Educar

115a – Tema: Vida em família: Pais dependentes químicos - nosso papo com textos

Questões para estudo:
> 1- O que a doutrina espírita pode fazer para ajudar estas família?
R - Materialmente falando, o Espírita pode e deve agir de acordo com as necessidades que se apresentam no momento. O Centro Espírita, precisa sair das quatros paredes, criar equipes de visitantes e Evangelizadores, que possam ao chegar em lugares onde se tenha a concordancia dos responsaveis, levar o Evangelho, e atender de forma objetiva aos necessitados.
> 2- Em alguns casos o dependente não seria "vítima" de uma família desestruturada?
R - É em grande parte, deve-se levar em consideração as circustancias, encontra-se viciados que vem de familias bem estruturadas. Na realidade a sociedade em que vivemos ainda contribue, de maneira decisiva, ainda existem pessoas que são "Vitimas da Sociedade", em qualquer situação a Questão vem da Necessidade do ser humano Espiritualizar-se, descobrir a Eternidade Evolutiva do Ser.
> 3- Os pais sendo dependentes como ficaria a questão de buscar ajuda? Dos filhos?
R - Caberá aos filhos, aos Parentes mais próximos, aos amigos, aos governos, a religião, a sociedade como um todo, São muitos os Facilitadores de Ajuda, mas, o imediatismo da vida faz com que bem poucos ou quase ninguém ajude decisivamente, trazendo situações paliativas para as questões deste ramo, fazendo com que a Sociedade Organizada, sinta na pele o seu descuido.
> 4- Como os pais despertariam suas consciências para o erro que praticam?
R - Pelo Amor que os filhos deveriam praticar, sem enveredar pelo mesmo caminho e assunindo o Papel de Espírito mais consciente em relação aos pais.
> 5- Freqüentar algum tipo de religião mesmo durante o uso de algum tipo de droga ajuda a se conscientizar?
R - Com certeza, isto já ocorreu no Centro Espírita que eu participava, e vejo acontecer no dia a dia das religiões, pois elas preenchem o vazio que o materialismo causa nas pessoas.
> 6- Se temos o hábito de ingerir um pouco de álcool como ensinar um filho a ter discernimento quanto a isso?
R - O idel é não ingerir nem um pouco, nosso corpo fabrica tudo do que necessitamos, falta implantarmos a mudança de hábitos, outro dia um amigo comemorou seu aninversário, com 05 tipos de chá quntes e frios, com pão de chá, queijo, ovos, presunto e torradas, bolo e pudim e sucos, no que foi seguido por outros amigos durante o ano, este ano já vou comemorar o meu assim também. Porém não podemos deixar de orientar os filhos, o ideal é falar Eu não bebo, por isso voce também não deve Beber. Mas se eu bebo é falar Eu bebo porém sei que faz mal, então voce não deve beber, e apresentar os males da bebida até mesmo leva-los para ver aqueles que bebem e se drogam, assim até quem bebe com certeza vai deixar o vicio (Vale para o fumo, para as drogas é claro).
> 7- Os filhos conscientes quanto ao assunto podem ajudar seus pais como perante a hierarquia familiar?
R - Na realidade a condição de conscientes fazem com que os pais os respeitem mais, tomarta que eles estejam sabendo cultivar a humildade para não esqueceram as condições de filhos.
> 8- Doutrinar supostos obsessores cura o dependente do vício?
R - Não, o obsessor fica em condições de se curar, pode até se afastar, mas se o dependente não fizer tratamento de cura e não se modificar, outros viciados chegam para continuar a tarefa do anterior.
Muita Paz
Ataide
----
Eis, Gente Linda, tudo joiinha com vcs? 🙂
Achei esse comentário sobre o dependente químico e estou colocando aqui pra gente refletir sobre , tá? 😉
domingão felicidade
beijocas mineiras com carinho no coração
O dependente químico na ativa
Autor

