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094a – Tema - Família e drogas - nosso papo

OOis, tudo na paz?;-))
O Mauro enviou esta msg :-))
dia cor e amor
beijocas mineiras com carinho nocoração
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AMIGO EU SOU A DROGA
Aquela que vem destruindo a vida de muitos jovens ignorantes.
Aquela que se introduz nos bailes e nas festas.
Aquela que te faço viver fora deste Mundo cheio de problemas.
Aquela que com o passar do tempo, começo a te fazer falta.
Sou a droga, aquela que vem destruindo o Mundo inteiro.
Aquela que não se importa, se é branco ou negro, pobre ou rico, seja também qual a nacionalidade que for. Tenho-te seguido até aqui.
Depois que me experimentas, és meu, és minha para o resto de tua vida.
Recordas-te de quando começastes? Estavas triste, e te sentias só.
Eu te ofereci felicidade, e agora, tu és meu, tu és minha. Faço contigo o que quiser.
Levando-te pela manhã e faço-te pensar em mim, ainda que não queiras.
Sou a droga, sou o teu amo. Tu és meu escravo e minha escrava.
Faço-te caminhar como um boneco, como uma boneca. A tua vontade é a minha. Destruo toda a tua vida Física-orgânica, Psíquica, Moral e Espiritual.
Aquela que destrói o seu Lar, e que rouba o amor da tua esposa, de teu esposo e de teus filhos.
Sou aquela que te leva à prisão, e que tenho feito de você um verme.
Faço-te ajoelhar, e de mim estás enamorado, e não há ninguém na Terra que possa romper com o nosso amor.
Tentou me esquecer, e foi inútil, nem a ciência, nem a psiquiatria podem acabar com o nosso amor, meu único inimigo é Jesus Cristo, e eu tenho ciúmes "D"ele. Tenho visto como me tem tirado muitos de meus seguidores e seguidoras, fazendo-os a se tornarem, donas de casa, obreiros, mestres, trabalhadores do bem, a viverem felizes como Ele. Como eu o odeio. Porque Ele é o único que podes me vencer.
O que eu destruo, Jesus conserta, e com Ele, não posso lutar
Agora mesmo Ele está aqui a me tirar muitos............
((((Sem menção de autoria))))
Para refletirmos,
[ ]´s Mauro Martins (Costa Maia)

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Eis, Gente Linda, tudo azul azul por aís?;-))
Todo mundo quietinho queitinho hein! Han Me-ni-nos e Me-ni-nas! :-))
De que forma a família pode prevenir a utilização de drogas junto aos nossos filhos?
O que fazer quando um dos membros de nossa família faz utilização de drogas?
Que que vcs acham?
dia cor e amor procês
beijocas mineiras com carinho no coração
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Olá, pessoal

O tema da semana me toca muito porque tenho uma pessoa da família que enfrenta este problema: minha mãe, que faz uso de álcool.
Foi difícil pra mim admitir que minha mãe é alcoolatra, que é uma doença. Atualmente consigo lidar melhor com a situação, mas foi um aprendizado difícil.
Minha filha (8 anos) sabe quando a avó não está legal e cerca a avó de cuidados. Meu filho (2 anos) não fica perto de jeito nenhum se percebe que a avó está diferente.... Tendo então, este exemplo ao nosso lado, sempre converso com eles, de acordo com o que eles podem entender, o malefício que as drogas fazem ao organismo e com a família.
Minha mãe ainda não aceita a ajuda, pra ela tudo está bem. Mas sempre quando tenho qualquer oportunidade, falo do quanto é prejudicial pra ela, quanto sofrimento ela pode evitar ficando longe da bebida, das companhias espirituais que ela está trazendo para o lado dela... Já levei minha mãe em vários locais de ajuda, mas sempre é a mesma história: como ela não admite o vício, não há possibilidade de ajuda. Descobri, então, que é necessário que o viciado descubra que o caminho que está seguindo está trazendo a infelicidade para ele. Não adianta que outro faça por ele. Senão, não existe possibilidade de êxito.

Abraços cariocas,

Márcia
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Família e Drogas um tema muito difícil pois envolvem conflitos diretos, mágoas profundas...cobranças, medos e inseguranças...



