Estudo_texto

Evolução em Dois Mundos

037 - 2ª pte - XVII - Desencarnação

Segunda parte XVII Desencarnação - Podemos considerar a desencarnação da alma, em plena infância, como sendo uma punição das Leis Divinas, na maioria das vezes? - Muitas existências são frustradas no berço, não por simples punição externa da Lei Divina, mas porque a própria Lei Divina funciona em todos nós, desde que todos existimos no hausto do Criador. Frequentemente, através do suicídio, integralmente deliberado, ou do próprio desregramento, operamos em nossa alma calamitosos desequilíbrios, quais tempestades ocultas, que desencadeamos, por teimosia, no campo da natureza íntima. Cargas venenosas, instrumentos perfurantes, projetis fulminatórios, afogamentos, enforcamentos, quedas calculadas de grande altura e multiformes viciações com que as criaturas responsáveis arruínam o próprio corpo ou o aniquilam, impondo-lhe a morte prematura, com plena desaprovação da consciência, determinam processos degenerativos e desajustes nos centros essenciais do psicossoma, notadamente naqueles que governam o córtex encefálico, as glândulas de secreção interna, a organização emotiva e o sistema hematopoético. Ante o impacto da desencarnação provocada, semelhantes recursos da alma entram em pavoroso colapso, sob traumatismo profundo, para o qual não há termo correlato na diagnose terrestre. Indescritíveis flagelações, que vão da inconsciência descontínua à loucura completa, senhoreiam essas mentes torturadas, por tempo variável, conforme as atenuantes e agravantes da culpa, induzindo as autoridades superiores a reinterná-las no plano carnal, quais enfermos graves, em celas físicas de breve duração, para que se reabilitem, gradativamente, com a justa cooperação dos Espíritos reencarnados, cujos débitos com eles se afinem. Eis porque um golpe suicida no coração, acompanhado pelo remorso, causará comumente diátese hemorrágica, com perda considerável da protrombina do sangue, naqueles que renascem para tratamento de recuperação do corpo espiritual em distonia; o auto-envenenamento ocasionará, nas mesmas condições, deploráveis desarmonias nas regiões psicossomáticas correspondentes à medula vermelha, conturbando o nascimento das hemácias, tanto em sua evolução intravascular, dentro dos sinusóides, como também na sua constituição extravascular, no retículo, gerando as distrofias congênitas do eritrônio com hemopatias diversas; os afogamentos e enforcamentos, em identidade de circunstâncias, impõem naqueles que os provocam os fenômenos da incompatibilidade materno-fetal, em que os chamados fatores Rh, de modo geral, após a primeira gestação, permitem que a hemolisina alcance a fronteira placentária, sintonizando-se com a posição mórbida da entidade reencarnante, a se externarem na eritroblastose fetal, em suas variadas expressões; e o voluntário esfacelamento do crânio, a queda procurada de grande altura e as viciações do sentimento e do raciocínio estabelecem no veículo espiritual múltiplas ocorrências de arritmia cerebral, a se revelarem nos doentes renascituros, através da eclampsia e da tetania dos lactentes, da hidrocefalia, da encefalite letárgica, das encefalopatias crônicas, da psicose epiléptica, da idiotia, do mongolismo e de várias morboses oriundas da insuficiência glandular. Claro está que não relacionamos nessa sucinta apreciação os problemas do suicídio associado ao homicídio, os quais, muita vez, se fazem seguidos, em reencarnação posterior do infeliz, por lamentáveis reações, com a morte acidental ou violenta na infância, traduzindo estação inevitável no ciclo do resgate. No que tange, porém, às moléstias mencionadas, surgem todas elas nos mais diferentes períodos, crestando a existência do veículo físico, via de regra, desde a vida <br>in útero<br> até os dezoito e vinte anos de experiência recomeçante, e, como vemos, são doenças secundárias, porquanto a etiologia que lhes é própria reside na estrutura complexa da própria alma. Urge ainda considerar que todos os enfermos dessa espécie são conduzidos a outros enfermos espirituais - os homens e as mulheres que corromperam os próprios centros genésicos pela delinqüência emotiva ou pelos crimes reiterados do aborto provocado, em existências do pretérito próximo, para que, servindo na condição de atendentes e guardiães de companheiros que também se conspurcaram perante a Eterna Justiça, se recuperem, a seu turno, regenerando a si mesmos pelo amoroso devotamento com que lutam e choram, no amparo aos filhinhos condenados à morte, ou atormentados desde o berço. Segundo observamos, portanto, as existências interrompidas, no alvorecer do corpo denso, raramente constituem balizas terminais de prova indispensável na senda humana, porque, na maioria dos sucessos em que se evidenciam, representam cursos rápidos de socorro ou tratamento do corpo espiritual desequilibrado por nossos próprios excessos e inconseqüências, compelindo-nos a reconhecer, com o Apóstolo Paulo [I Coríntios, 6:19-20. (Nota do autor Espiritual)], que o nosso instrumento de manifestação, seja onde for, é templo da Força Divina, por intermédio do qual, associando corpo e alma, nos cabe a obrigação de aperfeiçoar-nos, aprimorando a vida, na exaltação constante a Deus. - Há casos de desencarnação estando o Espírito desdobrado, por exemplo, nas zonas umbralinas e o corpo em estado comatoso? - Isso pode acontecer perfeitamente, do ponto de vista da exteriorização do pensamento, porque céu e inferno, exprimindo equilíbrio e perturbação, alegria e dor, começam invariavelmente em nós mesmos. - Os Espíritos encarnados que sofreram desequilíbrio mental de alta expressão voltam imediatamente à lucidez espiritual após a desencarnação? - Isso nunca sucede, porquanto a perturbação dilatada exige a convalescença indispensável, cuja duração naturalmente varia com o grau de evolução do enfermo em reajuste. Uberaba, 18/6/58. QUE STÕES PARA ESTUDO 1) Que conseqüências o suicídio pode ocasionar no corpo espiritual? 2) De que modo os espíritos benfeitores atuam para a reabilitação do suicida? 3) Resumidamente, qual a correlação que André Luiz faz entre o meio usado para o suicídio e as enfermidades ocasionadas? 4) Como são escolhidos os que receberão como pais esses espíritos? 5) Por que o espírito que sofreu desequílibrio mental durante a encarnação não recupera de imediato a lucidez?


