O Livro dos Espíritos

156 – As virtudes e os vícios (2a. parte)

a) Devemos sempre que possivel, minorar o sofrimento de nossos semelhantes. Acumular riquezas somente para satisfacao pessoal, nao nos trará a felicidade espiritual e estaremos deixando de cumprir um ato de solidariedade que nos traria a verdadeira alegria.

b) Precisamos vigiar para nao sermos avarentos, gastando muito conosco e esquecendo que o egoismo para com o nosso proximo é um grande defeito. Aquele que é avarento com os outros e consigo mesmo, este está acumulando tesouros na Terra, e por essa razao sofre já a sua pena, pois é infeliz e vive com receio de ser roubado ou estorquido e nao convive, nao tem amigos, se isola e é infeliz.

c) A verdadeira riqueza vem daquele que daquilo que tem, tira sempre alguma coisa para ajudar a quem está mais necessitado do que ele.

d) Procuremos desenvolver nossas virtudes. Para cada virtude conquistada há sempre um vicio que foi derrotado. Troquemos a mesquinhez pela generosidade, o orgulho pela humildade, a dureza de palavras pela docilidade. Procuremos sempre no outro as suas virtudes e nao os seu defeitos. Revelar o mal alheio publicamente, muitas vezes é somente para produzir um escandalo, e isto na maioria das vezes, revela somente maus exemplos.

e) É preciso que haja sim a pregacao da moral, mas ela deve vir acompanhada de exemplos, para que tenha algum efeito.

f) Ao vencer seus vicios e fazer o bem o homem nao pode se vangloriar disso, pois entao estaria jogando por terra todas as suas conquistas visto que estaria se envaidecendo de seus atos e entao estaria comentendo outra falta.




QUESTÕES PARA ESTUDO E PARTICIPAÇÃO:

1 - Muitas vezes pedimos a Deus que gostariamos de ser ricos para poder ajudar o proximo. Será que nossas intencoes sao essas mesmo? De posse de uma fortuna será que nao nos esqueceremos de nossas intencoes?

2 - Aquele que acumula riquezas dizendo que será para uma velhice tranquila e tambem para que seus herdeiros nao fiquem desamparados está agindo corretamente?

3 - Vamos refletir sobre esta frase de Jesus: "Vê um cisco no olho de seu vizinho e nao vê uma trave no seu".

4 - Como devemos proceder diante dos males da sociedade?

5 - Podemos ou devemos julgar os outros, ou mesmo estudar os defeitos de nossos semelhantes?


Conclusão

1 - Muitas vezes pedimos a Deus que gostariamos de ser ricos para poder ajudar o proximo. Será que nossas intencoes sao essas mesmo? De posse de uma fortuna será que nao nos esqueceremos de nossas intencoes?

Os espiritos nos dizem ser muito louvavel essa atitude, mas nos alertam tambem para o fato de que na maioria das vezes a pessoa que desejamos fazer o bem somos nós mesmos. E na realidade qual o merito de fazermos o bem com os bens que estao nos sobrando. Quem realmente quer fazer o bem, começa agora, dispondo de seu tempo, de seu sorriso, do escutar um amigo e de partilhar alegrias e tristezas. Nao necessitamos de bens materiais para ajudarmos o proximo.

2 - Aquele que acumula riquezas dizendo que será para uma velhice tranquila e tambem para que seus herdeiros nao fiquem desamparados está agindo corretamente?

A prudencia é necessaria, visto que ao atingirmos uma certa idade, nao temos muitas vezes condiçoes de trabalho e os bens acumulados irao nos prover esta fase de nossa vida. O que nao podemos e nao devemos é acumular riquezas com a desculpa de que precisaremos dela no futuro e devido a nossa avareza, deixarmos que falte no presente o essencial a nós e a aqueles com os quais convivemos.

3 - Vamos refletir sobre esta frase de Jesus: "Vê um cisco no olho de seu vizinho e nao vê uma trave no seu".

É mais fácil vermos os defeitos dos outros do que os nossos. O que nos esquecemos é que na maioria das vezes os defeitos que nos incomodam nas outras pessoas, sao aqueles que mais se destacam em nós. Se analisarmos nossas atitudes veremos que criticamos por criticar e nao para poder nos melhorar ou ajudar a melhorar o nosso proximo. A indulgencia para com os defeitos alheios tambem é uma forma de caridade. Sejamos generosos e humildes perante nossos irmaos e analisemos nossos defeitos e procuremos melhorar-nos. Vamos cuidar da trave que está nosso olho para ajudarmos nossos semelhantes a tirar o cisco de seus olhos.

4 - Como devemos proceder diante dos males da sociedade?

Nao façamos dos males que nos rodeiam motivos de escandalo mas sim pontos de partida para nosso melhoria. É um ato de caridade nao darmos ouvidos e seguimento a "fofocas" e fatos que possam servir de mau exemplo ao proximo.

5 - Podemos ou devemos julgar os outros, ou mesmo estudar os defeitos de nossos semelhantes?

Nao podemos e nem devemos julgar ninguem, mas nada nos impede de que nos espelhando nos defeitos alheios procuremos nos melhorar, fazendo atraves do nossos esforço uma melhora intima. "brigando"com nossos defeitos a fim de supera-los.