Estou imaginando um pai vendo seu filho se depreciar, tendo desde deu seus valores mais subjetivos como honestidade, amor próprio e caráter até sua própria integridade física se esvair, tamanho desespero!!! A dúvida pelo tamanho de sua responsabilidade quanto pai, formador...



Mas refletindo acerca deste problema que atinge a tantas famílias, e tentando responder a “provocação” da LU, vamos ver o que sai...



Como prevenir?



Agente fala de diálogo, de amor pelos filhos, de uma relação de muita amizade, atualmente pensamos muito em como educar, como formar. Se eu não me engano, é FREUD que diz que nenhum ser-humano consegue enfrentar sempre sua realidade sem nenhum anestésico, que sempre alguém em algum momento fará uso de alguma coisa que o tire da tão dura realidade, o problema das drogas (licitas ou ilícitas) já é uma conseqüência fruto de inseguranças, carências, medos e outros sentimentos que na maioria das vezes fazem parte da vida do jovem e de vários outros momentos de nossas vidas, assim eu penso que prevenir o uso das drogas é tratar esses sentimentos e neste caso vejo como papel fundamental uma formação moral, consciente, que olha de frente para os problemas, e que desde a infância o ser desenvolva seus próprios anestésicos como a oração, o recolhimento, a confiança Deus, para que esses sentimentos não façam buscar em produtos químicos o alivio necessário....



Lidar com o problema é muito mais difícil, eu penso que primeiro não vivermos o desespero, o equilíbrio é a única forma de buscarmos alternativas, incentivar a busca pela ajuda. Especialistas dizem que não devemos mascarar a vida do “drogado”, ou seja, o cara chega descontrolado, quebra tudo, não é momento de revidar, o descontrole não permitirá nada de positivo, mas no dia seguinte mostrando como a casa ficou, e tentando uma conversa positiva mostrar a que ponto chegou....eu particularmente, incentivo à busca pelos grupos de Ajuda (NA).......



Abraços

Carlos

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Eis, Gente Linda do Coração, tudo joiiinha por aís?;-))
A Márcia e o Carlos(Ah Menino! me chamando de provocadora heim?! :-))) ) , colocaram algumas questões muito boas para que a gente continue refletindo:

a) a questão do "viciado/drogado" reconhecer o vício. Tem jeito de ajudarmos a fazer esta descoberta? Como, de que forma?

b) a questão da educação como preventivo... olha a educação novamente presente né?

c) Uma questão que fiquei refletindo: o Carlos coloca a questao do auxiliar se menos difícil, será que é mesmo? Como entra aí a questão dos "conflitos diretos, mágoas profundas...cobranças, medos e inseguranças..." daqueles que convivem com os "viciados"? Por que penso que quem convivem tb tem seus sentimentos, suas experiências, etc e tal e quando se é pai/mãe a pergunta: "onde foi que errei?" deve permear a primeira fase da verificação e quando se é filho/a a questão deve ser: "eu sou muito ruim e por isso meu/minha pai/mae faz isso, é culpa minha". E aí? como fica a questão?

Que que vcs acham? :-))
tarde cor e amor procês
beijocas mineiras com carinho no coração

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Olá!
Drogas e família... como é difícil de falar sobre este assunto.

Concordo com a idéia do Carlos em relação a conflitos, mágoas, e também alegrias, bons momentos que as famílias vivenciam. Entendo que quando estamos em uma família, geralmente é para resgatar algo, e as vezes o "algo" para resgatar chega em forma da dependência. Trabalho com adolescentes e tenho usuários que estão em acompanhamento. Realmente, a primira questão que aparece na família é "onde foi que eu errei"? Depois a insegurança, medo, confronto, desespero e tantos sentimentos que sempre estiveram presentes na família, mas de forma sutil e até tranquila de ser administrada, mas quando a dependência atinge um dos membros, os sentimentos conflitantes atingem um grau tão alto dse complexidade que não se consegue mais administra-los.
As respostas:
- Acho difícil prevenir as drogas, principalmente porque o adolescente vive um período onde se identifica muito com o grupo, transgride regras, está em contato direto com drogas lícitas, muitas vezes na própria casa, com os pais ou parentes, e o contato com drogas ilícitas mais cedo ou mais tarde aparece. Na minha experiência profissional, o diálogo é a essência, a estrutura familiar é o alicerce. Pais coerentes em suas atitudes, vivendo a família, percebem as aventuras de seus filhos e sabem de que forma chegar até eles. O diálogo na família, desde cedo, é a prevenção.
- O tratamento psicoterápico para toda a família, oração, paciência, muita paciência, com o usuário e ele com a família.
-A droga é um problema que não termina nunca, e uma provação (acho que a mais difícil). Através da droga a família percebe sua fragilidade e também a sua fé.

