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158_ – Tema: Evangelho no Lar – valor, apoio e prática. - estudo

CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
www.cvdee.org.br - Sala Virtual de Estudos Educar
Temas destinados à Família e à Educação no Lar



Tema: Evangelho no Lar – valor, apoio e prática.
Período de estudo: de 19/11/2005 a 26/11/2005.



Olá amigos da sala! Vamos papear um pouco sobre o Evangelho no Lar esta semana?



Sabemos que é uma espécie de “reunião” familiar semanal, tendo como base os ensinamentos de Jesus, à luz do Espiritismo, para melhorar nossa caminhada em busca da evolução.



Vou fazer um pequeno resumo de o que é, como fazer e algumas observações sobre este tema, ok?



Bom, desde o começo do cristianismo eram comuns as reuniões em torno do Mestre para reflexão e oração. A primeira delas foi na casa de Pedro, numa atmosfera de paz, recolhimento e simplicidade, longe de templos e multidões. Após a morte de Jesus, os cristãos continuaram a se reunir em suas casas, com o objetivo de refletir sobre os ensinamentos que o Mestre havia deixado e orar em comunhão com Deus. Ao longo dos séculos esta prática foi sendo esquecida.



Com o advento da Doutrina Espírita surgiu a necessidade de trazer o Evangelho para dentro de cada lar, com um objetivo mais abrangente, ou seja, não apenas estudar, orar e fortalecer a fé, mas também:



Higienizar a atmosfera familiar, por meio de vibrações de equilíbrio, pensamentos de paz e harmonia, gerados em conjunto e ampliados pelos Espíritos que comparecem à reunião;
Promover a reforma íntima de cada um dos integrantes da família, pela reflexão sobre os próprios defeitos e a assimilação das virtudes, tendo Jesus como modelo;
Eliminar discórdias, restabelecer a união e a solidariedade no lar, afastando possíveis mágoas ou ódios trazidos do passado;
Habituar as crianças a orar e a compreender a importância da fé em nossas vidas, ajudando-as a combater desde cedo o egoísmo, a inveja, a mentira e outros defeitos que se manifestam desde a infância;
Receber a visita de Espíritos orientadores que comparecem para auxiliar, e de familiares desencarnados que vêm, se estiverem em condições de participar dos estudos, para aprendizado;
Proteger o lar do assédios de Espíritos menos evoluídos que nos acompanham, atraídos pela nossa invigilância.


Cada família tem uma maneira específica de se fazer o Evangelho do Lar (aqui, costumamos ler uma mensagem edificante, fazer uma prece de abertura, estudar um trecho do evangelho, comentar e fazer a prece final e vibração). Vou só transcrever aqui o modo como é orientado no centro que freqüento:



No dia combinado, minutos antes da reunião, preparar o ambiente como se estivéssemos aguardando uma visita especial;
A mesa arrumada para o alimento do Espírito: livros, dentre eles o “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, uma jarra (ou copo) com água para ser fluidificada, um caderno para anotar o nome dos necessitados (encarnados e desencarnados);
Música suave para harmonizar as vibrações, aparelho de TV desligado.
Iniciar com uma prece simples e espontânea, buscando silêncio dentro de nós mesmos, procurando mentalizar a figura de Jesus;
Pedir inspiração do alto;
Abrir o “ESE”, procurando iniciar pelo primeiro capítulo, mas também podendo ser aberto ao acaso.
Ler um trecho curto e, em seguida, fazer comentários sobre o mesmo, estabelecendo correlação com a vida diária.
Ler uma mensagem edificante (pode ser dos livros “Pão Nosso”, “Fonte Viva”, “Calma”, entre outros.
O Evangelho no Lar não deve durar mais do que 30 minutos.


Quanto à parte final, das vibrações, podemos vibrar por várias coisas, como por exemplo: fraternidade e paz para as nações em guerra; equilíbrio aos obsidiados; saúde aos familiares e amigos doentes; alegria aos tristes e abandonados; proteção ao lar onde está sendo feito o Evangelho; amparo aos velhinhos nos asilos e crianças nos orfanatos; carinho aos desencarnados; etc.



Alguns pontos importantes sobre o Evangelho no Lar:



Não deve haver manifestações mediúnicas;
Estabelecer dia e hora para a reunião, levando em conta a disponibilidade de todos os membros da família, cumprindo com disciplina o compromisso firmado;
Aquele que estiver sozinho, deve ler em voz alta, num tom natural, como se estivesse lendo para um grupo de pessoas e, em seguida, fazer um breve comentário, com a finalidade de fazer-se compreender por aqueles espíritos que ainda não têm condições de captar o pensamento, mas que precisam ser doutrinados.
Se houver crianças em casa, incluir textos infantis com conteúdo evangélico, proporcionando-lhes espaço para perguntas e liberdade para contar suas próprias experiências, relacionadas ao que está sendo estudado;
Não convidar pessoas de fora para participar da reunião de forma regular, pois cada qual deve iluminar e higienizar o próprio lar. Entretanto, se aparecer uma visita inesperada, pode-se convidá-la a participar naquele dia específico;
Evitar interromper a reunião para atender campainha ou telefone: caso não seja possível evitar, fazê-lo rapidamente, explicando o real motivo da pressa em retornar ao estudo;
Fazer o Evangelho em torno da mesa é mais adequado do que no sofá ou na cama, que podem propiciar uma postura inadequada ao estudo e favorável ao sono;
Lembrar que cada um, na hora do comentário, deve fazer uma auto-análise, nunca uma referência aos defeitos do outro, pois essa atitude gera frequentemente desavenças e perturba o clima de harmonia.


Bom, pessoal, essas foram as considerações que eu tinha a escrever sobre o Evangelho no Lar. Vamos agora debater um pouco sobre o assunto?



Questões propostas para estudo



1. Você tem o costume de praticar o Evangelho no Lar? Há quanto tempo?



2. Se você faz, acredita que, com a prática do Evangelho no Lar, o ambiente onde vive tem tido um clima mais ameno, tranqüilo, de paz? Se não faz, acredita que isso seria possível com a prática regular do Evangelho?



3. Em sua opinião, qual o benefício pessoal que você tem ao praticar o Evangelho no Lar?



4. Comentários? Podem escrever aqui.



Muita paz a todos e um excelente estudo!

Equipe Educar - CVDEE

Lu, Rosane, Fúlvia, Márcio e Ivair




Conclusão