Mecanismos da Mediunidade

05a – Corrente elétrica e corrente mental (T)

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Corrente elétrica e corrente mental
(I)


DÍNAMO ESPIRITUAL - Ainda mesmo que a Ciência na Terra, por longo tempo,
recalcitre contra as realidades do Espírito, é imperioso con­vir que, no
comando das associações atômicas, sob a perquirição do homem, prevalecem
as associações inteligentes de matéria mental.

O Espírito, encarnado ou desencarnado, na es­sência, pode ser comparado a
um dínamo complexo, em que se verifica a

transubstanciação do traba­lho psicofísico em forças
mento-eletromagnéticas, forças essas que guardam consigo, no laboratório

das células em que circulam e se harmonizam, a propriedade de agentes
emissores e receptores, con­servadores e regeneradores

de energia.

Para que nos façamos mais simplesmente com­preendidos, imaginemo-lo como
sendo um dínamo gerador, indutor, transformador

e coletor, ao mes­mo tempo, com capacidade de assimilar correntes
contínuas de força e exteriorizá-las simultâneamente.



GERADOR ELÉTRICO - Recordemos que um motor se alimenta da corrente
elétrica, fornecida pelos recursos atômicos do

plano material.

E para simples efeito de estudo da transmis­são de força mediúnica, em que
a matéria mental é substância básica, lembremo-nos

de que a cha­mada força eletromotriz nasce do agente que a produz em
circuito fechado.

Afirmamos que o gerador elétrico é uma fon­te de força eletromotriz,
entretanto, não nos acha­mos à frente de uma força

automática, mas sim de uma característica do gerador, no qual a ener­gia
absorvida, sob forma particular, se converte em energia

elétrica.

O aparelho, gerador, no caso, não plasma cor­rentes elétricas e sim produz
determinada diferença de potencial entre os seus

terminais ou extremos, facultando aos elétrons a movimentação necessária.

Figuremos dois campos elétricos separados, cada um deles com cargas de
natureza contrária, com uma diferença de potencial

entre eles. Esta­belecido um fio condutor entre ambos, a corrente elétrica
se improvisa, do centro negativo para o centro positivo,

até que seja alcançado o justo equi­líbrio entre os dois centros,
anulando-se, desde en­tão, a diferença de potencial existente.

Se desejamos manter a diferença de potencial a que nos referimos, é
indispensável interpor entre ambos um gerador elétrico, por

intermédio do qual se nutra, constante, o fluxo eletrônico entre um e
outro, de vez que a corrente circulará no con­dutor, em vista

do campo elétrico existente entre os dois corpos.



GERADOR MEDIÚNICO - Idealizemos o fluxo de energias
mento-eletromagnéticas, ou fulcro de ondas da entidade comunicante

e do médium, como dois campos distintos, associando valores po­sitivos e
negativos, respectivamente, com uma dife­rença de

potencial que, em nosso caso, constitui certa capacidade de junção
específica.

Estabelecido um fio condutor de um para o outro que, em nosso problema,
representa o pensamento de aceitação ou adesão do

médium, a cor­rente mental desse ou daquele teor se improvisa em regime de
ação e reação, atingindo-se o neces­sário equilíbrio

entre ambos, anulando-se, desde então, a diferença existente, pela
integração das forças conjuntas em clima de afinidade.

Se quisermos sustentar o continuísmo de se­melhante conjugação, é
imprescindível conservar entre os dois um gerador de força,

que, na questão em análise, é o pensamento constante de aceitação ou
adesão da personalidade mediúnica, através do qual se

evidencie, incessante, o fluxo de energias conjugadas entre um e outro,
porqüanto a corren­te de forças mentais, destinada à

produção desse ou daquele fenômeno ou serviço, circulará no con­dutor
mediúnico em razão do campo de energias mento-

-eletromagnéticas existente entre a entidade comunicante e a
individualidade do médium.


QUESTÕES PARA ESTUDO


1) Como explicar a figura do "dínamo espiritual", criada por André Luiz ?

2) Idem, com relação à figura do "gerador mediúnico"?


Conclusão