O dependente químico na ativa é a pessoa que está fazendo o abuso de álcool e de outras drogas, o real é ter a obsessão que é a idéia fixa por droga, e a compulsão é quando inicia e não consegue parar. Com isso o dependente apresenta uma doença incurável, de decadência física, mental, emocional e espiritual e poderá ter um amargo fim ;- prisão, instituições [ internações em hospitais ] ou a morte.
Antigamente o uso de drogas era um elemento de integração. Utilizada na maioria das vezes por adultos, com objetivos místicos, religiosos, intelectuais ou guerreiros por certos grupos e em certas circunstâncias. A droga estava inserida num momento sócio-cultural, ou seja, a maconha era utilizada no oriente, o álcool no ocidente.
Atualmente o uso de drogas é um elemento de desintegração, ocupando o espaço da intimidade das relações entre a pessoas. A droga não é tratada como assunto de saúde pública e sim como uma questão econômica, visto que a plantação, produção e comércio das drogas ocupam o terceiro lugar na economia mundial.
Uma das formas de entender a drogadição é atribuir à droga como o problema fundamental do dependente, por exemplo - a mídia e alguns especialistas descrevem sobre as drogas de uma forma sensacionalistas. Ficando a falsa impressão que o dependente é um ser que aceita sem critica à droga e que está dominado por um vírus. Com isso fala-se muitos nas drogas e talvez seja essas as formas, cremos inconscientes, mais contundentes de propaganda das drogas. Que poder enfim damos às drogas !!!

A função primordial do uso de drogas na sociedade é, antes de obter o prazer, é o de evitar em pensar, é de não sofrer. O uso de drogas é uma tentativa então de não sentir a dor existencial.

Dizer que as drogas é a causa da deterioração da vida é, no mínimo, uma inversão de valores.É o próprio sistema social que cria uma tendência a proliferação da drogadição.

A droga é apenas uma questão de objeto . Não é a droga que tem o poder, é a pessoa dependente que está fragilizada. Na maneira de compreender a drogadição como manifestação humana, o centro ou o núcleo do enfoque deve ser a existência, estamos interessados na questão humana.

O dependente não adoeceu porque começou a tomar drogas, mais sim por estar adoecido existencialmente bus- cou nas drogas uma _solução_ ou _cura_ para suas feridas mais íntimas.

Existem pontos significativos da vida do dependente sobre o que entedemos por estar adoecido existencial- mente e para compreensão do lugar da drogadição ocupa na sociedade -

1- Como a prevalência de uma ordem social que tende a hiper racionalização e normatização, nosso comporta- mento deve ser adequado e lógico e nossos sentimentos jogados na lata do lixo ou seja desvalorizados.

2- O ritmo acelerado das transformações, a descartabilidade de objetos e pessoas. Não há tempo e espaço para assimilar e entender de forma produtiva as transformações ocorridas no dia-a-dia.

3-A fragilidade dos laços entre as pessoas, a falta de modelos de identificação dificultam o processo de introdução de valores. Por exemplo, quem confia com orgulho no seu governo ou na polícia ?

4- A medicalização da vida, oriundo da crença dos poderes mágicos dos remédios. Comeu demais, bebe demais, não dorme, está angustiado???. Tem sempre um remédio para sua dor. A substância química substituindo o conforto humano. Não é a toa que o remédio mais consumido dos útimos quinze anos é o diazepan.

5- A atual sociedade consumista, onde as aparências é colocada como fundamental , do que a essência de termos uma vida humilde.

O perverso e o doentio dessa ideologia consumista, é que somos levados a aceitar como natural e verdadeiro que os valores estão nos objetos externos. Quanto mais possui, mais se sente identificada com seu meio social. Só aquilo que possui é que tem valor.

Tal ideologia pode levar a pessoa a ficar distante de seu íntimo, com dificuldade de mostrar-se por inteiro, ficando ausente de uma comunicação para com o próximo. Isso gera um sentimento de vazio, de ausência, de tristeza íntima, porque a riqueza está no exterior. Esse mesmo sentimento de vazio pode estar mais em evidência nas pessoas, que estimuladas ou multissolicitadas ao consumo, não tem acesso a esse consumo, e ainda ficam com a idéia de serem os falidos ou os fracassados da sociedade.