Beijos catarinenses a todos. Muito bom o texto sobre educação. Estou aprendendo muito!
Paz a todos
Kiciosan.
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Bom dia meus amigos,

Pensei muito antes de escrever, pois estou presenciando um problema e não sei bem como ajudar.
Meu marido tem um filho de 13 anos do primeiro casamento, que vive com a mãe, e agora ela resolveu viver com um rapaz que estava preso por roubo, pois ele é viciado em drogas.Ao que eu sei ele já foi preso e solto varias vezes. Ela o conheceu na cadeia, pois o filho mais velho dela,(que não é filho do meu marido) tambem está preso por roubo, tambem por causa de drogas.Meu marido sempre disse que se ela se envolvesse com pessoas que pudessem dar bom exemplo para o filho, ficaria muito satisfeito, caso contrario lutaria pela guarda do filho na justiça. Só que consultei um advogado está semana e ele me disse que a justiça não considera que isto seja um risco, e que só a vontade do filho do meu marido é que vai pesar, e todos nós sabemos que ele prefere ficar com a mãe. Bem meu marido está trabalhando em uma fazenda e vai terminar a obra nesta semana, acredito que até domingo ele esteja de volta, e vou precisar de muita sabedoria para expor para ele o problema, pois ele não sabe que o tal rapaz está morando na mesma casa com o filho.
Por favor gostaria da opinião de vcs.
Um abraço
Rita de Cassia
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Oi, amigos! Paz a todos!

Concordo com o pessoal... é um tema que enseja muita reflexão de nossa parte para falr, pois, é provável que, se estamos aqui, interessados em estudos elevados, provavelmente não estejamos ligados ao problema com as drogas, mas, talvez, já tenhamos nos ligado, seja pessoalmente, seja através de alguém de nossas relações - alguém querido... Por isso, acho tão complicado, mas, sinceramente, importantísssimo!

Lu, enquanto eu ainda pensava no assunto, vc me pegou com suas excelentes questões :

"De que forma a família pode prevenir a utilização de drogas junto aos nossos filhos?
O que fazer quando um dos membros de nossa família faz utilização de drogas?"

Bem, na minha família, onde tenho 03 irmãos, minha irmã "come" remédios... certamente, doente ela não está (e, se depender de remédios, nem vai ficar rs rs), porque o que aparece, ela acaba. Felizmente, não temos em casa calmantes ou coisas do tipo, mas se ela ver um AAS ou coisa assim... até meu remédio para o coração !!! Meus dois irmãos se envolveram com drogas. Graças a Deus, hoje não usam mais nada (mas a gente nunca sabe até quando...). Um dos meus cunhados envolveu-se quando adolescente e o outro, há mais de 07 anos lutamos por ele contra o alcoolismo e outras drogas. Muitas vezes, às cegas, sem saber como: conversar não adianta, aliás, parece que nada adiante!

Há dois meses, no entanto, aconteceu algo interessante que o colocou na "linha": quando ele precisava de dinheiro, ficava "bonzinho" e, aí, em uma das fases teve que ir com minha sogra à igreja evangélica que ela frequenta. Nesse dia, um pastor que pregava de visita àquela congregação, de repente, parou a pregação e chamou três pessoas ao altar e, entre eles, emu cunhado, e deu a eles, em alto e bom tom, um "recado de Deus" (certamente, uma manifestação mediúnica). Nesse recado, o pastor disse-lhes com todas as letras que, se eles pensavam que enganavam a Deus como enganavam os outros, estavam muito enganados e que Deus conhecia os pensamentos e intenções de cada um e mandava dizer que as chances tinham se acabado: a próxima vez que eles aprontassem, seria "cova". O recado foi mais ou menso isso e, bem ou mal, depois disso meu cunhado não mais aprontou nenhuma das suas, está trabalhando (porque trabalho nunca lhe faltou) e até ganhando um dinheirinho legal.

