é sempre mais difícil.