O consumismo faz a pessoa acreditar que as soluções estão no exterior, nos objetos. Sentir-se vazio, em crise, com angústias,é proibido no mundo consumista.Isso explica porque há uma dificuldade muito grande do dependente pedir ajuda, pois tal posicionamento é pensar diferente numa sociedade, que tem solução para tudo. E se esse pedido de ajuda for psicológica ou psiquiátrica, o sentimento de vergonha ou de fracasso é mais intenso ainda.

O consumismo, como ideologia, coloca na mente da pessoa a confusa idéia, de que estar bem de vida é o mesmo de estar de bem com a vida.

A pessoa é induzida desde criança a buscar as soluções de suas dificuldades no exterior, e a busca do seu interior pode tornar-se dolorosa e quase impossível. Numa sociedade consumista que valoriza as aparências exteriores, a tarefa de trabalhar o interior da pessoa é eliminada. Por isso que a droga pode ser eleita como objeto idealizado de "cura" para as crises e dificuldades internas.

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA DOENÇA

Sob o efeito da droga a pessoa percebe-se - onipotente [todo poderoso], viajando, distante dos problemas ou ligado num mundo melhor, escondendo com isso sua insegurança de não saber quem é. A pessoa vai formando um conceito de si mesmo, tendo a droga como liga, se eu uso droga fico numa boa, muito maluco, down e tenho alívio imediato. Caindo num padrão de pensamento seletivo, que é de lembramos das boas experiências sob o efeito de drogas.

No início do processo de dependência, o efeito da droga é de um prazer fugaz, depois de estabelecida a dependência, torna-se escravo da droga e passa então a viver em função dela, necessitando encobrir, sem saber, sua solidão. Porque o que foi apreendido é se de que eu NÃO suportar a dor dos problemas, uso droga e tenho o alívio imediato, e esse processo de continuidade que gera a dependência química, dado pela sistemática -

DOR MAIS DROGA É IGUAL ALÍVIO IMEDIATO MAIS DOR FUTURA E ASSIM CONTINUADAMENTE

Ser escravo de uma droga é em si um projeto suicida. Os modos de vida de um dependente químico na ativa é de descuido com aparência pessoal, acidentes, colocar-se em risco, o furto, o roubo, o estelionato, a prostituição do seu corpo, a perda da moral, da dignidade e do respeito, a habilidade de viver ficou reduzida ao nível animal, bem como a perda seu maior e mais rico patrimônio que é a si mesmo. As funções físicas, mentais e espirituais foram fortementes afetadas pelo uso de drogas.

Esse projeto suicida torna-se um fato quando a pessoa, consciente ou não, tem por término à vida,por exemplo a morte por overdose, ou contrair uma doença orgânica fatal como a AIDS. Constata-se que a drogadição é uma tentativa enganosa de cura para encobrir esse projeto suicida. Assim esse projeto suicida é de uma profunda descrença e desvalorização do viver.

A profunda solidão que o dependente vive é percebida,pois quem elege a droga como modo de anestesiar crises, e na maioria das vezes essa escolha é inconsciente,é para que a sua fragilidade e carência de pessoa não fiquem aparentes para as outras pessoas. Solitário de si mesmo, a droga é a tentativa iludida de encontrar-se.

Existem dependentes químicos na ativa que honestamente se dispõem a deixar as drogas,entretanto não consegue. Porque ocorre as modificações dos valores da sua vida através do avanço da doença, por exemplo a crise de identidade é de não ter os seu VALORES de vida, na falta procura retorná-los e encontra dificuldades, não consegue e volta a usar droga. Está desestruturado, não conseguindo transformar em ação o que tem em idéia que é o desejo de parar de usar droga. Desse modo o dependente mostra adoecido existencialmente, quando amortece as crises do viver buscando solução no exterior, não consegue ajuda no seu interior porque é extremamente trabalhoso. O dependente evita de todas as maneiras em fazer uma reflexão ou pensar, porque dói, estabelecendo uma passagem direta entre o desejo e ação, de parar em usar droga. Aumentando o sentimento de fracasso ou incapacidade de estabelecer um relacionamento verdadeiro com o próximo.

