Evolução em Dois Mundos

040 – 2ª pte - XX - Invasão microbiana

XX

Invasão microbiana

- A invasão microbiana está vinculada a causas espirituais?

- Excetuados os quadros infecciosos pelos quais se responsabiliza a
ausência da higiene comum, as depressões criadas em nós por nós mesmos,
nos domínios do abuso de nossas forças, seja adulterando as trocas vitais
do cosmo orgânico pela rendição ao desequilíbrio, seja estabelecendo
perturbações em prejuízo dos outros, plasmam, nos tecidos
fisiopsicossomáticos que nos constituem o veículo de expressão,
determinados campos de ruptura na harmonia celular.



Verificada a disfunção, toda a zona atingida pelo desajustamento se torna
passível de invasão microbiana, qual praça desguarnecida, porque as
sentinelas naturais não dispõem de bases necessárias à ação regeneradora
que lhes compete, permanecendo, muitas vezes, em derredor do ponto lesado,
buscando delimitar-lhe a presença ou jugular-lhe a expansão.



Desarticulado, pois, o trabalho sinérgico das células nesse ou naquele
tecido, aí se interpõem as unidades mórbidas, quais as do câncer, que,
nesta doença, imprimem acelerado ritmo de crescimento a certos
agrupamentos celulares, entre as células sãs do órgão em que se instalem,
causando tumorações invasoras e metastáticas, compreendendo-se, porém, que
a mutação, no início, obedeceu a determinada distonia, originária da
mente, cujas vibrações sobre as células desorganizadas tiveram o efeito
das projeções de raios X ou de irradiações ultravioleta, em aplicações
impróprias. Emerge, então, a moléstia por estado secundário em largos
processos de desgaste ou devastação, pela desarmonia a que compele a usina
orgânica, a esgotar-se, debalde, na tarefa ingente da própria reabilitação
no plano carnal, quando o enfermo, sem atitude de renovação moral, sem
humildade e paciência, espírito de serviço e devotamento ao bem, não
consegue assimilar as correntes benéficas do Amor Divino que circulam,
incessantes, em torno de todas as criaturas, por intermédio de agentes
distintos e inumeráveis, a todas estimulando, para o máximo aproveitamento
da existência na Terra.



Quando o doente, porém, adota comportamento favorável a si mesmo, pela
simpatia que instila no próximo, as forças físicas encontram sólido apoio
nas radiações de solidariedade e reconhecimento que absorve de quantos lhe
recolhem o auxílio direto ou indireto, conseguindo circunscrever a
disfunção aos neoplasmas benignos, que ainda respondem à influência
organizadora dos tecidos adjacentes.



Sob o mesmo princípio de relatividade, a funcionar, inequívoco, entre
doença e doente, temos a incursão da tuberculose e da lepra, da brucelose
e da amebíase, da endocardite bacteriana e da cardiopatia chagásica, e de
muitas outras enfermidades, sem nos determos na discriminação de todos
os processos morbosos, cuja relação nos levaria a longo estudo técnico.



É que, geralmente, quase todos eles surgem como fenômenos secundários
sobre as zonas de predisposição enfermiça que formamos em nosso próprio
corpo, pelo desequilíbrio de nossas forças mentais a gerarem rupturas ou
soluções de continuidade nos pontos de interação entre o corpo espiritual
e o veículo físico, pelas quais se insinua o assalto microbiano a que
sejamos mais particularmente inclinados pela natureza de nossas contas
cármicas.



Consolidado o ataque, pela brecha de nossa vulnerabilidade, aparecem as
moléstias sintomáticas ou assintomáticas, estabilizando-se ou
irradiando-se, conforme as disposições da própria mente, que trabalha ou
não para refazer a defensiva orgânica em supremo esforço de reajuste, ou
que, por automatismo, admite ou recusa, segundo a posição em que se
encontra no princípio de causa e efeito, a intromissão desse ou daquele
fator patogênico, destinado a expungir dela, em forma de sofrimento, os
resíduos do mal, correspondentes ao sofrimento por ela implantado na vida
ou no corpo dos semelhantes.



Não será lícito, porém, esquecer que o bem constante gera o bem constante
e, que, mantida a nossa movimentação infatigável no bem, todo o mal por
nós amontoado se atenua, gradativamente, desaparecendo ao impacto das
vibrações de auxílio, nascidas, a nosso favor, em todos aqueles aos quais
dirijamos a mensagem de entendimento e amor puro, sem necessidade expressa
de recorrermos ao concurso da enfermidade para eliminar os resquícios de
treva que, eventualmente, se nos incorporem, ainda, ao fundo mental.



Amparo aos outros cria amparo a nós próprios, motivo por que os princípios
de Jesus, desterrando de nós animalidade e orgulho, vaidade e cobiça,
crueldade e avareza, e exortando-nos à simplicidade e à humildade, à
fraternidade sem limites e ao perdão incondicional, estabelecem, quando
observados, a imunologia perfeita em nossa vida interior, fortalecendo-nos
o poder da mente na auto-defensiva contra todos os elementos destruidores
e degradantes que nos cercam e articulando-nos as possibilidades
imprescindíveis à evolução para Deus.


Pedro Leopoldo, 29/6/58.

QUE
STÕES PARA ESTUDO


1) De que modo o nosso psiquismo facilita a chamada "invasão microbiana"?

2) Como o comportamento do enfermo influencia na cura ou no prolongamento
da enfermidade causada por uma invasão microbiana?

3) A prática do bem pode ajudar na cura?

Conclusão

(Conclusão)


QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO

1) De que modo o nosso psiquismo facilita a chamada "invasão microbiana"?

R - Quando permitimos que depressões por nós mesmos criadas causem
desequilíbrio em nosso sistema orgânico ou damos causa a perturbações em
outros, promovemos em nosso perispírito e, posteriormente, no corpo
físico, uma ruptura na harmonia celular. Efetivada esta disfunção, a zona
atingida pelo nosso desajustamento torna-se suscetível ao que André Luiz
denomina "invasão microbiana", por não encontrar o nosso sistema de defesa
orgânica base para a necessária reparação. Muitas vezes,
no entanto, o sistema imunológico delimita a ação microbiana em redor do
ponto atingido, impedindo-lhe a expansão.


2) Como o comportamento do enfermo influencia na cura ou no prolongamento
da enfermidade causada por uma

invasão microbiana?

R - Consumada a invasão microbiana, surgem as enfermidades. Quando o
enfermo adota um comportamento que desperta simpatia naqueles que lhe
estão próximos, as radiações de solidariedade e reconhecimento emitidas
por estes fornecem sólido apoio ao restabelecimento de suas forças
físicas. Neste caso, a disfunção orgânica limita-se a gerar tumores
benignos, que responderão ao tratamento. Quando, porém, o enfermo não
adota atitude de renovação moral, demonstrando falta de humildade e
paciência, sem espírito de serviço e devotamento ao bem, não consegue
assimilar as radiações de simpatia e amor que lhe são dirigidas, vendo
agravar-se, conseqüentemente, o processo de desgaste e devastação a que é
submetida sua organização física.


3) A prática do bem pode ajudar na cura?

R - A prática constante do bem atenua o mal que acumulamos em nós, que
desaparece ante as vibrações de auxílio emitidas
por aqueles a quem dedicamos entendimento e amor. O bem ao próximo gera o
bem a nós próprios, conforme pregou Jesus, ensinando-nos a fraternidade e
o perdão incondicional. Quando assim procedemos, imunizamos a nossa vida
interior, fortalecendo o poder da mente na auto-defesa contra elementos
destruidores que nos cercam e colocando-nos em sintonia com o Criador.