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107a – Tema: Família : Há mudanças? - nosso papo com peça teatral encenada no CONJES

Recentemente tivemos aqui no Rio Grande do Sul um evento chamado CONJES -
Confraternização de Juventudes Espíritas da 2ª Região Federativa e o tema proposto
era Laços de Família. Organizamos um teatro sobre a evolução da família. Mostrando
alguns pontos que se modificaram através do tempo. Colocarei aqui o referido texto.
O texto está em formato de teatro. Qualquer dúvida entrem em contato.
Abraço à todos
Oscar


A família no tempo

Entram Adão (comendo uma maçã) e Eva, devidamente caracterizados. Iniciarão a
apresentação como se fosse um documentário.

ADÃO: Bom dia!!!
EVA: Bom dia!!!
ADÃO: Fomos escolhidos para mostrar a todos como o conceito sobre a palavra família
veio se modificando através dos tempos.
EVA: Para isso, teremos muitas atrações, participações especiais, artistas, música,
poe-sia, pássaros, árvores e serpentes, e maçãs, muitas maçãs!!!
ADÃO: Chega! Ta pensando que isso aqui é o paraíso? Nada disso, este um momento de
muita seriedade.
EVA: Bem, chega de papo. Vamos iniciar de uma vez...
ADÃO: E se vocês pensam que fomos nós que começamos a formar as famílias,
prepa-rem-se, pois terão muitas surpresas.
EVA: Muitas surpresas mesmo....
Vão saindo, enquanto dá uma música (tipo aquele do filme 2001, uma odisséia no
espaço). Em seguida dá um barulho de uma grande explosão. Logo após, entra a Ter-ra
(Larissa).
TERRA: (Passando mal, meio tonta) Ai! Estou fervendo! Muito! Não agüento mais! Ta
muito quente! (Entra uma música mais tranqüila, a Terra começa a se acalmar). Ufa!
Formaram-se os mares, os oceanos, começou a vida! Vegetação diversa, tudo tão
certi-nho. Ih! Quem são aqueles seres? Ei! O que estão fazendo? Comendo raízes?
Agora estão caçando? Ah, não! Era bom demais pra ser verdade. Eles vão estragar
tudo... Socorro!!! Acudam!!!
Entra uma música mais ritmada. Entram dois homens primitivos passando a idéia de
que vão caçar. Entra logo depois, uma primitiva, cultivando uma planta. Em seguida
eles voltam, carregando um bicho de pelúcia (caça). E começam a disputar a atenção
da primata. Logo estão duelando, ficando apenas um no palco. O qual vai sair de
cena, arrastando a mulher.