VALORES são organização, confiança, pontualidade, diálogo, solidariedade, humildade, dignidade, responsabilidade, dedicação, respeito, discernimento, disciplina [ responsabilidade das minhas coisas, cumprir tarefas é começar e terminar, assumir compromissos por menor que seja, adiar o prazer ], sinceridade/honestidade [ se não estou sendo sincero/honesto comigo não vou ser com o outro, se tenho um problema vou pedir ajuda ], dificuldades é de não saber lidar com a complexidade da vida, ou seja de lidar com os pontos da vida.

Desse modo fica notório que a drogadição é um projeto suicida, que se manifesta através de atitudes autodesdrutivas ou de suicídios parciais. Tal situação é um viver que não se valoriza e cuja essência colocamos em evidências -

1- Há inúmeras maneiras de se compreender o viver, uma delas é compromisso da pessoa como ser-ao-mundo, entendido como a realização da pessoa que se desenvolve para vida plena à medida que participa construtivamente para a elaboração da sociedade, e esta sociedade retorna para a própria pessoa os ganhos comunitários.

A pessoa que se percebe vazio interiormente pode se reduzir na sociedade consumista, preenchendo-o com o objetos concretos ou em fantasia, ou melhor ainda relaciona-se com objetos.

Qualquer objeto é desprovido de vida, quando usamos um objeto, esperamos um retorno, ainda mais se o objeto é de nossa utilidade.

A droga é um objeto e como tal é, portanto não existe vida própria é inanimada. Assim o dependente químico dá vida a ela e, uma vez ingerida, a droga retorna em destruição ou morte. É uma troca de vida por morte, a ponto de tornar-se escravo dela, transformando-a em senhor, transformando-a na sua melhor companheira e na sua melhor amante. Não é a droga que tem o poder, é pessoa dependente que está fragilizada. Por isso que discussões sobre drogas legais e ilegais, drogas leves ou pesadas, são discussões fúteis.

Contudo, mesmo inconscientemente, o dependente dando vida em troca de morte ou de destruição, é porque intimamente sua vida nada vale ou equivale à morte. Eis o projeto suicida. A dependência de drogas concretiza a desvalorização interior.

Esse projeto suicida coloca a tendência de realização de por término da sua vida, ao mesmo tempo que se nega como ser-ao-mundo. O seu mundo e o núcleo da vida é apenas a droga, é um jeito triste de ser e viver.

2- Na vida as nossas experiências mais profundas são ao mesmo tempo as individuais e as sociais, ou seja tanto do EU como do NÓS, e que ser-ao-mundo é a estrutura da realidade.

Transformando-se em escravo da droga, definitivamente não há lugar para o outro, o semelhante. Na história de vida do dependente, o outro sempre foi o outro-coisificado, mero objeto. Isto revela a ausência do outro, do próximo. E explica porque o dependente não consegue manter relacionamentos profundos e duradouros com o seu semelhante. A experiência do EU é ligada a um objeto e a experiência do NÓS ser anulada. A drogadição é o aniquilamento do EU e do NÓS, ou seja não tem nenhum posicionamento no mundo.

Não é por acaso ou simples coincidência que o dependente gosta da noite. Na noite vive às escondidas, nos cantos, às margens. Roda ou anda pela noite toda, sem rumo, por aí, desesperada, consciente ou não, em busca de prazer, segurança ou mortal conforto nas drogas para suas feridas interiores. Tenta o absurdo de evitar a sua solidão, solitário, com drogas. A drogadição assemelha-se perfeitamente bem as trevas.

3- Afirmam que a maior parte de nós mesmos é recebida - da família, da educação, da sociedade, da cultura e de outras fontes. Isso não quer dizer que recebemos por receber sem crítica, desprovido da individualidade.

A vida de cada um, é "momento individual de um fluxo coletivo". É nesse momento que a individualidade mostra sua autonomia, criando uma sintonia ou passo novo, com o fluxo coletivo para dar continuidade a ele.

Como ser-ao-mundo o dependente químico na ativa, mantém o mesmo passo, a mesma solução usando as drogas, e recorre às mesmas experiências de destruição do EU e do NÓS, não trabalha as suas crises, não criando chances de vida nova.

