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039a – Tema: Família e Comemorações de Final de Ano - nossa conversa sobre

CRIANÇAS, FESTAS E BEBIDAS
-Apelo aos pais _
Amigos,
No momento em que se aproximam as festividades de final de ano, onde multiplicam-se as festas de confraternização natalina e do ano que finda, vimos solicitar o seu apoio, engajamento e divulgação no sentido de nos unirmos em uma campanha de esclarecimento consciencial contra o consumo e ingestão de qualquer tipo de bebida alcoólica por ocasião das mesmas pelas crianças e adolescentes.
Tal campanha visa esclarecer que não podemos incentivar desde os primórdios da infância, o condicionamento na memória das crianças ,que festividades são sinônimos de consumo de bebidas alcoólicas, ao nefasto argumento de que: _hoje é festa e um golinho de champanhe, vinho, cerveja em dia de festa, não faz mal nenhum!_
A problemática reside em semearmos no arquivo mental infantil que em clima de festa e congraçamento ,com emoções de bem-estar e alegria PASSA NECESSARIAMENTE pela ingestão de bebidas alcoólicas, sem que possamos sentir tais emoções ,sóbrios e sem uso das mesmas e assim, irresponsavelmente, pelas mãos dos próprios pais os filhos são levados a conhecer e começar a ingerir bebidas alcoólicas, inicialmente, sob a enganosa ilusão dos pais de que ficarão restritas a dias de festas e a tais _golinhos_.
Quando entrando na adolescência, tais jovens sairão do consumo ocasional e eventual e por que, impulsionados pelo péssimo exemplo de seus pais, que por sua vez, não sabem se sentirem felizes de maneira psicologicamente saudável e espiritualizada, passam a fazer uso das bebidas de maneira contínua em sua vida, com ênfase nos finais de semana, quando então presenciamos o triste espetáculo, de assistirmos crianças e adolescentes bebendo à exaustão em postos de gasolina, bares e boates, isto já aos 11 a 13 anos, conforme atestam vários artigos publicados na imprensa por psicólogos e médicos, alertando para, cada vez mais cedo, o consumo massivo de bebidas alcoólicas por nossas crianças.
E por que sabemos que o exemplo, em especial, o familiar, é essencial na formação da personalidade humana, pedimos o engajamento de todos no sentido de alertar, esclarecer através de palestras, diálogos, conversas no lar e no trabalho, da necessidade de DESVINCULARMOS a alegria e felicidade que as festas possam proporcionar, do consumo de bebidas alcoólicas nas mesmas. Que busquemos mais espiritualizar estes momentos de encontro em família, destacando a importância da presença física de todos, dos laços fraternos que envolvem os seus participantes, do amor que nos felicita a alma ao contato com quem estimamos ,para que possamos buscar fornecer valores reais à crianças e adolescentes nos contrapondo a uma sociedade consumista, materialista, e fabricante ,cada vez em maior escala, de prazeres efêmeros, ilusórios e escravizantes da criatura humana.
Os espíritas, em especial, sabem que muitas crianças e adolescentes hoje reencarnados, são aqueles mesmos espíritos de outrora, sucumbidos nos vícios do álcool ou das drogas e que voltam à Terra para um novo aprendizado e portanto, deveriam ser ajudados pelos pais e familiares a vencer tais dificuldades do passado e não a caírem novamente ,conduzidos pelos próprios pais que lhes apresentam mais uma vez o consumo de bebidas alcoólicas a iniciar-se em dias de festas e reunião familiar.
Em vista disto, apelamos a todos os pais e amigos que a partir de suas casas e festas, evitem comemorações onde se priorizem bebidas alcoólicas, a gula e a ostentação gastronômica a fim de que nossas crianças aprendam com nosso exemplo e comportamento a se divertirem e comemorarem festividades saudavelmente , buscando assim oferecermos à sociedade a nossa contribuição na formação de cidadãos melhores, possuidores de valores reais e mais espiritualizados.
Vamos nos unir trabalhando pela construção de famílias mais saudáveis, ajudando a evitar que mais e mais crianças e adolescentes tornem-se alcoolatras e levadas por esta porta de entrada, a porta-larga nas palavras de Jesus, cheguem até a dependência química (drogas), não dando às crianças bebidas alcoólicas , em momento nenhum , ao nefasto e ilusório argumento que _um gole só não faz mal!_