Com essas experiências, naturalmente me aproximei de pessoas com problemas semelhantes. E de pensar e repensar o assunto, cheguei a uma conclusão: não é o dialógo ou a educação que conseguem impedir o uso de drogas. Não mesmo, pois, educação e diálogo, de mais ou de menos, eu, meu namorado, amigos meus tivemos igual ao dos irmãos que se envolveram com drogas.

Também não penso se tratar de personalidades fracas, porque, na verdade, conseguem manipular uma família inteira, amigos e parentes, até professores. Além disso, é impressionante como a Vida os ajuda: seja com algum amigo desses raross, dispostos a tudo por eles sem interesses, seja com familiares que se empenham em gastar até seu último centavo e brigar com tudo e com todos por eles, seja pela oferta de excelentes oportunidade de trabalho que lhes cai nas mãos quase sem esforço, seja por uma companheira dedicada ao extremo.

Por isso, cheguei a conclusão - e, por favor, corrijam-me se estou errada, pois, tenho muito interesse em compreender melhor: penso que são pessoas extremamente "mimadas" - que querem que as coisas sejam desse ou daquele jeito, a seu favor, sempre. "Exigentes", que julgam-se sempre aquelas cujos outrso tem o dever de lhes servir. "Egoístas", incapazes de olhar para o outro, nem mesmo um filho ou uma mãe. "Vitimistas" que se consideram sempre as vítimas do mundo, dos outros, da vida, os maiores sofredores da face da Terra.

Não falo como crítica; são traços que descobri nos adictos que conheci. É bem verdade que podemos ter esses mesmos defeitos, mas, manifestá-los de outras formas.

Bem, depois que descobri isso, tenho procurado evitar atitudes que estimulem essas crenças e características. Sejam nesses parentes, sejam nas crianças com quem convivo e que ja manifestam atitudes assim.

É verdade que educação é fundamental. Principalmente, educação religiosa, mas no sentido de VIVER a religião e o que se apende com ela. Dar atenção as crianças a fim de conhecer o que pensam e alimentar-lhes com valores mais verdadeiros. Finalmente, buscar sanar o vitimismo, o mimo (inclusive quando eles próprios se mimam), o egoísmo e exigência dos pequenos e não alimentar isso nos adultos, adolescentes. Ter uma visão mais realista da vida, sem fantasiar dramas que não exitem e nem estimular a dramatização de problemas banais ou o queixismo vicioso ( espero conseguir agir assim cristamente ....)

Aliás, prometi a mim mesma que, nas primeiras manifestações de rebeldia adolescente (se houver), vou levar meus sobrinhos ao Hospital do Câncer, a um Orfanato, a um asilo para que eles começem a pensar na Vida, nas pessoas que tem problemas reais, graves e mesmo assim, lutam, muitos com alegria, vivendo o presente com dignidade.

Sabemos que pode haver casos de obsessão... mas, também é fato que não existe obsessão unilateral...Por isso, atitudes positivas podem ajudar.

E, em todos os casos, um mágico remédio que, uma hora, sem dúvida, produz efeitos: a oração. Certo dia, ouvi o Padre Marcelo dizendo e pedindo perdão pelo exemplo que fere a sensibilidade diante do problema ambiental mas, para deter uma pessoa com vício, devemos agir como aqueles caçadores de baleia (horrível, concordo, e o Padre também, mas vejam). Primeiro, o caçador lança o arpão e, como ele não tem força para deter a baleia, dá corda e espera ela cansar; aí, o caçador puxa a corda que é presa ao arpão. Nas pessoas, o arpão é a oração. Quando a pessoa cansa de se debater, de sofrer, podemos puxá-la com as cordinhas que ligamos a ela através da oração.

Só para finalizar, quem quiser se informar sobre o assunto, tem um livro que se chama "A arma que sempre dispara", infelizmente, nào sei o autor (emprestei o livro) que fala do problema das drogasálcool, fazendo uma alusão à "roleta russa". Não é obra espírita, mas é de cunho científico.