Antes de conduta rebelde ou revolucionária, a drogadição é uma condição escrava porque a individualidade não se mostra com autonomia, ao mesmo tempo que se ausenta do fluxo coletivo. O dependente não transforma, então o mundo dado, num mundo possível. É um viver alienado, de si mesmo e dos outros.

4- As coisas do viver e do conviver são temporárias. Viver é trabalhar o provisório. Tentamos sempre dar um jeito na vida, mas a vida não tem jeito. Enganamos a nós mesmos quando pensamos que nossas vitórias ou fracassos são definitivos. As crises do viver devem ser vistas com possibilidades de vida nova e não como obstáculos para o existir.

O dependente químico na ativa possui ou apresenta uma grande dificuldade de superar os pequenos problemas do cotidiano. Com a droga o dependente, ilusoriamente, acredita ter encontrado a solução definitiva para o viver, a resposta fácil e inquestionável. O dependente não aceita o que dura algum tempo na sua existência, pois se aceita tal condição, envolve uma disposição e ajuda do seu interior, o que é muito trabalhoso. Sendo a drogadição um projeto suicida, o superar esse projeto, o que quer dizer derrotar, pois esse fermento na massa do crescimento espiritual, está tolhida, apagada e eliminada. Em nossa maneira de ver, ser saudável é ter disposição para superar as contrariedades da existência - é aprendendo trabalhando o provisório. Isso significa precisamente estar de bem com a vida.

O dependente químico na ativa, com uma existência de vida, cujo projeto é suicida, revela a ausência de saúde mental, emocional, ou seja a capacidade de ver a realidade - de admitir que é um dependente químico, e de sair da fantasia - em parar de usar os mecanismos de defesa, para justificar a drogadição.

Autor
José Antônio Zago joseantoniozago@ig.com.br
Psicólogo do Instituto Bairral de Psiquiatria - Itapira - SP.
Mestre em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba.

http://www.adroga.casadia.org/tratamento/Dependente_na_ativa.htm

----
Minhas Respostas:

Questões para estudo:
1- O que a doutrina espírita pode fazer para ajudar estas família?
R: Acredito que a busca pela droga, geralmente começa em razão de uma insatisfãção intima; uma necessidade de encontrar um bem estar, mesmo que passageiro, seja para fugir de certas responsabilidades, de tristezas, de fraquesas, enfim, inúmeras são as causas da iniciação no mundo das drogas, especialmente, inocentemente, simplesmente através do exemplo dos pp pais que fumam, bebem etc... No livro " Quem Ama Educa - Içami Tiba" o autor menciona o perigo de satisfazer todas as vontades da criança, sem limites, dar-lhes tudo o que pedem: presentes etc... esta criança terá uma felicidade passageira, mas passados alguns instantes, a novidade perde a graça e ela irá querer outra coisa, e mais e mais, para satisfazê-la. O autor diz que este tipo de comportamento é um forte indício que esta criança se tornará uma criança viciada (uso de drogas que supram esta necessidade) na busca eterna de prazer momentâneos, mas que nunca trará sataisfação duradoura.
A Doutrina esprírita pode ajudar no sentido de mostrar que a verdadeira felicidade é aquela sentida na paz do espírito, no bem estar de fazer o bem, através da reforma intima, no prazer de amar o próximo, de objetivar o crescimenti pp, do próximo e do planeta...

2- Em alguns casos o dependente não seria "vítima" de uma família desestruturada?
R: Penso que, por sermos todos espiritos milenares, temos nossa bagagem e num determinado momento haverá a chance de ele utilizar o seu livre-arbitrio. É claro que o seu meio familiar contribui de forma quase que automática para isto, mas, certamente, em um momento ele terá a chance de escolha, pois apesar do meio em que vive, atualmente há muita informação sobre os males que a droga causa. Acredito que "vítima" é aquele que não tem como reagir, por motivo alheio à sua vontade. Na minha opnião não acredito em vítima, neste caso.