Música:
Entra Zeus.
ZEUS: Não agüento mais viver assim, como poderei esconder isto de Hera?
Nesse instante entra Hera (música de terror/suspense).
HERA: Como está meu amor?
ZEUS: Estou indo Hera. Meio cansado desta vida...
HERA: Como cansado? Você é o deus mais poderoso.
ZEUS: Mas devo confessar que estou preocupado
HERA: E posso saber o que preocupa tanto o meu deus favorito?
ZEUS: Não é da sua conta. Nessas horas eu queria ser humano, pois para eles a
mulher não tem nem alma. Não opinam e não interferem nas decisões que os homens
tomam. Somos nós os verdadeiros chefes de família, cultivando uma religião caseira.
Decidindo sobre o futuro dos filhos e filhas, bem como das esposas. Podendo
inclusive nomear um segundo esposo em caso de morte do marido.
HERA: Ainda bem que não estou lá na Terra. Pelo menos assim instituiu-se a formação
familiar, na história das civilizações.
ZEUS: Mas tenho mais coisas pra pensar que a formação das famílias na terra. (Vai
saindo).
HERA: Ele está me escondendo algo... Quando eu souber o que ele está tramando...
(Hera vai saindo e ataca trombando com Mercúrio).
MERCÚRIO: Onde está ele? Chamou-me a meio segundo atrás...
ZEUS: Ah! Você está aí! Fala pra Ninfa ter o nosso filho longe daqui, pois Hera
pode descobrir e irá se vingar.
(Mercúrio começa a correr em câmera lenta, Zeus sai com a cabeça baixa. Nisso entra
uma Ninfa com alguns ramos de árvore, formando uma espécie de coroa, caminhando
despreocupadamente. Mercúrio passa correndo por ela e depois volta).
MERCÚRIO: Trago um recado de Zeus!
NINFA: Fale homem! Quer dizer.... deus...
MERCÚRIO: Ele pede que vá ter seu filho bem longe daqui, pois se Hera descobrir irá
se vingar. Portanto, fuja! Fuja! Suma enquanto é tempo!
NINFA: Pois diga à ele que jamais irei fugir. Mas bem capaz!!!
(Sai Mercúrio correndo. A ninfa continua caminhando despreocupadamente e encontra
um bolinho de ninfas. Logo que ela chega todas estranham sua fisionomia).
Logo uma delas pergunta:
NINFA 2: O que houve? Está tão abatida!
NINFA: Estou grávida e o pai está com medo de que sua esposa queira se vingar, pois
é muito ciumenta. (todas reprovam a palavra ciumenta).
N2: Que isso, vamos lá falar com ela. Faz parte dos ensinamentos. Afinal ninguém é
de ninguém nessa época.
Todas se reúnem e vão falar com Hera.
Ao chegarem se deparam com Hera caminhando de um lado para outro. Ao ver aquele
povo chegando ela diz:
HERA: O que as ninfas querem agora? Não tem ramo velho pra ninguém...
NINFA: Nada disso, viemos pedir pra que você aceite o fato de que estou grávida de
Zeus e nada pode mudar isso.
N2: Zeus é o pai do seu filho?
N3: Do meu também
N4: Do meu também.
(Pode ter umas quantas vozes repetindo a mesma coisa. Como se fosse uma multidão....)
Hera, já escabelada e desesperada sai dizendo:
HERA: Acham ele tão lindinho? Então levem pra casa, vá conviver com essa mala. Um
deus que tudo pode. Vão conviver com ele, vão!
Todas as ninfas começam a se olhar...
NINFA: Pensando bem, acho que vou ter meu filho em algum lugar bem longe mesmo.
N3: É melhor estar só que mal acompanhada...
HERA: Vão sumindo de uma vez, vão... Antes que eu me arrependa e resolva usar de
minha força...
N4: Acho melhor irmos de uma vez...
NINFA: Vamos logo, pois logo ele estará aqui, obrigado Hera, tchau.
HERA: Ninfas bobinhas, mal sabem que Zeus já esteve com muito mais mulheres do que
se possa imaginar. Mas que posso eu fazer senão me vingar, mandando seus filhos
para longe? Já sei, vou espalhar que ele também foi traído... Vou acabar com a
imagem de galanteador...
ZEUS: Jamais! (Zeus estava ouvindo tudo atrás da porta).
HERA: Acha que não posso? Pois até já fiz. E até logo, Zeuzinho... (Viram as costas
e sai de cena)
ZEUS: Quando isso vai acabar. Um homem, quer dizer eu, um legítimo deus, não posso
ter mais de uma mulher? Pois vou atrás de uma mortal que tava caidinha por mim...


Entram Adão e Eva (agora trocados, o rapaz vestido de Eva e ela de Adão).
ADÃO: Que povo mais estranho, esse da mitologia.
EVA: Tudo faz parte da evolução. Os mitos nada mais são que estórias criadas para
explicar fenômenos da natureza que ainda tinham condições de serem entendidos.
ADÃO: Por isso refletem os pensamentos e costumes da época em que foram criados.
EVA: É, mas outros povos existiram e agiam parecido. É o caso do povo do antigo
tes-tamento que promovia casamentos entre primos para manter puro o sangue da
família.
ADÃO: Além disso...
EVA: Chega... Viemos só apresentar, lembra?
ADÂO: Ta bom, desculpe...
Saem de cena.

