O Livro dos Médiuns
046 – SEGUNDA PARTE-DAS MANIFESTAÇÕES-Capítulo XVIII-Formação dos médiuns–itens 221-222
Reflexão
1. Em que circunstância o exercício da mediunidade pode causar algum mal físico ao médium?
2. Nesse caso, que atitudes deve o médium tomar?
3. Como ficaria, então, a necessidade de trabalho através da mediunidade?
4. Por que os Espíritos desaconselham o exercício da mediunidade em crianças?
5. Qual é a exceção?
6. Qual a idade segura para o exercício da mediunidade?
7. Resuma o que diz o parágrafo XII da "Introdução" de O Livro dos Espíritos.
Conclusão
CONCLUSÃO
1. Quando o médium já tem compleição física frágil o exercício da mediunidade, não sendo moderado, poderá exaurir suas forças físicas.
2. Deve ter o cuidado de não exagerar nos exercícios para não comprometer sua saúde: deve sempre ser observado o limite do corpo físico.
3. Se o médium for cuidadoso, sua tarefa não deixará de ser feita; mas se, apesar dos cuidados, sua saúde ficar prejudicada, existem muitos outros trabalhos na seara do Mestre Jesus que, mesmo uma criatura muito frágil, pode praticar.
4. Por sua fragilidade e imaturidade física e psicológica.
5. A exceção são as crianças que têm sob domínio este atributo (talvez por já o terem treinado em existências anteriores), apesar da sua pouca idade e imaturidade psicológica; mas "[...] quando numa criança a faculdade se mostra espontânea, é que está na sua natureza e que a sua constituição se presta a isso". O mesmo não acontece, quando é provocada e sobreexcitada; neste caso, deve-se deixar que tudo siga normalmente; não se deve pôr a criança "para trabalhar", nem se deve considerá-la especial - sabe-se que mediunidade não é sinônimo de superioridade, muito pelo contrário.
6. A idade segura é a idade da maturidade, geralmente por volta do término da adolescência que, atualmente, é atingida cada vez mais cedo e diferentemente em cada indivíduo.
7. Nem sempre o espírito que se comunica usa de sua identidade verdadeira. Os espíritos inferiores gostam de usar nomes respeitáveis, vez que nos querem manter em erros. Ocorre que o uso de nome respeitável não é garantia de evolução. O teor da comunicação dirá realmente quem é o comunicante. Não há um controle para identificarmos o espírito que se comunica, mas há algumas condições que nos ajudam a ter certos indícios para identificarmos o comunicante.. Um amigo ou parente que desencarnou recentemente , quando se comunica, ainda mantém a linguagem que conhecíamos em vida. Isso já é um indício de identidade. Outro fator que ajuda na identificação é pela psicografia, cuja letra pode mudar a cada espírito evocado. Segundo Kardec, constatou-se que pessoas que desencarnaram recentemente ainda mantêm a mesma letra que usavam quando no corpo físico, inclusive assinaturas idênticas. Mas não podemos ter esse fato como regra. Quanto aos espíritos que faleceram mais remotamente, não temos o mesmo controle, mas podemos reconhecê-los pela linguagem e pelo caráter. Mesmo porque um espírito com certa evolução não falará como um perverso e imoral. Não podemos esquecer que é incalculável a quantidade de espíritos e não temos como conhecê-los a todos. A mistificação poderá ocorrer se não houver conhecimento adequado quando das comunicações. Mistificação é uma das dificuldades do espiritismo prático. Ninguém está livre de ser enganado. Mas na realidade o nome de quem se comunica é o que menos importa e sim o teor da mensagem que nos é passada.