3- Os pais sendo dependentes como ficaria a questão de buscar ajuda? Dos filhos?
R: Quem ama cuida...acredito que chega um ponto que o dependente entra em um estado tal de dependência, que perde a sua capacidade de dicernimento e decisão. Acho que os filhos tem o dever moral sim de buscar ajuda e fazer tudo o que estiver ao alcance para ajudar os pais. Porém a aceitação da ajuda dependerá do viciado que necessitara de muita força de vontade, reforma intimae determinação para curar-se. O importante é ter-se a consciência que tudo foi feito para auxiliar o ente querido (chegar ao funco do poço) para não restar dúvidas de que esgotaram-se todas as alternativas de ajuda.

4- Como os pais despertariam suas consciências para o erro que praticam?
R: Não é uma tarefa fácil nem rápida. O despartar as vezes pode levar mais que uma encarnação. Mas todas as tentativas são validas, pois cada sentimentinha plantada, um dia florecerá. Creio que, infelizmente, como a maioria dos casos, o despartar virá através da dor salutar, através do remédio amargo.

5- Freqüentar algum tipo de religião mesmo durante o uso de algum tipo de droga ajuda a se conscientizar?
Eu tenho certeza que sim, porque desperta para a reforma intima, para os valores morais, para a conscientização de que os viciados acabam vivendo à margem da sociedade, sofrendo os preconceitos e etc. A oração, o contato com p Plano maior sempre ilumina o caminho e faz despertar no coração as sementinhas adormecidas do bem, do amor, do certo/errado.

6- Se temos o hábito de ingerir um pouco de álcool como ensinar um filho a ter discernimento quanto a isso?
R: Primeiramente, procurar não ingerir alcool diante do filho, muito menos fazer disto uma coisa normal e corriqueira. Aliás, o ideal seria abandonar este hábito, mas se é difícil, diante de inúmeras circinstâncias, procurar levar aos filhos todas as informações e consequencias maléficas desta prática.

7- Os filhos conscientes quanto ao assunto podem ajudar seus pais como perante a hierarquia familiar?
R; Aí vai entrar sem dúvida, o respeito e a humildade plantada nesta fanília desde o início, para que seus pais aceitem uma lição de moral vinda de seus filhos (especialmente coragem e muito amor). Porém, creio que seja a mais eficaz, porque certamente irá ser muito constrangedor, inverter os valores de pais/filhos no sentido educadores/educandos, mas seria uma lição de vida belíssima e necessitaroa de uma lucidez e altruismo do filho imensurável.

8- Doutrinar supostos obsessores cura o dependente do vício?
R. Pode amenizar, mas não cura. ORAI E VIGIAI !! . Os obsessores somente estão alí atraídos pela afinidade do suposto obsediado. É uma cadeia que não terá fim, se o obsediado não se controlar por sua pp fraqueza e cedendo a sua fragilidade, ábrirá as portas para os obsessores escarnecerem e elimentarem-se disso.

Vanda
----
Olá amigos da sala. Boa semana a todos. Minhas respostas estão em vermelho.


