O Livro dos Médiuns

063 – SEGUNDA PARTE-DAS MANIFESTAÇÕES-Capítulo XXIII–Da obsessão–itens 253-254

Reflexão

1. Por que não podemos atribuir tudo o que nos acontece, de bom ou de ruim, aos Espíritos?

2. Como podemos relacionar essa afirmativa com o médium que não consegue se livrar de uma obsessão?

3. Como um médium pode levar um mau Espírito a se corrigir?


Conclusão

CONCLUSÃO

1. Por que muito do que nos acontece de bom ou ruim é consequência de nossas atitudes, em virtude do nosso livre arbítrio, da maneira que escolhemos viver, dos caminhos que optamos trilhar. Embora sejamos constantemente influenciados pelo mundo espiritual, a última palavra, a escolha enfim, é sempre nossa, haja vista a obsessão que só ocorre quando há interação, afinidade pelas escolhas feitas, entre o obsidiado e o obsessor.

2. Sejamos médiuns ostensivos ou não todos estamos na mesma condição: nosso livre arbítrio é que determina os resultados que obtemos. O médium, portanto, que não se melhora, não muda de atitude, não se esforça para modificar um estado de obsessão, continuará sendo influenciado por não opor resistência no sentido moral.

3. Primeiramente corrigindo a si mesmo e dando exemplo.
O mau Espírito, se não se corrigir, perderá o interesse naquele que não atende mais seus desejos.
Como exemplo podemos citar Jesus Cristo, na parábola do mordomo infiel (Lucas, 16, 1 a 9), “os filhos do mundo são mais hábeis, na sua própria geração, do que os filhos da luz" em se referindo à atitude do mordomo em diminuir as dívidas dos devedores perante seu patrão. O Mestre faz referência ao que os benfeitores apontam nas respostas: o diálogo dos espíritos atrasados com os encarnados por meio das reuniões mediúnicas e a convivência entre eles, são um remédio moralizador destas entidades, mais eficaz que a ação direta dos benfeitores espirituais, pois, os encarnados (os filhos do mundo) entram em melhor sintonia, quer pela linguagem, quer pela vida material, com os obsessores, de maneira que, pela ascendência que acabam exercendo sobre eles, conseguem moralizá-los; ao passo que os benfeitores (os filhos da luz) são temidos e evitados, por representarem, aos olhos dos espíritos atrasados, os braços inflexíveis da Justiça Divina.