Finalmente, queria citar os dizeres que li no Hospital do Câncer, aqui de São Paulo, em um livrinho composto pelos desenhos e redações das crianças e adolescentes internados na ala pediátrica. Li isso há quinze anos e nunca mais esqueci, mas, para variar, não sei o nome da autora, contudo ou imensamente grata a essa jovem; ela dizia mais ou menos isso:

(...) não damos muito valor à saúde quando está tudo bem. Você só começa a valorizar seu corpo quando perde seus cabelos, uma perna, um braço (...). Então me pergunto como milhares de jovens podem jogar o tesouro da saúde que Deus lhes deu fora, destruindo-o quando usam drogas ! (...) Aí, nas horas mais difícieis da doença, nos momentos de maior dor, a gente se pergunta "Deus, porque eu?" Nessas horas me dá um alívio saber que o que acontece comigo é porque Ele quer e não porque eu mesma joguei fora o tesouro que Deus me deu com minha próprias mãos."

Paz a todos!

Fabi
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Oi, pessoal!
Lendo as histórias q os colegas trazem, a gente percebe que a droga destroi facilmente estruturas q são construídas com dificuldade...

Tentarei responder às perguntas da Lu...
a) a questão do "viciado/drogado" reconhecer o vício. Tem jeito de ajudarmos a fazer esta descoberta? Como, de que forma?
Acho que uma maneira de ajudarmos o viciado é mantê-lo ligado ao mundo do dia-a-dia, mantê-lo a par da realidade, do q está acontecendo com ele. E muita paciência. Afinal, ele pode não querer sair da situação q se encontra..

b) a educação é arma fundamental. Nos dias atuais, manter a criança bem informada, dentro dos limites q ela entenda, claro, é importante para q ela não caia em armadilhas infelizes. Pena q vemos pais q deixam seus filhos expostos a todo e qualquer perigo da vida... Fico arrasada qdo vejo crianças, geralmente aos grupos, com garrafas de cola, ou adultos e adolecentes dividindo cigarros de maconhas e os pequeninos brincando ao redor.. Então, entra o q um colega nosso falou, sobre família estruturada, e pais q conhecem os filhos e sabem qdo algo está errado e qdo devem intervir.

c) auxiliar é muito difícil. Fico pensando no meu caso e me questiono várias vezes se estou fazendo a coisa certa pela minha mãe, se não posso fazer mais, se deveria agir de um jeito ou de outro... e me incomoda tb é q eu não sei o motivo dessa "fuga".

Será q eu me fiz entender?

Abraços cariocas a todos,

Márcia 🙂

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Olha, desculpe, mas discordo da opnião do seu amigo advogado.

A constituição federal e o Estatuto da criança e do adolescente, defendem que a criança tem direito a segurança, uma vida digna e educação. Se o marido da mãe é um viciado, e portanto, pode exemplificar ao menor habitos negativos o pai tem o direito de gerir a segurança do filho e pode sim! pedir a sua guarda, necessitará de provas do vicio ou dos antecedentes do referido senhor.

Com o novo código Civil, o pai pode pedir a guarda em igualdades de condições!

Por outro lado, se rapaz largou o vício e está disposto a começar de novo, pode exemplificar sua vida como um exemplo de superação a si mesmo e indicar um caminho oposto às drogas. Cada caso é único, se vcs puderem resolver a questão de forma calma, sem discussões e concessões mútuas talvez as coisas se resolvam sem a necessidade da justiça.

Acho que a primeira coisa é tentar sondar como está a criança, depois a mãe e quando contar a questão ao seu marido, tentar o mais possível apazigua-lo! lembrando que a justiça antes da vontade do menor, leva em conta sua segurança e a sua educação!

Atenciosamente,
Raquel ONT>
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Oi, amigos, oi, Fabi.

Bem, acho que ninguém aqui me conhece. Apresentação básica e rápida,
então:
Jobis, 21 anos, Guaxupé, espírita e casada há seis meses.

Drogas...

