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099a – Tema: Diferenças Religiosas em namoro dos filhos adolescentes - como orientar, como nos conduzir ? - nosso papo

Oi amigos da sala Educar, tudo bom com vcs?

Bom, não tenho tanta coisa assim para comentar sobre esse assunto, mas vou contar coisas minhas, pode ser? rs.
Um grande abraço para vocês

a) de que forma a família pode auxiliar, orientar seus jovens em namoros?
Meu primeiro namorado foi aos 20 anos (tá, certo, eu sou mesmo atrasada, pra tudooooooo). Meus pais sempre me orientaram a respeitar os amigos, então, como um namorado é seu amigo tb, sempre tive em minha mente que teria que respeitá-lo, mas tb gostaria de respeito, claro =) "Respeito é bom e todo mundo gosta".
Bom, ele não era espírita, estava mais para católico mesmo, mas não ligava muito pra religião. Os pais dele me aceitavam numa boa e ele tb.
Acredito que o respeito seja o fundamental em qualquer relacionamento, especialmente no namoro. Todos temos diferenças, portanto, respeitar as diferenças dos outros (e não querer mudá-las, porque isso não funciona muito).

b) e quando o/a namorado/a é de outra religião, como nos conduzir? como orientar? como auxiliar nosso/a jovem?
Respeitando a religião do outro. Meu atual namorado (e noivo) é espírita, assim como eu. Mas, mesmo que não fosse, respeitaríamos a religião um do outro.
Afinal, temos amigos de todas as religiões: evangélicos, católicos, budistas e, nem por isso deixamos de respeitá-los. Se essa relação fosse um namoro, não mudaria em nada, na minha opinião.
Mas, é claro que existem os preconceituosos, esses temos que ter mais paciência, mostrar que não somos monstros e nem temos pacto com demônio nenhum. Digo isso porque, quando eu era criança, sofri muito preconceito nos colégios, quase não tinha amigos por ser espíritas e os pais dos alunos acharem que eu tinha alguma relação com o demônio. Eu sofri muito na época, mas depois percebi que os amigos de verdade gostam da gente como somos e não pelo que somos. Foi tudo na base do respeito e das ações q demonstrava q eu nao era nenhuma demoniazinha =P

c) É uma questão delicada?
Depende da pessoa. Para alguns ter religião diferente do namorado é normal, mas para outros é ruim. Já ouvi muitos evangélicos falando que só deixariam as filhas namorarem com evangélicos também, assim como conheço evangélicos que são mais liberais.
Observação: digo apenas os evangélicos como exemplo porque são com eles q eu tenho visto mais exemplos de preconceito contra as outras religiões, especialmente contra a nossa.
Um exemplo de evangélica que nos aceita super bem e sabendo que somos espíritas é minha cunhada. Só que ela não frequenta centros espíritas, afinal, ela tem a igreja dela e, assim como respeita a gente, nós as respeitamos.

d) A diversidade de religião faz alguma diferença?
Sei que existem muitas religiões no mundo, mas não seria isso que faria a diferença. O que mais faz a diferença são as atitudes das pessoas de determinadas religiões.
Hoje em dia, pode-se dizer que as pessoas têm menos preconceito entre as religiões, muitas vezes isso acontece pelas boas ações que todas têm demonstrado para com o próximo.

e) Qual o seu entendimento/ posicionamento a respeito?
Acho que falei bastante né?! Já deu pra terem uma idéia do que penso a respeito pelas minhas respostas dadas nas questões acima. Senão esse e-mail vira um livro... rs.

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a) de que forma a família pode auxiliar, orientar seus jovens em namo
ros ?
Primeiro, procurando conhecer e acolhendo. A melhor forma de
"vigiar" é tornar-se parte, aceitar... Depois, observar, mas fazer o
possível pra não colocar o filho/filha "namorante" na defensiva. Isso
estraga tudo.

b) e quando o/a namorado/a é de outra religião, como nos conduz
ir? como orientar? como auxiliar nosso/a jovem?
- Bem, eu já ouvi falar de um casal em que um esra espírita e o
outro, evangélico e se davam maravilhosamente bem. O importante é ver os
pontos em comum e colocar o amor que os une em primeiro lugar. A
tolerância é atributo do amor. A aceitação, também. Mudar o outro por
simples capricho nosso, não é amor. Bem, talvez nosso jovem precise
ouvir isto, para o caso de namorar alguém de outra religião.

c) É uma questão delicada?
Dependendo das pessoas, sim, claro! É mister com prender-se que Deus
não separa os filhos por suas crenças. Isso eu acho que o Espiritismo
asimilou legal, mas algumas religiões, não.



d) A diversidade de religião faz alguma diferença?
- Dependendo das religiões e das pessoas, sim. O que eu não entendo
é assim: amigos de religiões diferentes são amigos numa boa. Por que
quando é namorado, a coisa muda? Será que não mora aí um sentidozinho e
propriedade?

