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079c – Tema: Família e Educação Moral: Preconceito - Texto 1

AMOR, IMBATÍVEL AMOR
Por Joanna de Ângelis & Divaldo Pereira Franco.

O amor é a substância criadora e mantenedora do Universo,
constituído por essência divina. É um tesouro que, quanto mais se divide, mais se multiplica, e se enriquece à medida que se reparte. Mais se agigante, na razão que mais se doa. Fixa-se com mais poder, quanto mais se irradia.
Nunca perece, porque não se entibia nem se enfraquece, desde que sua força reside no ato mesmo de doar-se, de tornar-se vida.
Assim como o ar é indispensável para a existência orgânica, o
amor é o oxigênio para a alma, sem o qual a mesma se enfraquece e perde o sentido de viver.
É imbatível, porque sempre triunfa sobre todas as vicissitudes e
ciladas.
Quando aparente - de caráter sensualista, que busca apenas o
prazer imediato - se debilita e se envenena, ou se entorpece, dando lugar à frustração.
Quando real, estruturado e maduro - que espera, estimula,
renova - não se satura, é sempre novo e ideal,
harmônico, sem altibaixos emocionais. Une as pessoas, porque
reúne as almas, identifica-as no prazer geral da
fraternidade, alimenta o corpo e dulcifica o eu profundo.
O prazer legítimo decorre do amor pleno, gerador da felicidade,
enquanto o comum é devorador de energias e de formação angustiante.
O amor atravessa diferentes fases: o infantil, que tem caráter
possessivo, o juvenil, que se expressa pela
insegurança, o maduro, pacificador, que se entrega sem reservas e
faz-se plenificador. Há um período em que se
expressa como compensação, na fase intermediária entre a
insegurança e a plenificação, quando dá e recebe,
procurando liberar-se da consciência de culpa. O estado de prazer
difere daquele de plenitude, em razão de o primeiro ser fugaz, enquanto o segundo é permanente, mesmo que sob a injunção de relativas aflições e problemas-desafios que podem e devem ser vencidos. Somente o amor real consegue distingui-los e os pode unir
quando se apresentem esporádicos.
A ambição, a posse, a inquietação geradora de insegurança -
ciúme, incerteza, ansiedade afetiva, cobrança de
carinhos e atenções -, a necessidade de ser amado caracterizam o
estágio do amor infantil. obsessivo, dominador,
que pensa exclusivamente em si antes que no ser amado.
A confiança, suave-doce e tranqüila, a alegria natural e sem
alarde, a exteriorização do bem que se pode e se
deve executar, a compaixão dinâmica, a não-posse,
não-dependência, não-exigência, são benesses do amor pleno,
pacificador, imorredouro.
Mesmo que se modifiquem os quadros existenciais, que se alteram
as manifestações da afetividade do ser amado, o
amor permanece libertador, confiante, indestrutível.
Nunca se impõe, porque é espontâneo como a própria vida e
irradia-se mimetizando, contagiando de júbilos e de
paz. Expande-se como um perfume que impregna, agradável,
suavemente, porque não é agressivo nem embriagador ou
apaixonado...
O amor não se apega, não sofre a falta, mas frui sempre, porque
vive no íntimo do ser e não das gratificações que
o amado oferece. O amor deve ser sempre o ponto de partida de
todas as aspirações e a etapa final de todos os
anelos humanos.
O clímax do amor se encontra naquele sentimento que Jesus
ofereceu à Humanidade e prossegue doando, na sua
condição de Amante não amado.
Há um ditado hindu diz:
Quem ama não precisa possuir, porque já carrega o ser amado no coração.

enviado por : Caroline Louise Marsillac Fontes

Conclusão