Entra Abraão dizendo:
ABRAÃO: Sara! Sara! Tive outra visão, precisamos arrumar as coisas e ir embora
lo-go... Vamos atrás de novas terras pois, formaremos um grande povo. O povo
hebreu.
SARA: (Entrando apressada) Ah! Está aí! Então vamos logo, precisamos arrumar as
coisas para viajarmos, já está quase tudo pronto..
ABRAÃO: E o que eu posso fazer? Eu apenas determino as coisas por aqui.
SARA: O senhor, vai me ajudar a arrumar as coisas, pois estou grávida e como tenho
idade um tanto avançada, não posso fazer muita força. Vamos rápido! Mexa-se!
ABRAÃO: (Já arrumando as coisas) Sara, formaremos um grande povo e se você
conti-nuar assim não serei o primeiro patriarca da história. Afinal de contas eu
quem deveria determinar o rumo das coisas. Vamos logo, precisamos achar a terra
prometida antes que nasça o bebê... Um dia todos se lembrarão de Abraão, o
patriarca.
SARA: Um dia seremos reconhecidas...
Saem de cena...
Ouve-se uma corneta, anunciando a chegada do rei.
Entra o Rei que fica caminhando de um lado para o outro em frente ao trono...
Chega a Rainha e pergunta:
RAINHA: O que houve meu senhor? Porque vossa majestade está tão preocupada?
REI: Não é de sua conta. Estou fazendo algo que jamais poderás entender. Estou
pen-sando.
RAINHA: (Com uma cara um tanto feia) Com certeza meu senhor, mas se eu puder ser
útil em alguma coisa...
REI: Está bem... Vá andando, qualquer coisa mando lhe chamar...
RAINHA: Está bem... (Vai saindo).
REI: Pensando bem, volte aqui agora. Acho que podes me ajudar. Lord Windinstown
Hanabrais quer se casar com nossa filha. Como vou fazer isso acontecer?
RAINHA: Convide-o para jantar conosco. Acerte os detalhes com ele e após a janta,
anuncie o casamento e então faremos o tradicional baile de pizzahananas.
REI: Nada disso! Tive uma idéia bem melhor! Convidarei o Lord Windinstown
Hana-brais para jantar conosco. Acertaremos os detalhes... Após anuncio o casamento
e fare-mos o tradicional baile de pizzahananas. È isso! Chame a princesa Judyet...
RAINHA: Mas Lord Windinstown Hanabrais não é um tanto velho para se casar com
Judyet? Ela tem só 16 anos!
REI: Cale-se! Não me questione! Sei o que estou fazendo! Casando-se com
Windins-town Hanabrais ela terá seu futuro garantido. Ele tem muitas posses e
assim, seremos um grande reino.
RAINHA: Mas meu senhor...
REI: Nem mais, nem menos... Chega, suma daqui agora!
Sai a Rainha e o orei logo em seguida sai dizendo:
REI: Vou calcular de novo o quanto iremos ganhar nesse negócio. Que investimento eu
fiz ao ter essa filha.
Entram Adão e Eva.
EVA: por muito tempo fomos subjugadas à força dos homens.
ADÃO: Épocas se passaram e os povos foram acordando para o fato de que as mulheres
também são gente, seres humanos. E que o sexo não determina capacidades diferentes,
apenas habilidades distintas.
EVA: Importante lembrar que hora reencarnamos mulheres, e hora reencarnamos
ho-mens. Afinal para evoluir precisamos desenvolver-se integralmente. Logo, toda a
desi-gualdade existente é fruto de atitudes incoerentes de todos nós.
ADÃO: Falando nisso, vou dar uma olhada no nosso pomar... Acho que tem mais ma-çãs
se desenvolvendo integralmente...
EVA: Só pensa em maçã, depois a culpa é minha...

Entra João dizendo:
JOÃO: Karen! Karen! Tive outra visão, precisamos arrumar as coisas. Vamos atrás de
uma nova idéia que tive. Agora conseguiremos vencer o desemprego. Montaremos nos-so
próprio negócio, uma cooperativa familiar.
KAREN (bem roqueira): (Entrando apressada) Ah! Está aí! Então vamos logo,
precisa-mos arrumar dinheiro pra cuidar do nosso futuro bebê, já está quase tudo
pronto...
JOÃO: Sim, deixe-me ajuda-la com isso...
KAREN: Isso é minha barriga, seu bobo.
JOÃO: É que estou tão entusiasmado com minha idéia que nem enxerguei direito.
KAREN: Que bom, um dia nosso filho crescerá e será dono da nossa empresa, que tal?
JOÃO: Calma, ele pode querer seguir outros caminhos...
KAREN: É verdade. Não podemos determinar o futuro.
JOÃO: Vamos logo, não podemos perder tempo.
KAREN: Ta bem, vamos...

Saem de cena.
Entra um casal discutindo.

PJ (Hippie): Esse bebê não é meu! Que papo mais baixo astral!
JÚLIA: É sim! Não adianta negar!
PJ: Você quer o meu dinheiro! Sua... Sua...
JÚLIA: Que dinheiro, lembra? Afinal sou eu quem paga tudo quando a gente sai junto.
PJ: Mas isso só porque não terminei minha faculdade ainda. Ei! To começando a sacar
esse lance de ser pai.
JÚLIA: Não troca de assunto! Vai assumir ou não vai?
PJ: Claro que vou, essa filha é minha. Mas será que devemos morar juntos?
JÚLIA: Não sei se daria certo
PJ: Eu só preciso de um lugar pros meus incensos e pra praticar meus exercícios
india-nos.
JÚLIA: Lá vem você com isso de novo. Desde que foi estudar história ficou assim...
PJ: Então ta certo! Vamos unir os trapos...
JÙLIA: Como assim certo? Nossos pais não podem saber que estou grávida...
PJ: Ta bom, então a gente casa rapidinho pra ninguém saber... Vamos embora.
Saem de cena...

