O Céu e o Inferno

018 – PARTE 1 – Doutrina-Cap. IV O Inferno-Itens 3 a 4

Período de estudo: 27/07/2012 - 02/09/2012

Reflexões:

1) De onde vem a figura do inferno com fogo?

2) Como você explicaria como essa figura do inferno vai de encontro à lógica e à razão?

Conclusão

CONCLUSÃO

1) Conceito pagão: o conhecimento do Inferno pagão nos é fornecido quase exclusivamente pela narrativa dos poetas. Citam-se Homero, Virgílio e Dante Alighiere. Dante Alighiere, por exemplo, na sua "Divina Comédia" descreve os aspectos lúgubres dos lugares, preocupando-se em realçar o gênero de sofrimento dos culpados.
Na mitologia: lugar subterrâneo, onde estão as almas dos mortos.
Segundo o cristianismo: lugar ou situação pessoal em que se encontram os que morreram em estado de pecado. O Inferno perpetuado pela religião cristã dogmática foi elevado a um lugar de maiores suplícios do que aquele dos pagãos (caldeiras ferventes, tonéis de óleo, rochedo em brasa etc).
Para o espiritismo: Céu e Inferno são figuras de linguagem e não lugares circunscritos. O Inferno não é lugar materializado (fogo, tridentes etc.), mas “uma vida de provas extremamente penosas” (revezes, doenças, dificuldades etc.), com a incerteza de melhoria. (LE, perg. 1014)
Assim, percebe-se que o inferno é "pintado" conforme a época e o conhecimento, dependendo da experiência material do ser humano; a medida em que ele cresce em conhecimento e moralidade essas ideias vão naturalmente se modificando, tornando os conceitos mais racionais e lógicos.

2) Quando desencarnamos, a nossa sintonia espiritual, resultante de nossos atos, padrão moral, caráter, ética, nos leva por atração magnética, para dimensões de mesma sintonia - não existe castigo de Deus, existe consequência aos nossos atos!
Podemos refletir: O que eu estou emitindo para o Universo? É amor, ódio, alienação e lixo psíquico? Como me sinto agora? Quais são as minhas atitudes, meu padrão moral e minha ética? Tenho amor dentro de mim e o expresso aos meus semelhantes e ao mundo à minha volta? Amo o meu próximo como a mim mesmo? Faço para o outro somente aquilo que quero que façam comigo?
O tipo de morada que nossa alma imortal irá encontrar após sua passagem no final dessa vida depende muito das respostas das perguntas acima. O plano divino, com essa paciência e amor incondicional por todas as criaturas - a lógica e a razão nos dizem isso, já que cremos no infinito amor e na justiça perfeita de Deus - promove condições para que vida após vida possamos seguir evoluindo.
"Ir para o céu ou para o inferno" depende exclusivamente de nós mesmos. A todo o momento podemos tomar decisões que nos sintonizem com essas duas frequências opostas. E, mais uma vez: “Orai e vigiai” torna-se uma das mais importantes ferramentas que temos.
O inferno é ilusão, dor, controle, apego, medo, egoísmo, negligência, fascínio, vaidade, futilidade.
O céu é o amor, a entrega espiritual, a paciência, a tolerância, o respeito, o perdão, a gratidão.
(Bruno J. Gimenes - resumo de "Para onde vamos quando morremos?")