Conclusão

(Conclusão) QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO 1) Que conseqüências o suicídio pode ocasionar no corpo espiritual? R - As Leis Divinas atuam em nós desde que fomos criados. O suicídio, tanto aquele intencionalmente provocado, cujo resultado foi desejado pelo espírito, como o que resulta de atitudes desregradas, sem a intenção de provocar a morte prematura, ocasiona um desequilíbrio no espírito, cuja origem está na desaprovação por parte de sua consciência. As conseqüências se fazem sentir por meio de processos degenerativos e desajustes nos centros de força do perispírito, principalmente nos responsáveis pelo córtex encefálico, pelas glândulas de secreção interna, pela organização emotiva e pelo sistema de formação dos glóbulos sangüíneos. O traumatismo provocado pela desencarnação abrupta faz com que esses recursos se desorganizem, não havendo, na linguagem terrena, segundo o Autor, palavras para descrever os danos ocasionados. 2) De que modo os espíritos benfeitores atuam para a reabilitação do suicida? R - Ante traumáticas flagelações que atingem tão fortemente o psiquismo do espírito, podendo levá-lo à insconsciência ou à loucura completa, conforme atenuantes e agravantes da culpa, os benfeitores do mundo espiritual utilizam-se do mecanismo da reencarnação como meio de proporcionar-lhes a reabilitação gradativa. Para tanto, o espírito é levado a habitar um corpo portador de graves enfermidades, que lhe propiciará uma curta existência junto daqueles cujos débitos se afinem com o seu e que irão cooperar no processo de resgate. 3) Resumidamente, qual a correlação que André Luiz faz entre o meio usado para o suicídio e as enfermidades ocasionadas? R - André Luiz faz um resumo correlacionando a ação utilizada para a obtenção do resultado pretendido e as enfermidades futuras que esse gesto ocasionou. Resumidamente, explica André Luiz: golpe no coração - predisposição a afecções hemorrágicas com perda de substância sangüínea, que podem levar à morte; envenenamento - desarmonia nas regiões do perispírito correspondentes à medula óssea em que se formam os glóbulos sangüíneos, gerando desordem orgânica congênita dos glóbulos vermelhos, provocando doenças diversas no sangue; afogamento e enforcamento - provoca incompatibilidade, com relação ao fator Rh, entre a gestante e o feto, com graves acidentes, geralmente fatais, devido a anemia no feto; esfacelamento do crânio provocado por queda - arritmia cerebral, com convulsões, acessos de contratura que podem causar sufocação, deformação do crânio, atrofia no desenvolvimento intelectual, sonolência progressiva, convulsões e distúrbios da consciência, mongolismo e enfermidades geradas por insuficiência glandular. Tais moléstias mencionadas surgem nos mais diferentes períodos, desde a vida intra-uterina até os dezoito ou vinte anos da nova existência, enfraquecendo o veículo físico. No entanto, como esclarece o Autor, tratam-se de doenças secundárias, pois a causa primária encontra-se no próprio espírito. 4) Como são escolhidos os que receberão como pais esses espíritos? R - Os que recebem como pais espíritos nessas condições de resgate são espíritos também em reabilitação, que corromperam os centros genésicos pela prática de atos que causaram danos emocionais a outros ou que envolveram-se em reiterados abortos provocados no passado próximo. Servindo como receptores e guardiões desses espíritos que recebem como filhos, têm a oportunidade de também se recuperarem perante a Lei Divina, regenerando-se pelo amor e devotamento com que os amparam nessa luta redentora. 5) Por que o espírito que sofreu desequilíbrio mental durante a encarnação não recupera de imediato a lucidez? R - O desequilíbrio mental vivenciado numa existência física exige um período de recuperação que varia conforme o grau de evolução do espírito em reajuste. Por esse motivo, o espírito que experimenta semelhante provação, após a desencarnação, não recupera de imediato a lucidez.