Colocar cadeiras no palco, simulando um corredor de ônibus. Serão colocadas pelo
mo-torista, que põe todos no carro e começa a dirigir. Um rapaz roqueiro senta-se
na cadeira do canto de fora do lado esquerdo. E no outro lado, uma hippie. Ao lado
do roqueiro senta-se um amigo e começam a conversar.
R: E aí meu, beleza? O que aconteceu? Não te vi mais lá no Bar do Getúlio.
A: Tive que me mudar de lá. E a banda nunca mais tocou por lá também.
R: Sério? Pois eu estou me mudando pra lá. Minha mãe acha que é loucura, ela queria
que eu assumisse os negócios da família. Mas não dá, não é pra mim. Deixei pro meu
irmão. Quero viver da minha música. Aliás, falando em mudança, cadê minha mina? Ela
que ia trazer o resto das coisas. É que ela é um tanto esquecida, sabe? Deixa pra
lá. Mas me fala como ta a facul?
A: Ta indo...
Começam a diminuir o volume da conversa.
Ao lado da Hippie está sentada uma mulher.
H: Sabe onde é que eu desço pra ir no Getúlio? Meu amor me falou muitas vezes, mas,
não me lembro.
M: Eu moro lá perto. Não se preocupe, é no final da linha.
H: É mesmo! Tinha me esquecido! Já levei tudo pra lá, só faltavam às roupas...
M: Isso acontece nas melhores famílias.
Troca de foco:
R: Acho que esse seria o maior defeito dela, não lembrar das coisas mais importantes.
Mas com o tempo ela vai mudar. Vou ajudar ela nisso.
Troca:
H: É ele pega no meu pé de vez em quando. Ele acha que sou meio esquecida, sabe? Eu
não acho. O problema é que ele dá bola pra algumas coisas que não são tão
importantes. Mas creio que vou conseguir muda-lo. Aprendi com meu pai uns
exercícios indianos que relaxam e abrem a sensibilidade das pessoas. Com o tempo
tudo vai dá certo. Trou-xe uns incensos que meu pai disse que é tiro e queda.
Auxiliam a transformar a aura da pessoa, sabe?
R: Cara, tem que ver quando ela começa com uns exercícios doidos. Parece que são
indianos, ou sei lá! Ela fica parada horas e horas... que nem estátua. Falou meu.
Até a próxima.
Saem todos do ônibus. O casal se encontra.
R: Cara, nem te vi no bus. Ta tudo bem? Conseguiu colocar tudo numa mala só?
H: Ta tudo legal. Não, cadê a outra mala?
R: Acho que tu esqueceste com o motorista. Que dúvida! Começa a cantarolar: Vc
es-queceu baby, baby. Nosso aniversário de namoro, nossa viagem à Guatemala. Baby,
baby, vc esqueceu até a minha mala...
O motorista dá um grito:
MO: Moça! Esqueceu alguma coisa? Essa mala é sua?
H: É sim... Muito obrigada.
R: Desculpe ter sido estúpido, foi mal.
H: Tudo bem. Acho que sou meio esquecida mesmo. Vamos andando?
R: Tive idéia pra minha próxima música. Começa assim: Amor, amor, amor (pode ser o
mesmo ritmo de antes). Até minha mãe curtiu. E olha que ela é bem crítica.
H: Muito bom! Meu pai voltou da de um congresso na Índia e me ensinou uns
exercí-cios diferentes depois te mostro.
Saem de cena, entram Adão e Eva.

