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Evolução em Dois Mundos

036 - 2ª pte - XVI - Determinação do sexo

Segunda parte XVI Determinação do sexo - Como devemos encarar a possibilidade de a ciência humana patrocinar a determinação de sexo no início da gestação? - Compreendendo-se que nos vertebrados o desenho gonadal se reveste de potencialidades bissexuais no começo da formação, é claramente possível a intervenção da ciência terrestre na determinação do sexo, na primeira fase da vida embrionária; contudo, importa considerar que semelhante ingerência na esfera dos destinos humanos traria conseqüências imprevisíveis à organização moral, entre as criaturas, porque essa atuação indébita se verificaria apenas no campo morfológico, impondo talvez inversões desnecessárias e imprimindo graves complicações ao foro íntimo de quantos fossem submetidos a tais processos de experimentação, positivamente contrários à inteligência da vida que reflete a Sabedoria de Deus. Pedro Leopoldo, 15/6/58. Obs.: gonadal - relativo a gônadas, glândulas sexuais masculinas (testículos) e femininos (ovários) QUE STÕES PARA ESTUDO 1) Segundo André Luiz, é possível ao homem determinar o sexo do embrião no início da sua formação? 2) Que conseqüências poderiam ser provocadas, uma vez consumada uma intervenção nesse sentido?


Conclusão

Segunda parte - XVI - Determinação do sexo (Conclusão) QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO 1) Segundo André Luiz, é possível ao homem determinar o sexo do embrião no início da sua formação? R - De acordo com a explicação de André Luiz, nos corpos vertebrados, no começo da formação das gônadas - glândulas sexuais masculina ou feminina - que se dá na primeira fase de vida embrionária, o sexo ainda não se encontra definido, revestindo-se este órgão de potencialidades para ambos os sexos. Desse modo, entende o Autor ser perfeitamente possível a intervenção da ciência terrena com o objetivo de determinar o sexo que será assumido pelo futuro corpo. 2) Que conseqüências poderiam ser provocadas, uma vez consumada uma intervenção neste sentido? R - André Luiz considera serem imprevisíveis as conseqüências de uma intervenção humana para determinar o sexo do embrião em formação, que embora entenda possível, avalia ser indevida, pois contrária à Sabedoria de Deus. Dando-se esta intervenção tão somente no corpo físico, conseqüências morais negativas poderiam advir para o espírito reencarnante, uma vez que poderia estar sendo imposta uma inversão desnecessária da polaridade sexual definida na sua preparação reencarnatória. Seu psiquismo, voltado para o sexo programado, poderia sofrer perturbação, o que lhe traria complicações de foro íntimo. Questões surgidas durante o estudo Sonia Regina: Eu gostaria de perguntar: E qual é a situacão daquelas pessoas que nascem hermafroditas? criancas que apresentam rudimentos de ambos os sexos, mas nenhum deles completamente desenvolvido e onde os médicos muito cedo após o nascimento da crianca tem que optar por uma cirurgia? Já vi na televisão alguns relatos de criancas que passaram por intervencões assim e que foram criadas como mulheres, apesar de depois de adultas se sentirem muito mais homens e etc. Nesse caso, porque elas nascem com ambos os sexos? Qual o motivo de seus perispíritos terem formado o corpo físico assim? Ou será que não foi o perispírito que formou o corpo assim, mas algo externo (agentes químicos, poluicao do meio ambiente, etc. p ex.) que possam ter influenciado o desenvolvimento do feto durante as primeiras semanas da gravidez? Nós costumamos dizer no meio espírita que o espírito pede as provas pelas quais tem que passar e por isso forma o corpo dessa ou daquela forma. Qual seria a licao nesse caso ou a prova? R - Qualquer anomalia que se expresse no corpo físico resulta da desorganização do perispírito que o plasmou, o que, por sua vez, é conseqüência das ações, pensamentos ou sentimentos praticados pelo espírito reencarnante. É um mecanismo divino de correção, que visa recolocar o espírito no caminho certo da evolução. Sem dúvida, os casos de hermafroditismo são uma prova ou uma expiação, mais comumente esta última. Ainda que agentes externos tenham contribuído, a desorganização perispiritual é o fator determinante para a formação do corpo físico nesta condição. Os casos citados de crianças que se submeteram a intervenção cirúrgica para determinar o sexo e, depois de adultas, apresentaram seu psiquismo com as características do sexo oposto são aquelas situações previstas por André Luiz, de conseqüências possíveis que podem advir de semelhante intervenção, conforme consta na resposta à questão número 2. Sandro Roberto: Se o Espirito consegue saber que determinadas coisas irão acontecer na sua próxima encarnação, será que ele ao saber desta mudança de sexo não poderia aceitar isto? R - Dependendo do grau de evolução em que se encontre, sabemos que o espírito pode participar da sua programação reencarnatória, inclusive da escolha das provas ou da expiação a que se submeterá. Desse modo, é possível que o espírito tenha conhecimento antecipado desta circunstãncia. Se for uma prova, pode ou não aceitá-la. Porém, sendo uma expiação, ser-lhe-á imposta, por necessária ao seu progresso. Noemia: Aproveito para mandar a teoria de um cientista italiano. O que André Luiz está nos informando foi psicografado em 15/06/58, a teoria do cientista italiano está sendo nos informado agora 20/08/2007. R - O artigo, no nosso modo de ver, ainda que o cientista em questão, provavelmente, não conheça o Espiritismo e tenha analisado o tema unicamente sob a ótica materialista, sem levar em consideração o ser espiritual, formula uma tese que se aproxima do ensinamento dos Espíritos. O espírito, fora do corpo físico, não tem sexo como o entendemos, pois que o sexo depende de uma organização física. Tem, isto sim, aptidão para ambos os sexos, sendo os mesmos os espíritos que reencarnam ora num corpo masculino, ora num corpo feminino, sempre atendendo às suas necessidades evolutivas. Cada sexo proporciona-lhe novas experiências, novas provações e deveres, possibilitando, com isso, o aprendizado indispensável à sua evolução. Como explica Kardec, se somente reencarnasse num determinado sexo, como homem ou como mulher, não aprenderia o que somente o outro sexo ensina. Desse modo, à medida que o espírito progride, seu corpo físico também evolui em forma e aptidões, adaptando-se, sempre, às novas necessidades. O instinto sexual que ora portamos são reflexo do momento evolutivo em que nos encontramos. Nosso corpo físico necessita compensar as vibrações magnéticas que emite com outras energias de igual força, a fim de equilibrar-se no campo emotivo, conforme André Luiz explica em capítulo anterior. Em razão disso, faz-se necessário o contacto com outro ser com quem mantenha laços de afinidade, através da prática do ato sexual, daí resultando uma troca de energias que vai lhe propiciar sensação de prazer e equilíbrio emocional. Quando nos tornarmos espíritos puros, livres da influência da matéria, não mais precisaremos da libido sexual, tornando-se desnecessários, em conseqüência, os órgãos responsáveis pela prática do ato sexual como o conhecemos. Não se trata, no entanto, de bissexualismo, como o cientista menciona. Mas de novo direcionamento que será dado às energias sexuais, não mais para a prática do ato sexual, mas para a criatividade e o amor desprovido de necessidades de natureza material.