O Livro dos Médiuns

090 – SEGUNDA PARTE-Capítulo XXVII–Das contradições e mistificações-item 297-300

Reflexões

1) O que nos leva, muitas vezes, ao equívoco quando nos referimos aos fenômenos espíritas?

2) Por que não há uma concordância geral entre os espíritos no que concerne aos preceitos básicos da Doutrina?

3) Que analogia podemos fazer entre as contradições humanas e espirituais?

4) Qual é o papel do Espiritismo no que tange a essa distinção?

Conclusão

CONCLUSÃO

1) Isso é resultante das nossas ideias cultivadas nos tempos de ignorância; muitas vezes nem pensamos no que dizemos, não refletimos antes de concluir sobre este ou aquele fenômeno. Também devemos afastar dos espíritos a aura de misticismo e onisciência que, muitas vezes lhes atribuímos, porque assim como os encarnados, possuem preconceitos e vícios morais diversos, não são infalíveis, e muitos estão mais distantes da verdade que os encarnados.

2) Os espíritos são as almas dos homens que vão e voltam de um mundo a outro (material e espiritual), portanto o que eles sabem tanto num quanto em outro estado é o mesmo que sua intelectualidade já alcançou. Assim, é comum a divergência de entendimento e de compreensão sobre temas que ainda se conhece pouco. Com a evolução e o estudo sério as opiniões irão se aproximar da verdade.

3) Numa "fé raciocinada" é natural que hajam divergências, já que os homens não são iguais em termos morais evolutivos, estejam encarnados ou não. Somente a fé cega e o dogmatismo enfileiram todas as "verdades" numa mesma direção, sem questionamentos.

4) O estudo do Espiritismo e sua sincera reflexão capacita o homem a julgar com maior clareza as comunicações espirituais. Ou seja, a não aceitar cegamente tudo o que parte do mundo espiritual, pois se passa a compreender que entre os espíritos há muitos ignorantes, mal intencionados, orgulhosos e sistemáticos. Disso tudo, começa-se a encarar a espiritualidade de um ponto de vista racional e lógico, afastado da crença cega que tem envolvido a humanidade.