EVA: Que história linda!
ADÃO: Pena que nem sempre é assim. Temos tantas mães solteiras, pais que criam seus
filhos sozinhos. Crianças que os avós educam. Sem contar os órfãos
EVA: O mais importante não é quem gera, mas quem participa na educação daquele ser.
Dar o alimento ao espírito é tão necessário quanto o do corpo.
ADÃO: Lembramos que hoje, depois da liberação sexual através dos métodos
contra-ceptivos, precisamos saber que todas as nossas escolhas serão de nossa
inteira responsa-bilidade. A missão de ser pai e mãe não é simples.
EVA: Com certeza. As tarefas estão cada vez mais divididas em casa. Tanto encolheu
essa diferença que hoje em dia tanto o homem como a mulher desenvolvem - se pessoal
e profissionalmente. Conquistando uma igualdade de papéis, direitos e deveres
dentro e fora do lar.
ADÂO: Famílias vêm e vão. Mas talvez a mais lembrada seja essa.
EVA: Uma das famílias mais importantes que já estiveram na Terra. Dali saiu o maior
exemplo de amor que já vimos.

Saem para o lado, escurece, entra uma música, aparece Maria (Sara), José (Abraão),
nenê na manjedoura.

Quando nasceu o Cristo, ele mostrou-nos que somos todos, um. Ensinou-nos a amar ao
próximo como a nós mesmos. Mais que isso, exemplificou o amor à Deus e o amor à
todos. Mostrou-nos o poder do amor universal. Nesse instante, recebemos a toda
humanidade como uma família só. Nem brancos, nem negros. Nem latinos, nem
euro-peus. Nem heterossexuais, nem homossexuais. Nem católicos, nem protestantes,
nem espíritas. Nem homens, nem mulheres.
As diferenças se estingüiram assim que ele pediu para amarmo-nos como ele nos amou.
Somos filhos do mesmo pai, do mesmo Deus, portanto somos irmãos formando desse
jeito, uma única família, a família universal...
Entram todos e saúdam o público.

Oscar
---
Com as mesmas funções que são a de reabilitar os espíritos envolvidos, promover uma interação entre ambos, ensiná-los a amar e outras mais; a família está dessa forma seguindo reta desde a criação do mundo e a existência de nós seres humanos. Os seres por mais "grotescos" que fossem no passado tiveram condições de melhora através das famílias que estavam vinculados. Claro que a sociedade veio mudando com o passar dos séculos e o modo de pensar e agir do ser humano também, mas nestas questões simples a família é sempre a mesma em seus objetivos e metas a alcançar.
Hoje em dia estes objetivos, metas e os moldes de se conseguir isso não mudou praticamente nada, mas estamos vivendo novamente uma nova mudança na nossa forma de pensar e agir. Não é conveniente colocarmos a culpa nos encarnados que aqui labutam, pois há sim um desencadeamento em decorrência da promiscuidade humana seja ela mental ou física.
Digo isso com relação a jovens que engravidam, pessoas que se separam diversas vezes durante o curso terreno, constituindo algumas famílias.
Nisso tudo eu tenho a dizer que, se estão encarnando espíritos através de uniões sem estabilidade (em especial jovens), é porque há uma promiscuidade humana quanto a isso e nesse meio, a espiritualidade aproveita para encaixar a chance com o ato concreto de uma gravidez, pois como dizemos nada é por acaso e portanto de uma falha humana a espiritualidade consegue trabalhar determinadas questões que levariam talvez anos para tornarem concretas.
Não quero por fim dizer que a espiritualidade estimula ou até mesmo é conivente com esta promiscuidade, mas o fato é a oportunidade que não se pode deixar passar, porque a fila é grande do lado de lá e nem podemos imaginar o tanto de sofredores que precisam de um estágio imediato na carne.
Já com relação a diversos casamentos, posso dizer que também numa falha humana é dado a chance da espiritualidade trabalhar e resgatar alguns débitos. Vamos supor um homem que reencarna com 6 resgates a fazer com relação as 6 pessoas na qual um dia foi faltoso. E ao ter o primeiro casamento, a sua esposa só tem 2 filhos e não deseja mais nenhum, e nesta situação ele poderia ficar casado com esta esposa e desencarnar assim com 2 duas chances dadas e mais 4 a serem permitidas. Mas ele por questões qualquer se envolve com uma outra mulher, largando da primeira e com isso ele tem mais 3 filhos totalizando 5 oportunidades de resgate, só faltando 1. E por fim ele já decidido que 5 filhos é muito decide fazer vasectomia, e com isso não poderá ter mais filhos, só que pensando nisso a espiritualidade conversa com um outro casal que por fim aceita ajudar este espírito que vínculo nenhum há com eles dois, nisso durante a gestação o futuro pai abandona a mãe a criança, e quando o bebê nasce a mãe resolve doar o bebê por não ter como cuidar. Nisso aquele homem que fez vasectomia e não podia ter mais filhos acha este bebê na sua porta e por fim intera o 6º filho e no fim tudo acaba bem.
Com isso, eu quis demonstrar como a espiritualidade trabalha, que conforma a lei aproveita as brechas deixadas pelos humanos e daí surge uma expiação bem resolvida.
Um ato pode começar não sendo correto, mas o amor que cada um carrega dentro de sim acaba tornando as situações proveitosas, mudando assim de um ato negativo pra um ato positivo, onde cada uma decide querer mudar.