1- O que a doutrina espírita pode fazer para ajudar estas família?
Creio que a doutrina espírita tem todos os recursos possíveis para ajudar qualquer pessoa com qualquer tipo de problema, pelo fato de nos mostrar o que realmente somos enquanto espíritos milenares. Existem os recursos da evangelização de adultos através da reuniões públicas, da visita fraterna e do atendimento fraterno, da orientação espiritual e do culto do evangelho. Dos livros que nos explicam os porquês do envolvimento com drogas e que só depende de nós sairmos do vício.
Entendo que deve ser muito dificil uma pessoa que tem um tipo de vício (fumo, alcóol ou drogas) ter força de vontade bastante para sair disso sem a ajuda dos familiares. E aí é que eles entram com o papel de usar todos os recursos da doutrina para auxiliar.
2- Em alguns casos o dependente não seria "vítima" de uma família desestruturada?
Creio que há uma influência, mas concordo com as colocações da Vanda. Nós somos espíritos milenares com a bagagem moral e intelectual que adquirimos ao longo das nossas existências. Acredito que todos nós conheçamos pessoas que fazem parte de uma família desestruturada e nem por isso são desestruturados. Isso depende do grau de adiantamento daquele espírito que está ali. Nós não somos vítima de nada a partir do momento em que temos o lívre arbítrio para analisar uma situação e fazer aquilo que queremos.
3- Os pais sendo dependentes como ficaria a questão de buscar ajuda? Dos filhos?
É um ponto complicado, porque nem sempre os filhos têm a condição para isso. Penso que os demais familiares desses pais possam fazer isso. Os filhos têm até condição de buscar ajuda quando já tem uma certa idade que os permita isso. Se não, creio que a tarefa depende dos pais ou dos irmãos daqueles líderes da família que são dependentes.
4- Como os pais despertariam suas consciências para o erro que praticam?
Olha, despertar a conciência quando nos satisfazemos com algo é difícil. Quantas vezes nós, que aparentemente não temos vício nenhum, somos invejosos, egoístas, brutos, ávaros, etc. não temos a boa vontade necessária para reformarmo-nos intimamente.
Hammed, no livro Renovando Atitudes diz que todos nós temos "um reservatório moral", formado pelas experiências vividas no lar, na sociedade e na religião, ao longo de nossas existências. Isso está cristalizado em nós e despertar a consciência para isso é difícil, porque nossa evolução é crescente e se somos temos alguns defeitos hoje, imaginem no passado.
Eu realmente não sei como os pais, que deveriam ser os pilares da formação moral dos filhos, quando fazem uso de qualquer tipo de droga se conscientizam para o erro, haja vista que a própria sociedade incentiva, principalmente, o uso de bebida alcoolica?
5- Freqüentar algum tipo de religião mesmo durante o uso de algum tipo de droga ajuda a se conscientizar?
Emmanuel, o querido mentor espiritual do Chico, nos diz que uma religião, qualquer que seja ela, só é boa quando ajuda o ser a se elevar moralmente. Todas têm o seu fundamento moral e transmitem isso aos fiéis da melhor maneira que podem ou que conhecem. No caso da doutrina espírita, penso que como ela mexe mais conosco, nos dizendo verdades sobre aquilo que somos, a ajuda chega mais rápido. Mas ainda só depende de nós.
6- Se temos o hábito de ingerir um pouco de álcool como ensinar um filho a ter discernimento quanto a isso?
Não há jeito. O exemplo é o melhor ensinamento. Imaginem se Jesus falasse uma coisa e fizesse outra. Guardariamos a força da sua mensagem?
7- Os filhos conscientes quanto ao assunto podem ajudar seus pais como perante a hierarquia familiar?
Muitas vezes os filhos são espíritos mais evoluídos que os pais e estão naquela família justamente para ajudá-los a progredir moralmente. Eles podem e devem ajudar os pais.
8- Doutrinar supostos obsessores cura o dependente do vício?
André Luiz, no livro Ação e Reação, nos diz que a tentação está dentro de nós e não fora. Os obsessores são atraídos por nós, pelos nossos atos falhos nesta ou em outras vidas. Doutriná-los, ou melhor, esclarecê-los, sem dúvida faz muita diferença, mas se o dependente não mudar as suas atitudes atrairá mais e mais espíritos que se satisfazem e necessitam do seu vício.

Espero ter contribuído para o estudo da semana. Um grande abraço a todos.
Sheila - MG

----
Pessoal, bom dia!
A discussão está ótima e concordo com a maioria das colocações.
Com relação à 2ª questão, toca no princípio "livre arbítrio" e como recebí esta semana um texto
muito bom que tem a ver com a discussão, gostaria de compartilhá-lo.


JOÃO E MANÉ

Naquele dia, João deu um longo beijo em sua amada e fez em silêncio a sua oração matinal de agradecimento a Deus por sua vida, seu trabalho e suas realizações. Após tomar café com a esposa e os filhos, João levou-os ao colégio e se dirigiu a uma de suas empresas.