Um dos amigos que eu mais amei na vida, era drogado. Sério, eu o
amei de mais. Nunca pensei em namorar com ele, mas ele era tudo pra mim,
literalmente... O irmão que nunca tive, o amigo fiel, a presença
vamiga...
As pessoas falavam horrores dele. Que fazia sexo com prostituta na
frente da irmã, que fazia e acontecia. Comigo, ele nunca fez nada. Nada.
Nem uma palavra.
E ele dizia que usava drogas porque queria, simplesmente isso. Nada
de briga com os pais - ele se dava bem com os dois - ou coisa assim.
Houve um começo, que eu só descobri depois de anos de convivência, mas
como, na altura lhe jurei discrição, não faltarei com o compromisso.
Isso fez eu repensar tudo, o que ele disse.
Você pode dizer tudo sobre uma pessoa que usa drogas, menos que ela
é feliz.
Pega as coisas que eles escrevem, que eles dizem, que eles cantam.
Vamos! Das mais de cem músicas do Renato Russo, encontrem 15 que
expressem felicidade.
Nós, que vamos à festas sem bebidas e que não usamos drogas, somos
os "certinhos", os "caretas", os recalcados, entretanto, a maior parte
do tempo, nós estamos felizes, realmente felizes.
O que fazer para impedir um amigo, um filho ou um parente qualquer
de usar drogas? Eu não sei. Juro que eu não sei. Mas posso tentar dar
alguns "pitacos":
Diálogo, compreensão, _e_x_e_m_p_l_o,
e, sobretudo, raciocinar logicamente com eles.
Você não vai convencer uma pessoa de não usar drogas com slogans do
tipo "diga não às drogas". Acho que, primeiro, você tem que fazê-la
compreender os malefícios e, depois, deixar absolutamente claro que ela,
a pessoa em questão, não precisa dos drogas. Ela realmente não precisa.
Ela não vai encontrar vantagem nenhuma nisso. Tudo que a droga te
proporciona de bom, você encontra em outras atividades, com a diferença
de que o preço não é cobrado com juros e mora, mais adiante.
álcool: fico com a idéia do AAA: evite o primeiro copo. Podem atirar
pedras. Cada organismo reage diferente e a gente, que conhece o
Espiritismo, sabe que isso se deve à fatores espirituais. Aquela pessoa
que tem herança de dependência de outras vidas, vai "cair" mais fácil
que outras. E esse cair pode ser, realmente, cair. Cair fundo, fundo,
fundo, em um abismo que ela tentou sair por uma vida e, provavelmente,
por vários anos, no plano espiritual.
E como saber? Será que a experiência vale o risco, Será que não
estaremos "vendendo fácil o que não tem preço"?
E para aqueles (a maioria) que já tomou o primeiro, o segundo, o
terceiro copo, eu diria que, cientificamente, está provado que o
alcoolismo vem com o tempo e que, na verdade, não vai te fazer bem. A
sério que não. Acho que a gente tem sempre que fazer a relação custo /
benefício, e, nesse caso, álcool e drogas perdem feio.
Abaixo, segue um texto maravilhoso do Rubem Alves sobre o tema.
Espero que gostem. É meio grandinho, mas vale a leitura. Vale de mais.

Sobre seu questionamento, Fabi, acho que passa por aí, sim. Talvez
tenha um pouco mais... A pessoa drogada é realmente infeliz, ainda que
não saiba. Você percebe pelos olhos, pelo jeito de rir, até de brincar.
Falta algo. E não é falta de amor, não. Em muitos casos, não é. Acho que
elas tem uma boa dose de dificuldade de conviver com o "não" e que se
tem, sim, que impor limites e convidá-las a raciocinar logicamente.

Um pai recebeu seu filho em casa, no chamado coma alcoólico. Ele
deixou passar três dias e teve , mais ou menos, o diálogo abaixo:
- E aí, filho?
- Desculpa, pai.
- Você gostou?
- Não.
- Você se sentiu bem?
- Não.
- Quem te trouxe pra cá, foram seus "amigos", mas sabe que da
próxima vez pode não ser assim?
- Sim senhor.
- Você se acha inteligente?
- Sim, pai. Um pouco.
- Então, aprenda com os próprios erros. Não me repita isto, ou eu
serei obrigado a acreditar que você não é inteligente.

Beijos e obrigada por suas palavras, Fabi.

Jobis

Carta a um drogado
[]
De todos os pássaros, os beija-flores são os que mais me fascinam. Suas
cores brilhantes: verde, azul, preto. Nunca vi mas sei que alguns têm
cores vermelhas. Flutuam no espaço como nenhum outro pássaro, suas asas
batendo com uma velocidade tal que as torna invisíveis. E a velocidade
do seu vôo: pairam no ar, imóveis, sugando a flor. De repente
transformam-se em flechas que disparam pelo ar. Vivem do mel das flores.
Enfiam seu bico fálico no orifício vaginal das flores, suas pequenas
línguas saem e sugam o néctar doce.