Eulaide Maria
Humaitá-Am, 03/dezembro/02

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Ois pessoais...
Que bom conversar com vocês.
Sobre o tema da semana, além das colocações que já fiz para o marcio e para a Helga, gostaria de comentar sobre a "qualidade da presença". Acho importante, tanto para os pais que trabalham quanto para aqueles, que como eu tem a tarefa de educar sozinhos os filhos, que desde bem cedo se desperte na criança o envolvimento com algumas atividades que a façam compreender a importância do trabalho e da instrução (escola, faculdade, etc). Assim, penso eu, a criança vai tomar com mais naturalidade a necessária ausência (temporária) dos pais, em vista do trabalho. Mas, por outro lado, é importante que os pais não descuidem dos necessaríssimos momentos de convivência, de carinho, de proximidade com os filhos, pois é aí que acontece a "educação", que é bem diferente da simples instrução (tarefa que delegamos à escola). Também acho importante envolver as crianças nas atividades dos pais. levá-las, vez ou outra para conhecer ou vizitar o ambiente de trabalho dos pais, conhecer os seus colegas, enfim, "socializar" a criança no contexto das atividades dos pais. Isso tudo, com certeza, não só ajudará a encarar tudo com naturalidade, como também despertará o interesse dos pequenos a seguirem os passos dos pais.

Aproveitando o "gancho" da Eulaide, apóio a iniciativa e de minha aprte, pelo menos dentro da minha família (pais e irmãos) vou atuar nesse sentido: tentar convencer de que a bebida não deve ser a "convidada principal" da festa. E minha filhinha, que ainda é nenê vai aprender também... por isso, a começar por mim mesma (que já não bebo nada de alcool há bastante tempo), vou sustentar uma conduta coerente para dar bom exemplo.

Beijos
Ana

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E aí? Como nós, que já temos um pouquinho de conhecimento sobre a vida espiritual, comemoramos?
R: Normalmente, mas sem bebidas alcoólicas.

De que forma educamos ou vivenciamos junto aos nossos filhos, junto aos nossos familiares essa época?
R: É nesta época que devemos dar o exemplo e sermos se necessário chamados de caretas, mas conscientes de que apenas estamos evitando um mal que gradativamente nos mata.

Geralmente há uma renovação de sentimento de amor e de fraternidade nessa época, mas... deveríamos apenas vivenciá-los nesse momento? Ou todo dia é dia de Natal e de Ano Novo?
R: O Natal e o Ano Novo não deveria ser todo dia, mas sim todos os dias deveríamos ter estes mesmos sentimentos de fim de ano. Como os citados acima: amor, fraternidade, etc. Devemos procurar resgatar estes sentimentos nos outros meses do ano. Assim como a solidariedade da doação de alimentos, como a campanha da fome, que neste mês se faz muito e nos outros? Os pobres conseguem esperar o final do ano para se alimentar?

Como lidamos com a questão de presentes, de bebidas alcoólicas, de guloseimas? E como exemplificamos isso para nossos filhos?
R: Olha esta questão da bebida ainda mais socialmente está acabando com muitas famílias. Quanto a repressão da bebida no convívio de nossos filhos, é um fato muito difícil de se conseguir ser efetivo, porque a bebida está em todos os lugares e não adianta só freqüentar lugares sem bebidas alcoólicas. Mas devemos educar nossos filhos e tirar deles todas as dúvidas para que um dia não experimentem para saber se é bom ou não. Não devemos obrigar nossos filhos a não beber, devemos é mostrar a eles o que a bebida é capaz de fazer e mostrar a ele as combinações fatais do álcool.
Isto é fazer a nossa parte, pois não basta dizer, a criança e o jovem precisam saber o porque da negativa.


Abraços capixabas e recheados de humildade e paz,
Márcio.

