Evolução em Dois Mundos

026 – 2ª pte - VI - Justiça na Epiritualidade

VI

Justiça na Espiritualidade

_ Como atua o mecanismo da Justiça no Plano Espiritual?

_ No mundo espiritual, decerto, a autoridade da justiça funciona com maior segurança, embora saibamos que o mecanismo da regeneração vige, antes de tudo, na consciência do próprio indivíduo.

Ainda assim, existem aqui, como é natural, santuários e tribunais, em que magistrados dignos e imparciais examinam as responsabilidades humanas, sopesando-lhes os méritos e deméritos.

A organização do júri, em numerosos casos, é aqui observada, necessariamente, porém, constituída de Espíritos integrados no conhecimento do Direito, com dilatadas noções de culpa e resgate, erro e corrigenda, psicologia humana e ciências sociais, a fim de que as sentenças ou informações proferidas se atenham à precisa harmonia, perante a Divina Providência, consubstanciada no amor que ilumina e na sabedoria que sustenta.

Há delinqüentes tanto no plano terrestre quanto no plano espiritual, e, em razão disso, não apenas os homens recentemente desencarnados são entregues a julgamento específico, sempre que necessário, mas também as entidades desencarnadas que, no cumprimento de determinadas tarefas, se deixam, muitas vezes, arrastar a paixões e caprichos inconfessáveis.



É importante anotar, contudo, que quanto mais baixo é o grau evolutivo dos culpados, mais sumário é o julgamento pelas autoridades cabíveis, e, quanto mais avançados os valores culturais e morais do indivíduo, mais complexo é o exame dos processos de criminalidade em que se emaranham, não só pela influência com que atuam nos destinos alheios, como também porque o Espírito, quando ajustado à consciência dos próprios erros, ansioso de reabilitar-se perante a vida e diante daqueles que mais ama, suplica por si mesmo a sentença punitiva que reconhece indispensável à própria restauração.



Pedro Leopoldo, 11/5/58.


QUESTÕES PARA ESTUDO

1) No plano espiritual, além do julgamento pela própria consciência, o espírito pode ser julgado também por outros espíritos?

2) O espírito pode ser julgado também pelos atos praticados no mundo espiritual?

3) O grau de evolução do espírito influencia nesse julgamento?

Conclusão

(Conclusão)


QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO

1) No plano espiritual, além do julgamento pela própria consciência, o espírito pode ser julgado também por outros espíritos?


R - André Luiz esclarece que os mecanismos da Justiça Divina funcionam, antes de tudo, na própria consciência do espírito. Este é o juiz primeiro da sua situação no mundo espiritual. Todavia, espíritos recém desencarnados, quando necessário, são submetidos a julgamento acerca de uma situação específica, em que são medidos os méritos e deméritos acumulados no curso de sua existência. Para tanto, são constituídos tribunais, integrados por espíritos de elevação, portadores de conhecimentos não
apenas do Direito, mas, também, dos mecanismos naturais de culpa e resgate, da psicologia humana e das ciências sociais.

É preciso entender, contudo, a diferença entre julgamentos desta natureza, que são realizados no plano espiritual, daqueles que conhecemos no mundo físico. Não visam a punição do infrator, como acontece nos júris terrenos. Objetivam a harmonia do espírito perante as Leis Divinas. Têm finalidade mais pedagógica do que punitiva, norteando-se suas conclusões pelo amor e pela sabedoria dos Espíritos Superiores. Sempre têm em vista as diretrizes que irão nortear a futura reencarnação reparadora que os aguarda.

2) O espírito pode ser julgado também pelos atos praticados no mundo espiritual?

R - De acordo com o autor espiritual, não somente espíritos recém desencarnados são submetidos a esses julgamentos. Há espíritos que, muitas das vezes, deixam-se arrastar por paixões e caprichos inconfessáveis, negligenciando no cumprimento de tarefas que lhes são atribuídas. Também estes são submetidos a julgamento por seus atos equivocados.

3) O grau de evolução do espírito influencia nesse julgamento?

R - O grau evolutivo pode determinar um julgamento sumário, quando se trata de espíritos de pouca evolução ou uma apreciação mais complexa do caso, quando o espírito já alcançou algum progresso no campo moral e do intelecto. Em relação a estes últimos, assim acontece não só por exercerem influência sobre os destinos alheios, como, também, por estarem mais conscientes de seus erros, apresentam-se ansiosos para obterem a reabilitação, suplicando para si a punição que reconhecem necessária à retomada do processo evolutivo