Chegando lá, cumprimentou com um sorriso os funcionários, inclusive Dona Tereza, a faxineira. Tinha ele inúmeros contratos para assinar, decisões para tomar, reuniões com vários departamentos da empresa, contatos com fornecedores e clientes, mas a primeira coisa que disse para sua secretária foi:
- "Calma, faça uma coisa de cada vez, sem stress".
Ao chegar à hora do almoço, ele foi para casa curtir a família.
A tarde tomou conhecimento que o faturamento do mês superou os objetivos e mandou anunciar que todos os funcionários teriam gratificações salariais no mês seguinte. Apesar da sua calma, ou talvez,por causa dela, conseguiu resolver tudo que estava agendado para aquele dia.
Como já era sexta-feira, João foi ao supermercado, voltou para casa, saiu com a família para jantar e depois foi dar uma palestra para estudantes, sobre motivação para vencer na vida.
Enquanto isso, em bairro mais pobre de outra capital, vive Mané.

Como fazia em todas as sextas-feiras, Mané foi para o bar jogar sinuca e beber com amigos. Já chegou lá nervoso, pois estava desempregado. Um amigo seu tinha lhe oferecido uma vaga em sua oficina como auxiliar de mecânico, mas ele recusou, alegando não gostar do tipo de trabalho. Mané não tinha filhos e estava também sem uma companheira,pois sua terceira mulher, partiu dias antes dizendo que estava cansada de ser espancada e de viver com um inútil.
Ele estava morando de favor num quarto imundo no porão de uma casa.
Naquele dia, Mané bebeu mais algumas, jogou, bebeu, jogou e bebeu até o dono do bar pedir para ele ir embora. Ele pediu para pendurar a sua conta, mas seu crédito havia acabado, então armou uma tremenda confusão... e o dono do bar o colocou pra fora. Sentado na calçada, Mané chorava pensando no que havia se tornado sua vida, quando seu único amigo, o mecânico, apareceu, levou-o para casa e, curando um pouco o porre, perguntou a Mané:
- "Diga-me, por favor, o que fez com que você chegasse até o fundo do poço desta maneira?".
Mané então desabafou: A minha família... Meu pai foi um péssimo exemplo.
Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe morreu doente, por falta de condições, eu saí de casa, revoltado com a vida e com o mundo. Tinha um irmão gêmeo, que também saiu de casa no mesmo dia, mas foi para um rumo diferente, nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma".
Enquanto isso, na outra capital, João terminava sua palestra para estudantes. Já estava se despedindo quando um aluno ergueu o braço e lhe fez a seguinte pergunta:
- "Diga-me, por favor, o que fez com que o senhor chegasse até onde está hoje, um grande empresário e um grande ser humano?"
João emocionado, respondeu: - "A minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum.
Tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe morreu, por falta de condições, eu saí de casa, decidido que não seria aquela vida que queria para mim e minha futura família. Tinha um irmão gêmeo, que também saiu de casa no mesmo dia, mas foi para um rumo diferente, nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma".

Moral da história:
O que aconteceu com você até agora, não é o que vai definir o seu
futuro, e sim a maneira como você vai reagir a tudo que aconteceu. Sua vida pode ser diferente, não se lamente pelo passado, construa você mesmo o seu futuro, mas sempre segurando na mão de DEUS.
Encare tudo como uma lição de vida, aprenda com seus erros e até mesmo
com o erro dos outros. O que aconteceu é o menos importante. O que realmente importa é o que você vai fazer com o que acontecer.
Um abraço a todos!

Márcio Martins.

----
Bom dia pessoal, achei muito brilhante as respostas da Sheila e Vanda e o texto que o Marcio enviou, teria pouco a acrescentar, mas poderia complementar dizendo que nos dias que vivemos hoje, há um culto exarcebado pelo prazer, pelo aqui e agora, tudo aparece nos nossos olhos num apertar de botão, num clic do mouse, e talvez os jovens fiquem ainda mais vulneráveis a tudo isso, até porque as relações familiares passam por grandes dificuldades.

Quem sabe a resposta está em cultivarmos mais coisas simples como nos sentarmos à mesa mais vezes todos juntos, contar histórias, plantarmos uma árvore e observarmos seu crescimento, orarmos juntos...etc... ou seja resgatar valores e o prazer das pequenas coisas.


Um grande abraço!

Paulo
----
Eis, Gente Linda, tudo joiinha com vcs? 🙂
Achei esse comentário sobr

Conclusão