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Pessoal, tenho uma sugestão, se me permitem, que usarei no Natal aqui em casa. Serve para integrar e retomar a singeleza do Natal. Valorizar o sentimento e não o presente, ok? Desculpe se é fora do tema, mas é que aprendi e fiz com meus alunos ontem e eles ficaram tão encantados e emocionados que acho que vale a pena partilhar:

Cada pessoa - adultos e crianças - que estiverem com você no dia 24 na ceia, recebe um papel ou cartão de cartolina branco e lápis de cor, hidrocor e ou de cera. E terão que confeccionar uma bela mensagem ou desenho do que é o Natal para cada um. Fazemos uma prece e pedimos que cada um produza seu cartão bem lindo. Mas não coloquem seu nome. Pensem que irá para uma pessoa muito amada. Mas não escreva o nome dela também não. Depois recolhemos os cartões, colocamos num saco, embaralhamos e cada um irá sortear um cartão. É o amigo oculto ou secreto para os paulistas. A brincadeira é descobrir quem fez aquele cartão e dar uma grande abraço. Todo mundo ganha um presente repleto de vibrações carinhosas e se confraterniza.
Bom proveito a todos.
Lucimar
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E aí? Como nós, que já temos um pouquinho de conhecimento sobre a vida espiritual, comemoramos?
Comemoramos sim, eu particularmente só não concordo com a troca de presentes...acredito que esta data seja mais de doar amor e aproveitar o espírito natalino para integrar-se e refazer as suas desavenças para com os que tivemos problemas, acredito que esta data venha para nos mostrar o quanto tudo que passamos é um dom de Deus e que somos capazes de termos um mundo melhor...
De que forma educamos ou vivenciamos junto aos nossos filhos, junto aos nossos familiares essa época?
Contando um pouco da história de Jesus, da história do Brasil, como temos progredido em algumas maneiras e regredido em outras maneiras e como tudo no mundo pode e deve ser encarado com as melhores das intenções .
Geralmente há uma renovação de sentimento de amor e de fraternidade nessa época, mas... deveriamos apenas vivenciá-los nesse momento? Ou todo dia é dia de Natal e de Ano Novo?
Sinceramente acredito que esta data deveria sim ser especial, afinal é o nascimento de jesus Cristo alguém que fez muito pela humanidade e merece ter este afeto e demonstração de carinho de nós que somos gratos a tudo isso, sem exageros e idolatrismo...Mas os sentimentos que regem estas datas deveriam ser praticados ao longo do ano independente do que comemoramos.
Como lidamos com a questão de presentes, de bebidas alcoólicas, de guloseimas? E como exemplificamos isso para nossos filhos?
Como dito anteriormente tudo que é exagero trás o prejuízo ao corpo humano e consequentemente psicológico. Por um lado não é legal relacionar a comida e bebidas com o nascimento de Jesus, não há nenhum propósito nisso. Em compensação quando essa tradição começou acredito que a intenção era apenas celebrar uma data importante para nós cristãos. No que ao longo dos anos acabou sendo distorcido pelo próprio livre-arbítrio dos homens, que parecem ter esquecido qual a verdadeira intenção de Natal.


beijos fraternos,
Helga

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b) A gente sempre fala em nos reunirmos no Natal, quando devemos buscar as reconciliações, o afinizar/harmonizar a família. Mas será que não deveriamos buscar a união, a fraternidade, a compreensão, a paciência, o amor, a reunião familiar, em todos os dias? E com isso comemorarmos diariamente Jesus?
Definitivamente Natal é sinônimo de Reunião familiar, fraternidade, carinho, caridade, amor e não troca de presentes materiais, exagero de bebidas e comidas etc. todos devemos buscar diariamente todas estas lindas ações.
C) Essa questão de bebida alcoólica e trocas de presentes materiais, é meio complicado quando se fala em famílias que se reunem e nem todos têm um mesmo entendimento sobre o assunto. Daí , como fazer?
Na minha casa temos um jantar simplório, conversamos a noite toda, fazemos um balancete de todas as coisas boas e ruins que aconteceram e o que podemos fazer para que as ruins não aconteçam novamente e que as boas voltem a acontecer..convidamos nossos amigos, mas por livre espontânea vontade, alguns preferem não comparecer pois não se identificam, temos de aceitar e compreender que cada um vê a vida de maneira diferente.

beijos fraternos,

Helga

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Conclusão