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Mecanismos da Mediunidade

04a - Matéria mental (II)

4 Matéria mental (II) MATÉRIA MENTAL E MATÉRIA FÍSICA - Em posição vulgar, acomodados às impressões comuns da criatura humana normal, os átomos mentais inteiros, regularmente excitados, na esfera dos pensamentos, produzirão ondas muito longas ou de simples sustentação da individualidade, cor­respondendo à manutenção de calor. Se forem os elétrons mentais, nas órbitas dos átomos da mesma natureza, a causa da agitação, em estados menos comuns da mente, quais seriam os de atenção ou tensão pacífica, em virtude de reflexão ou oração natural, o campo dos pensamentos exprimir-se-á em ondas de comprimento médio ou de aquisição de experiência, por parte da alma, correspondendo à produção de luz interior. E se a excitação nasce dos diminutos núcleos atômicos, em situações ex­traordinárias da mente, quais sejam as emoções profundas, as dores indizíveis, as laboriosas e atu­radas concentrações de força mental ou as súpli­cas aflitivas, o domínio dos pensamentos emitirá raios muito curtos ou de imenso poder transfor­mador do campo espiritual, teoricamente semelhan­tes aos que se aproximam dos raios gama. Assim considerando, a matéria mental, embora em aspectos fundamentalmente diversos, obedece a princípios idênticos àqueles que regem as asso­ciações atômicas, na esfera física, demonstrando a divina unidade de plano do Universo. INDUÇÃO MENTAL - Recorrendo ao <br>cam­po<br> de Einstein, imaginemos a mente humana no lugar da chama em atividade. Assim como a in­tensidade de influência da chama diminui com a distância do núcleo de energias em combustão, de­monstrando fração cada vez menor, sem nunca atingir a zero, a corrente mental se espraia, segundo o mesmo princípio, não obstante a diferença de condições. Essa corrente de partículas mentais exterio­riza-se de cada Espírito com qualidade de indução mental, tanto maior quanto mais amplos se lhe evidenciem as faculdades de concentração e o teor de persistência no rumo dos objetivos que demande. Tanto quanto, no domínio da energia elétrica, a indução significa o processo através do qual um corpo que detenha propriedades eletromagnéticas pode transmiti-las a outro corpo sem contacto vi­sível, no reino dos poderes mentais a indução ex­prime processo idêntico, porqüanto a corrente men­tal é suscetível de reproduzir as suas próprias peculiaridades em outra corrente mental que se lhe sintonize. E tanto na eletricidade quanto no mentalismo, o fenômeno obedece à conjugação de ondas, enquanto perdure a sustentação do fluxo energético. Compreendemos assim, perfeitamente, que a matéria mental é o instrumento sutil da vontade, atuando nas formações da matéria física, gerando as motivações de prazer ou desgosto, alegria ou dor, otimismo ou desespero, que não se reduzem efetivamente a abstrações, por representarem tur­bilhões de força em que a alma cria os seus pró­prios estados de mentação indutiva, atraindo para si mesma os agentes (por enquanto imponderáveis na Terra), de luz ou sombra, vitória ou derrota, infortúnio ou felicidade. FORMAS-PENSAMENTOS - Pelos princípios mentais que influenciam em todas as direções, en­contramos a telementação e a reflexão comandan­do todos os fenômenos de associação, desde o aca­salamento dos insetos até a comunhão dos Espíritos Superiores, cujo sistema de aglutinação nos é, por agora, defeso ao conhecimento. Emitindo uma ideia, passamos a refletir as que se lhe assemelham, idéia essa que para logo se corporifica, com intensidade correspondente à nos­sa insistência em sustentá-la, mantendo-nos, assim. espontâneamente em comunicação com todos os que nos esposem o modo de sentir. É nessa projeção de forças, a determinarem o compulsório intercâmbio com todas as mentes en­carnadas ou desencarnadas, que se nos movimenta o Espírito no mundo das formas-pensamentos, cons­truções substanciais na esfera da alma, que nos liberam o passo ou no-lo escravizam, na pauta do bem ou do mal de nossa escolha. Isso acontece porque, à maneira do homem que constrói estradas para a sua própria expansão ou que talha algemas para si mesmo, a mente de cada um, pelas corren­tes de matéria mental que exterioriza, eleva-se a gradativa libertação no rumo dos planos superio­res ou estaciona nos planos inferiores, como quem traça vasto labirinto aos próprios pés. QUESTÕES PARA ESTUDO 1) Qual a identidade entre os princípios que regem a associação atômica da matéria física e da matéria mental? 2) De que modo André Luiz explica a atuação da matéria mental? 3) O que são e como se produzem as formas-pensamento?


Conclusão

Matéria mental (II) - Conclusão QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO 1) Qual a identidade entre os princípios que regem a associação atômica da matéria física e da matéria mental? R - Segundo André Luiz, a matéria física e a matéria mental, guardadas as diferenças quanto à natureza de cada uma, são regidas por princípios idênticos, numa demonstração da unidade das manifestações divinas em todo o Universo. Do mesmo modo que os átomos da matéria física produzem ondas de longo, médio ou curto alcance, também os átomos mentais assim se expressam. Quando a mente encontra-se em estado de atenção ou de tensão decorrentes de reflexão ou de oração, as ondas produzidas são de médio alcance, adquirindo o espírito experiência que o levará à produção de luz interior, elevando-o. Por outro lado, quando a mente encontra-se em situação de emoções profundas, dores incomuns ou súplicas resultantes de aflições, produz ondas de curto alcance e de poder transformador do campo espiritual. 2) De que modo André Luiz explica a atuação da matéria mental? R - A corrente mental que se forma pelo pensamento irradia pelo espaço obedecendo o mesmo princípio do calor proveniente de uma chama, que se espraia à distância do núcleo de combustão, conforme compara o Autor espiritual. Essa corrente exterioriza-se rumo ao objetivo pretendido com qualidade de indução mental proporcional às faculdades de concentração e teor de persistência do espírito. Como acontece com a energia elétrica, que transmite propriedades eletromagnéticas a outro corpo sem contacto visível, a corrente mental também é suscetível de reproduzir-se em outra com a qual se sintonize por suas próprias características, ou seja, pelo pensamento de que é portadora. Assim como acontece com as correntes elétricas, a transmissão das correntes mentais obedecem a ondas que perduram enquanto sustentadas pelo fluxo energético que as conduz. Desse modo, como expressão da vontade do espírito, a matéria mental atua na formação da matéria física, através de sensações como prazer, desgosto, alegria, dor, otimismo, desespero. Estas sensações não são simples abstrações. Ao contrário, são forças geradas pelo espírito, atraindo para si próprio, através de mecanismos ainda desconhecidos na Terra, agentes de luz ou sombra, vitória ou derrota, infortúnio ou felicidade. 3) O que são e como se produzem as formas-pensamento? R - Formas-pensamento são a corporificação das idéias que emitimos. De acordo com a insistência com que as sustentamos, mantemo-nos em comunicação com aqueles que conosco se identificam por sustentarem idéias da mesma natureza. A projeção das formas-pensamento é que determina o intercâmbio com mentes de encarnados e de desencarnados, impulsionando-nos ao progresso rumo aos planos superiores ou fazendo-nos estacionar nos planos inferiores, conforme nossas escolhas se identifiquem com o bem ou com o mal. Sendo assim, somos nós próprios quem traçamos o caminho que iremos percorrer, através das correntes mentais que nossa mente exterioriza.