e) Qual o seu entendimento/ posicionamento a respeito?
Acho que todo relacionamento baseia-se em afinidades. Se as
afinidades que os unem superar as divergências religiosas, maravilha; se
não, é tempo de repensar a relação. Sobretudo, amar sem anular e
construir um relacionamento afetivo sobre bases sólidas e equilibradas é
essencial. Religião nunca devia ser motivo de briga, mas de união.
Quando eu morava em João Pessoa, adorava ajudar. Nem lem bro quantas
vezes fui fazer campanha do quilo com igreja evangélica ou fui bater em
hospital com povo da juventude católica. Não importa quem vai ajudar,
importa que se ajude. Acho que isso é mais intransigência que problema
real. Sério.

beijos

Jobis
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Eis, Gente Linda do coração, tudo azul azul da cor do céu e do mar?;-))
Beeem, quanto ao tema desta semana, vou colocar a resposta que enviei em termos de evangelizador infanto-juvenil para evangelizador infanto-juvenil, mas creio que os pontos também podem e devem ser vistos pela família, ok? 🙂
Aguardando a participação de vcs, tá legal? (estivemos, de novo(ai..ai..ai..pra gente tsitsitsi hehehe) com alguns problemas técnicos, mas creio que já estão sanados 🙂 )

"Realmente é uma questão delicada, até mesmo para "adultos"em como enfrentar tal diversidade, imagino o quanto não deva ser para um jovem e seu primeiro namoro.
Creio que na atual circunstâncias o conversar é muito importante, sem levar aos jovens um tom impositivo, mas apenas conciliatório, de mediação para que reflitam a questão.

Tipo pensarem, repensarem, refletirem, algumas questões básicas:

a) se fossem apenas amigos(ou quando eram apenas amigos) a diferença religiosa faria ou fazia alguma diferença para eles? Afinal entre amigos de verdade, religião não faz diferença alguma.

b) a questão do respeito. Afinal, o respeito mútuo é fundamental em qualquer tipo de relação; uma vez que a base de qualquer relacionamento é justamente o respeito.
levar ele a pensar no : Respeitar a religiao dela
e ela a pensar no: Respeitar a religiao dele

c) A questão do acreditar; de ter a certeza em algo Maior do que tudo, que é Deus e para se chegar a Ele não importa o caminho que alguém faça, mas sim a fé que este alguém tenha.O fundamental do ensinamento da Identidade de todas as religiões na essência é o Amor Maior (seja como seja o nome que se dê a ele) se alguém ama verdadeiramente o outro, basta viver no dia-a-dia do relacionamento afetivo a identidade de todas as religiões na essência, deixando-se as diferenças de lado e respeitando-as.

d) A melhor maneira de mostrar como o espiritismo é positivo não é discutindo religião, mas mostrando através do exemplo a sua coerência doutrinária. Faça convites a ela, muito discretos e sem imposiçao. E a melhor maneira de demonstrar que se crê é com o exemplo próprio. Procurar vivenciar tudo aquilo que se diz e prega e os exemplos são contagiantes.
Pode-se fazer "trocas"" : hoje vc vai a minha mocidade e eu vou amanhã no seu culto.

e) que o maior compromisso que alguém tem é consigo mesmo, porque somos os próprios responsáveis pela nossa felicidade real e ninguém mais. Então se deve seguir o coração .
Assim, Que valores e crenças nossas são inegociáveis? Quais são negociáveis?

f) em um relacionamento afetivo não deve prevalecer a
vontade de um em detrimento da vontade do outro. Ninguém deve abrir mão de si mesmo, silenciar sempre e reprimir seus desejos, suas crenças, gerando a anulação de si mesmo na relação. Isso inviabiliza a longo prazo qualquer pretensão de continuidade do relacionamento afetivo. Você faz isso por um tempo, mas não consegue fazer todo tempo. Uma vida é uma oportunidade ímpar de crescimento e o namoro é um exercício maravilhoso, para o desenvolvimento de nossas potencialidades. Anular-se ou renegar convicções íntimas não leva a essa realização, por isso, quando alguém se anula e se renega, mais cedo ou mais tarde, a relação se torna inviável.

g) levá-los a refletirem até onde a questão de empecilhos é real e até onde se verifica a chantagem para que o outro faça aquilo que eu quero, anulando-se.

h) Eles realmente se gostam? Quais os pontos de afinidade no relacionamento? quais os pontos de "desafinidade"? Faça com que eles façam uma listagem individual , nao precisam mostrar se nao quiserem um ao outro; mas é uma forma de verificarem até que ponto a diferença religiosa realmente existe e é mais importante que outros sentimentos e emoções
Acho mais que seja por aí, conversar, muito muito, levando-os (os dois) a refletirem bem acerca da questão até chegarem a um equilíbrio, tendo por base o respeito mútuo; e que a decisão de tudo sempre será deles mesmos, que arcarão com as consequências dela."

Este foi meu comentário... aguardo o de vcs, tá "bão"? 🙂

tarde cor e amor

beijocas mineiras com carinho no coração

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Conclusão