Foi assim a primeira vez: como o beijo manso e inofensivo de um
beija-flor. Você sentiu sua língua doce entrando no seu corpo. De
repente tudo ficou colorido, brilhante, leve. Alegre. Como se você
estivesse sendo tocado pelos deuses. Que bom se a vida fosse sempre
assim!

O beija-flor se foi e sua vida voltou ao que era, o cotidiano de sempre
que lhe parecia bobo e sem sentido. A vida ficava muito mais bonita com
o beijo do beija-flor! O beija-flor voltou. Você ficou alegre. A
experiência se repetiu. Você pediu que ele lhe enfiasse seu fino bico
como da primeira vez. Esses beija-flores sempre obedecem. Você não
percebeu que a lingüinha do beija-flor estava um pouquinho maior,
entrava mais fundo em você. Mas, que importância tinha isso diante da
alegria que o beija-flor lhe trazia?

Aí o beija-flor se transformou no seu pássaro encantado. Você pensava
nele durante a sua ausência e sua vida passou a ser uma espera do seu
retorno.

Cada vez que ele voltava sua língua ficava um pouco maior. Ia mais
fundo. Dividiu-se em várias. Passou a entrar em muitas direções do seu
corpo e da sua alma ao mesmo tempo. O beija-flor já não era o passarinho
inofensivo do primeiro dia. Cresceu. Você percebeu que havia garras nos
seus pés. E havia anzóis em suas línguas. Você começou a querer
livrar-se dele. Mas ele já havia cavado buracos profundos no seu corpo e
na sua alma. Na ausência do beija-flor esses buracos doíam com uma dor
insuportável. Mas ele sempre voltava - tão diferente! - e fazia a dor
passar. Agora o que o ligava ao beija-flor não mais era o prazer do
primeiro dia. Era o prazer (tolo) de ver a dor passar.

A mitologia Grega conta de um herói, Prometeu. Prometeu desafiou os
deuses, roubou o fogo e deu-o aos homens. Como castigo ele foi
acorrentado numa rocha e um abutre vinha diariamente comer um pedaço do
seu fígado.

Prometeu é você. O beija-flor o enganou. Disse-lhe que era possível ter
a felicidade dos deuses sem fazer esforço: bastava aceitar o seu beijo.
Você - menino bobão - acreditou. Agora você está acorrentado num
rochedo. Você já notou que o beija-flor deixou de ser um beija-flor? Que
ele se transformou num abutre? Vá diante de um espelho. Olhe-se com
atenção. Veja a que lixo você foi reduzido!

O caminho em que você está tem apenas três fins possíveis.

O primeiro deles, o melhor, o que tem menos sofrimento, é a morte.

Ah! Ellis Regina! Você cantava tão bonito! Alegria para tanta gente! Mas
as alegrias comuns da vida não lhe bastaram! Você queria alegrias
maiores! Afinal de contas, os artistas bem que a merecem! Não sei se foi
acidente ou se foi de propósito. O fato é que o beija-flor a matou.

Ah! Chet Baker! Você não sabe quem é Chet Baker? Aconselho-o a ir a uma
loja de CDs e procurar por ele. Você vai ouvir o pistão mais veludo,
mais suave, mais triste, mais bonito que você já ouviu. Que felicidade
poder tocar pistão daquele jeito! Que felicidade ser amado do jeito como
ele era, pela música que ele fazia. Mas ele não suportou as exigências
do beija-flor que já havia se apossado do seu corpo. Incapaz de quebrar
as correntes, ele achou que o único caminho era morrer. Somente a morte
colocaria um fim ao seu sofrimento. A morte, freqüentemente, é a única
saída.

O outro caminho é a loucura. O seu "hardware" e o seu "software" não
agüentam a luta e você enlouquece. Será que há situações em que a pessoa
deseja ficar louca? Sei que há situações em que a gente deseja ficar
doente. Doente, a gente deixa de ter responsabilidades. Os outros cuidam
da gente. Se você ficar louco não adianta o beija-flor vir. Os outros
não vão deixar que ele entre. Dói muito a princípio. Se você não
estivesse louco você deixaria que o abutre comesse mais um pedaço do seu
fígado. Mas você está louco. Os médicos e enfermeiros o defendem.