Abraços capixabas e recheados de humildade e paz.

Márcio de Mensisa
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Marcio,

Acabo de ler a sua mensagem e fiquei me questionando quanto à vasectomia. Sou casada há 10 anos tenhos duas filhas lindas e sou muito mãezona de todas as crianças que estão ao meu redor, tanto é que as crianças que chegam até mim me adoram, meu marido optou por fazer a vasectomia e sempre tenho a impressão que existe alguém na espiritualidade esperando para reencarnar na minha família, no meu lar, esse espirito é de um menino e fico me questionando se eu e meu marido tomamos a decisão certa?

Abraços

Virna

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Virna e a todos inscritos nesta sala:

A espiritualidade sempre encontra um jeito de ajudar a todos e a beneficiar o maior número possível de desencarnados em busca de uma oportunidade na carne. Há casos onde um casal unido possui centenas de algozes do passado e isso será impossível numa única encarnação aconchegarem estes todos. E por isso temos que entender que a família sendo um local de escolarizar (educar, aprimorar) os espíritos, não podemos assim abrigar a todos, mas de certa forma em alguns casos assumimos determinados compromissos e não cumprimos por falta de sensibilidade (afinização) com o mundo espiritual.
Objetivamente quando executamos métodos contraceptivos, como pílulas, ligaduras, vasectomia, etc., devemos analisar a situação, claro que cada um tem seus argumentos, mas existem pessoas que usando de sua insensibilidade executa estes métodos para fins econômicos, onde evitando ter muitos filhos para economizar financeiramente, ou até mesmo por questões de vaidade, este último é exclusivo as mulheres. Com isso a nossa família fica de certa forma incompleta e por uma análise mal feita deixamos de cumprir todos os acordos feitos na espiritualidade. Lembrando que a família é uma oportunidade não só dos filhos crescerem moralmente, mas os pais também tiram lições de cada filho que abrigou. Nisso tudo renegar um filho é estarmos a um certo ponto jogando oportunidades fora de aprendizado. Portanto amigos, vamos ter cuidado antes de tomar decisões nestas questões, porque de uma forma ou de outra a urgência da espiritualidade neste questão reencarnatória, faz refletir nos nossos jovens onde a promiscuidade é uma oportunidade muito usada hoje pela espiritualidade, vemos muitos jovens que numa "primeira vez" estão ficando grávidos. Já há outra questão que são casais que passam anos fazendo tratamento para engravidar, quando poderiam adotar uma criança que talvez tenha sido enviada a eles, mas de uma outra forma. Pai e mãe são quem cria e esse negócio de "sangue do meu sangue" está na hora de cair por terra. As famílias seriam tão mais felizes se as pessoas mudassem suas mentalidades.


Abraços capixabas e recheados de humildade e paz.

