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243b – Tema: Responsabilidade: somente para os adultos? - conclusão

CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
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Estudos dedicados à família e à educação no lar

Tema: Responsabilidade: somente para os adultos?
Conclusão

Olá amigos!

Antes de mais nada, agradecemos a excelente participação de todos! Para encerrar o estudo desta semana, lhes deixo um texto de Rita Foelker, extraído do livro _Caminhando em Família_.

RESPONSÁVEIS DESDE PEQUENOS
A biografia de John Dewey (1859 _ 1952, educador e filósofo norte-americano) registra que, desde pequeno, sua mãe confiava aos filhos pequenas tarefas, para que se sentissem responsáveis.

Não tenho como aferir o quanto isto pode ter influenciado na formação do seu pensamento e personalidade, mas o que sei é que a maioria de nós, pais, age como se responsabilidade fosse só para adultos, e não para crianças.

Podemos até dizer que deixamos algumas pequenas responsabilidades para nossos filhos, mas não é bem assim quando, em geral, estamos prontos para retomá-las e isentá-los, assim que deixam de cumpri-las.

Algumas vezes, fazemos mais: pegamos para nós responsabilidades que seriam de nossas crianças, como, por exemplo, o dever de casa, arrumar o material de escola ou ficar atento às datas de entregas de trabalhos.

Pode parecer que isto é amor, num primeiro momento. Cuidados de pais zelosos. Mas o que existe, realmente, é falta de confiança (_eles não vão conseguir_) ou vaidade (_a professora vai pensar que não estou ligando_), que leva as crianças ao desleixo para com as próprias obrigações, já que há sempre alguém para cobrá-las. Afinal, como podem os filhos se sentir aptos a desempenhar tarefas, se os próprios pais duvidam de sua capacidade?

Um fato é inegável: se não perceberem a importância e assumirem responsabilidades desde pequenos, será difícil isto acontecer quando se tornarem adultos, quando se casarem e se mudarem. Não se aprende responsabilidade de uma hora para outra.

Talvez o problema esteja em nós, que aprendemos responsabilidade da pior maneira e nos acostumamos a suportá-la como um fardo, como algo extremamente negativo de que precisamos poupar nossas amadas crianças, responsabilidade que vem com o peso do sacrifício e da preocupação, quando deveria ser um elemento de auto-estima.

Afinal, já somos capazes de fazer tanta coisa! Isto é bom, pois mostra o quanto aprendemos, o quanto caminhamos.

Podemos ensinar responsabilidade como algo positivo e importante para nossa felicidade. Como uma conquista evolutiva. Vejamos alguns exemplos de pequenas responsabilidades que nossas crianças podem ter, com a supervisão dos pais.

Bichos de estimação. Cuidar para que o animalzinho tenha sempre água fresca e coma nas horas certas. Observar se ele está bem ou se parece _jururu_. Os maiores podem cuidar de manter o _banheiro_ do bicho limpinho. Explique que, quando são bem tratados, os animais crescem felizes e vivem mais.

Tarefas domésticas simples. Não deixar sapatos espalhados, arrumar a própria cama ou a mesa, para as refeições. Ajude seu filho a perceber que a casa só funciona porque cada um cuida de sua parte: uns limpam, outros cozinham, e tudo isto faz dela um lugar agradável para se viver.

Objetos emprestados. Um livro da biblioteca ou um brinquedo do colega precisam ser manuseados com cuidado, como se fossem nossos, e devolvidos assim que terminarmos de utilizar. Não é porque temos a chance de usar algo que não nos pertence, que vamos abusar. Se alguém nos empresta um bem, é porque confia em nós, sabe que não vamos estragá-lo e nem esquecer de devolver.

Ótimo dia para todos e bom estudo!

Equipe Educar CVDEE
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Conclusão