O último caminho, eu acho, é o mais terrível. Por causa do
beija-flor-abutre você é capaz de fazer qualquer coisa. E você vai
entrando cada vez mais fundo num mundo sinistro e escuro do qual é muito
difícil sair. Até que você comete um crime que o levará à prisão. Aí
você passará a sua vida atrás das grades, no meio de criminosos cruéis -
e você nem imagina a que humilhações você será submetido.

Essa carta, eu a escrevo admitindo a hipótese de que você queira quebrar
as correntes. Se você não quer nem precisa continuar a ler. Será uma
perda de tempo.

Há uma coisa que recebe o nome de "síndrome de abstinência": ela é a dor
que se sente na ausência do beija-flor-abutre. É dor física, é
ansiedade, é angústia, é pânico, é desespero - tudo junto. Para se
livrar dessa dor você será capaz de fazer qualquer coisa: você perde a
razão. Aí, para que você não faça essa "qualquer coisa", pessoas que o
amam - se é que elas existem - tomam uma providência: internam você numa
clínica. Internação em clínica é um artifício de força a que se recorre
para impedir que você faça a tal "qualquer coisa", na esperança de que,
depois de muito sofrimento, a dor vá passando e as correntes fiquem mais
fracas. De fato, com o tempo, as dores passam. Como passam também as
dores que se tem quando uma pessoa querida morre. Com uma diferença:
quem sofre a perda de uma pessoa amada sabe que não há nada que se possa
fazer para que ela volte. Então, ela nem tenta. Convive com a sua dor.
Não há outra alternativa.

Mas esse não é o seu caso. O buraco parou de doer. Mas ele continua lá.
Continuam as memórias das experiências divinas. E as memórias tentam.
Ah! Como tentam! E você diz: "Já estou livre! Só uma vez! Só uma última
vez, vez de despedida. Não haverá outra..."

Jesus era sábio. Conhecia as armadilhas da alma. Contou uma parábola, a
estória de uma casa onde morava um demônio. Aí o dono da casa ficou
cheio com o demônio e o pôs para fora. Vazia a casa, ele a varreu,
pintou e decorou. Mas ficou vazia. Passados uns dias o tal demônio,
vagando pelas redondezas, passou pela casa onde morara e se surpreendeu:
"Vazia! Ainda não tem morador!" Foi, chamou outros sete demônios e se
alojaram na casa. Jesus termina a parábola dizendo que o estado da casa
ficou então pior do que era antes. Os demônios moram no Vazio.

Passadas as dores da "síndrome de abstinência" o seu maior inimigo será
o Vazio. Como diziam os filósofos antigos, a natureza não suporta o
vazio. O vácuo "chupa" o que está ao seu redor. Com o que concordam os
que conhecem a alma: o Vazio é o lugar preferido dos demônios. Esta é a
razão por que os místicos iam para o deserto, onde não havia ninguém.
Não para ter paz. Mas para medir forças com os demônios. "E Jesus foi
levado pelo Espírito ao deserto para ser testado pelo demônio."

Agora, que você está livre da "síndrome de abstinência", trate de encher
o seu Vazio. Se você não o encher os demônios voltarão.

Pra lidar com o Vazio nada melhor que trabalho corporal, braçal. As
atividades intelectuais e espirituais, que eu tanto amo, podem ser
perigosas. Leitura, poesia, meditação, são remédios fracos. Fracos
porque eles são vizinhos do mundo do beija-flor. Atividades intelectuais
e espirituais freqüentemente têm efeitos parecidos com os das drogas.
Marx estava certo quando comparou a religião ao ópio. Freud estava certo
quando se referiu ao poder inebriante da música. Inebriante: que nos
torna ébrios...

Aconselho que você se empregue numa oficina mecânica, numa construtora,
como auxiliar de pedreiro, numa madeireira, numa carpintaria, como
agricultor, como jardineiro, como enfermeiro, como lixeiro. Será inútil
que você se dedique aos seus próprios hobbies. Você precisa de alguém,
ligado aos trabalhos corporais, que saiba da sua situação, e que o
aceite como aprendiz.

E é preciso não estar sozinho. Batalha que se batalha sozinho é batalha
perdida. Batalha que se batalha com outros é batalha que pode ser ganha.
Os AA sabem disso. Os Vigilantes do Peso sabem disso.

A vida, com todas as suas limitações e frustrações, merece ser vivida.
Às margens do caminho esburacado há morangos que podem ser colhid

Conclusão