Márcio de Mensisa
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Eis, Gente Linda do coração, tudo azul azul com vcs? 🙂
Nina, quanto à sua colocação sobre a vasectomia e planejamento familiar entendo da seguinte forma:
Em realidade, as obras básicas da DE não abordam a questão diretamente, uma vez que à época de sua realização ainda não tinhamos o avanço da medicina e/ou científico que temos hoje.
Cada pessoa tem seu livre arbítrio para tomar as atitudes que ache corretas.
Sabemos sim que somos responsáveis pelos nossos atos e suas consequências.
A doutrina é contrária ao uso de contraceptivos que são abortivos tais como o DIU e a pilula do dia seguinte.
Portanto o que precisamos é fazer o nosso planejamento familiar, baseados no nosso senso de responsabilidade.
Quanto à vasectomia, nas obras básicas não temos nenhuma referência a cirurgias como a vasectomia, uma vez que a medicina e a ciência teve um grande avanço posteriormente à codificação. Mas, estudando o capitulo da Lei de Reproduçao, em O Livro dos Espiritos, podemos ter algumas informaçoes interessantes.
Lá é colocado que o homem pode controlar a natalidade, mas desde que não abuse.
É colocado, também, que se só visarmos a sensualidade, temos a predominância do lado animal, sobre o espiritual.
Evidente, pelo que estudamos da doutrina , quanto mais nos sentimos culpados por alguma coisa, mais isto nos afeta. Portanto podemos concluir que a consequência varia de pessoa a pessoa, de situação a situação.
Tem gente que faz vasectomia apenas para evitar as complicações oriundas de uma gravidez indesejada, e continua sempre abusando da sensualidde. Este, naturalmente, está ou será culpado pelos seus atos, e certamente a vasectomia vai ter reflexos no futuro.
Ao reencarnarmos, trazemos conosco os compromissos que assumimos no plano espiritual, referentes às várias circunstâncias de nossas vidas. Um desses compromissos, sem dúvida nenhuma, é o compromisso decorrente do planejamento familiar que projetamos para a nossa nova experiência no corpo material. Não temos como saber, com exatidão, quais seriam esses compromissos. Isso nos vem em forma de intuição, como pressentimentos, que, segundo os Espíritos, são a voz do instinto. A procriação, dando oportunidade reencarnatória a um espírito que necessita voltar à vida física para continuar sua evolução, é uma das tarefas que trazemos para a nova passagem pela carne, ou seja, a reencarnação é um instrumento pedagógico de que Deus se utiliza para nos proporcionar a oportunidade da evolução espiritual rumo à perfeição possível.
Porém, não a é única. Não reencarnamos unicamente com esse objetivo. Sendo assim, temos o direito de fazer o nosso planejamento familiar, pois, do contrário, teríamos que procriar indefinidamente, durante toda a existência física, o que não seria uma atitude de bom senso.
Assim, a questão do controle da natalidade deve ser examinada à luz da intenção de quem o pratique. Se a intenção for de seguir um planejamento familiar que atenda às realidades do casal, inclusive de ordem financeira, nada há na doutrina espírita que o reprove. Se, porém, a intenção é meramente física, de manter a sensualidade, de ter uma atividade sexual voltada unicamente para o prazer, aí é diferente. Neste caso, estará sendo contrariada a lei natural e a conseqüência será a necessidade de retificação numa existência física futura, de forma geralmente dolorosa.
Podemos e devemos tb nos lembrar que existe muitas outras
maneiras de fazermos o bem, que temos muitos outros compromissos assumidos no plano espiritual que necessitamos cumprir para nos adiantar em nossa evolução espiritual.
Assim, havendo razões realmente justas, pode o homem limitar sua prole, principalmente se o casal já possui filhos e entende que não mais convém ter outros.
No entanto, difícil é afirmar categoricamente que sim a vasectomia foi acertada ou, ao contrário não acertada , se terá consequências nesta ou nas encarnações futuras ou que , ao contrário, não trará nenhuma consequência.
A gente pode dizer que é lícito ao casal planejar quantos filhos irão ter, desde que se observe o porque está se fazendo isso. Existem muitos aspectos que devem ser observado, iniciando-se pelos aspectos sócio-econômicos. Não adianta querer ter muitos filhos, porque preciso resgatar e reajustar-me com eles, se não tenho condições de lhes dar a mínima estrutura para sua vida (alimentação, moradia, educação, afeto e outros mais); assim como não é justificativa para não se ter filhos o fato de querer "curtir a vida a dois", ou outras que se utilizam por aí. Mais uma vez, é o bom senso, embasado pelas Leis que regem a harmonia do Universo que deve prevalecer nesse aspecto e estes somente o casal pode , em conjunto, decidir.
tarde cor e amor procês
beijocas mineiras com carinho no coração
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Oi pessoal, tudo bom?
Mais uma vez, obrigada pelas boas-vindas, espero trabalhar direitinho na sala =)

Vamos papear juntos?

A família vem sofrendo modificações conforme os anos passam? Muitas, não é mesmo?
Eu nasci na década de 80, quando tudo era mais liberado, quando marido e mulher se respeitavam, e não a mulher obedecia ao marido. Filhos amavam os pais, e não mais os temiam.
Neste milênio as coisa vêm mudando também, principalmente porque agora não só os pais trabalham, mas também as mães (claro, algumas ainda ficam em casa com os filhos). Mas, será que isso é bom ou é ruim para a família?

Vamos lá, dêem opiniões, o tema está bem interessante =)

Beijos no coração de todos,


---
E aí pessoal, eu de novo!!!

Tava aqui pensando... eu só coloquei as mudanças para melhor que ocorreram na família ao correr dos anos. E aquelas que pioraram?

