218c - TEMA: Amor – Fonte de Vida - conclusão com texto
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TEMA: Amor _ Fonte de Vida
Conclusão
Amigos, como conclusão, segue um texto extraído do site www.espirito.org.br, que acredito tenha algo a nos acrescentar acerca do amor.
Muita paz a todos!
A Análise do Amor
Paulo Roberto dos Santos
Normalmente se pensa no amor como um sentimento único, uma meta a ser atingida num futuro remoto. Entretanto, o amor é multifacetado e apresenta-se em diversos níveis, estando ao alcance de todos os seres. Entre os animais, a fêmea que zela pelos filhotes, tendo unicamente o instinto como fio condutor, pratica um tipo de amor. Os animais gregários estabelecem esquemas de defesa baseados ainda nesse nível de amor primário.
A confusão em torno da palavra fez-se tão grande que já é comum dizer-se <br>fazer amor<br>. Não se faz amor, se faz sexo, que é também um tipo de amor. O corpo carnal é veículo de sensações. Prazer e dor são sensações conduzidas pelo sistema nervoso ao cérebro e daí a informação segue para o Espírito via perispírito. As emoções, os sentimentos, são atributos do ser espiritual. A alegria e o sofrimento moral não são propriedades da matéria, embora possam ter, e freqüentemente têm seus reflexos no corpo carnal.
Todos os sentimentos mais elevados tais como a amizade, simpatia, consideração, generosidade e altruísmo, são manifestações desse amor multifacetado a que nos referimos. O próprio ato sexual pode ser praticado com ou sem amor em suas diferentes nuances. O mais comum ainda é o sexo feito unicamente como mecanismo de vazão de exigências vitais. Uma descarga nervosa e emocional que contribui para o (re)equilíbrio do psiquismo humano, dada nossa condição evolutiva.
Jesus amou incondicionalmente a humanidade e igualmente a todos, exercendo o Amor-síntese, só possível a uma criatura que reúne em si todos os sentimentos nobres. Amou também a Maria Madalena, a cortesã iludida pelos prazeres mundanos, cuja alma migrou do amor sensual para o amor espiritual sob a influência do Cristo.
Allan Kardec abordou a questão inserindo-a em O Evangelho Segundo o Espiritismo (Introdução, item XVI) apoiando-se em Sócrates e Platão: <br>O amor, que deve unir os homens por um laço fraternal, é uma conseqüência dessa teoria de Platão sobre o amor universal como lei natural. Sócrates, tendo dito que <br>o amor não é um deus nem um mortal, mas um grande demônio<br>, quis dizer que um grande Espírito preside ao amor universal. Esta afirmação lhe foi sobretudo imputada como crime. Como se vê, por amor e pelo amor muitos já deram a vida.
Não nos parece razoável buscar o amor crístico sem antes nos exercitarmos nos níveis menores do amor, praticando-o nas pequenas coisas ao ponto de, como Francisco de Assis, integrar-se no todo chamado o sol, a lua, a estrela, a água e o fogo de irmãos. Deveremos ainda lutar contra o exagerado egocentrismo, tão profundo e comum como há dois mil anos. Este é o trabalho do tempo e do esforço pessoal. Os filósofos e os poetas têm o poder de superar as barreiras do convencionalismo e dos preconceitos enxergando ao longe e em profundidade, tal como Thiago de Melo ao escrever seu Arabesco: <br>Já próximo escutamos o rumor dos cavalos que correm pela treva.
Até agora, porém, nada aprendemos:
Não conquistamos nem a paz dos loucos, nem a mudez das fragas solitárias.
E enquanto a noite enorme nos ronda estende suas mão para afagar-nos, na areia das palavras desenhamos o arabesco invisível desta mágoa: Somos frágeis demais e não sabemos sequer o que nos falta para sermos completos como um deus - ou como um pássaro<br> (Thiago de Melo, Narciso Cego, página 31).
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Beijos a todos, bom estudo e uma ótima semana!!
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