Vejo pais incentivando meninas de 3,4,5 anos rebolando, usando roupas provocantes... outro dia, andando na rua, vi uma menina de uns 11 anos ou menos, andando na rua com uma roupa provocativa e um bando de homens pararam o trabalho pra vê-la passar... absurdo, não? Não que eu seja a favor de usar véu... rs. Mas tem idade certa pra começar a usar um top, uma saia mais curta... não tão novinhas assim (pra falar a verdade, não uso saia curta e nem blusa que mostra a barriga, detesto... rs).

Que outras coisas que mudaram que vocês acham que deveria ser diferente? E por quê? Vamos conversar!

Beijos no coração

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Este assunto, é delicado e passo a dar meu exemplo.
Quando namorei com minha esposa, fizemos um trato, teriamos 06 filhos, 03 casais. E ela trabalharia apenas após o caçula completar 07 anos.
Nasci em 1955 ela é de 1953, porém nos idos de 1970, com a influencia da Jovem Guarda, Globo, governo militar, muito emprego em nossa região, éra prático e comum este tipo de planejamento.
Tivemos 03 casais como planejado, mas já no terceiro filho, ela começou a trabalhar, tivemos o cuidado de escolher uma pessoa que era irmã dela, com 15 anos de idade, porém responsavel e estudiosa, foi morar conosco em Belém-Pa, para seguir seus estudos e nos auxiliar. Quando os meninos completavam 04 anos, eram direcionados imediatamente para a Evangelização Infantil (A minha esposa é católica mas de comum acordo os meninos foram levados ao C.E a sim só dois são batizados porque os padrinhos pediram permissão e deixamos). Hoje meu caçula esta com 21 anos e não tenho nada a me queixar dos meus filhos muito pelo contrario.
Hoje vivemos em um mundo melhor que 50 anos atraz, mas as necessidades são diferentes, na nossa realidade talvez planejassemos apenas um casal. A questão é de PLANEJAMENTO e EXECUÇÃO, materialmente falando criar um filho custa caro. Espiritualmente falando criar uma filho é uma BENÇÃO, acercar-se de cuidados direcionados a sua boa formação intelectual e moral é o objetivo e devemos PLANEJAR todas as ações no sentido de alcançar estes dois objetivos. Eu conhece jovens que tiveram a mãe ao lado o tempo todo mas que não conseguiram atingir estes objetivos, por falta de PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO.
n bsp;
Ataide
---
Eis, Lindinhos e Lindinhas, tudo joiinha com vcs? 🙂
Realmente Fú, a gente vê que muita coisa mudou e contribuiu para a mudança na família, umas boas, outras nem tanto 🙂
A gente pode ver a questão do planejamento familiar; a questão da mulher que modificou uma situação de inferioridade para uma busca de igualdade; a importância do diálogo entre pais e filhos e não apenas mais apenas a autoridade pela autoridade; a maior informação que possibilita o conhecimento...
Ao mesmo tempo houve tb uma outra modificação , que caiu para o outro extremo , qual seja a indiferença, a libedade extrema sem responsabilidades, onde percebe-se que , embora se saiba a importância do dialogar, manteve-se a falta de diálogo(de motivos ou formas diferentes, mas ainda assim falta de diálogo - salientando que falamos mais abertamente, o que não significa dialogar); que geram grandes desencontros humanos dentro das próprias famílias, jovens refugiando-se em tóxicos, idosos largados em asilos, casais se desencontrando, as "produções independentes" de filhos(onde a família já terá uma outra constituição), etc..
E tudo isso será que determinou ou que determina um sentido de ocorrer uma construção ou re-construção do sentido , da finalidade, da essência de família em princípios que irão orientar para a vida?
Que que vcs acham? 🙂
noite estreladinha de felicidade
beijocas mineiras com carinho no coração
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Discordo um pouco da postura frente à questão de idades... Uma vez que verificamos
que hoje em dia tudo deva ser esclarecido e não proibitivo, já chega o que foi o
passado. Orientar, educar sim, tolir a liberdade não. Até porque é mais pedagógico
ensinar com carinho e atenção, valorizando os acertos e explicando os erros. A
adolescência inicia muitas vezes a partir dos 10 - 11 para as meninas. Digo isso,
porque minha irmã iniciou a puberdade nessa idade. Foi quando teve seu primeiro
namoradinho e tudo. Eu tive minha primeira namorada com 20 anos e acho que foi bom
assim. Mas vejo que o aprendizado afetivo não t

Conclusão