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012g – Tema: Gestação, Parto e Adoção conclusão 02
Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo - CVDEE
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Sala Virtual de Estudos Educar
Estudos destinados à Família e Educação no Lar
Oi, amigos da Sala Educar!!!
Tudo em paz e harmonia com vocês??
Prosseguindo nossas conclusões, vamos encerrar, por enquanto, o estudo do tema Adoção.
Como conclusão, estamos repassando um texto de autoria de Hermínio Miranda, do livro Nossos Filhos são Espíritos, Cap. 9 - Reflexões sobre a Adoção:
"(...)
É correto e aconselhável adotar crianças alheias?
A questão é bem mais complicada do que possa parecer à primeira vista, e não creio que devamos propor para ela uma respost maniqueísta, sim ou não, preto ou branco. Como em tantas outras situações da vida, às vezes o melhor tom é o cinzento, e não as alternativas radicais.
O primeiro aspecto à considerar é o cármico. Penso que já deu para entender que os espíritos renascem com programas de vida bem detalhados e específicos, para executar determinada tarefa, especialmente aquelas em que o objetivo é o aprendizado ou reaprendizado do amor, como vimos anteriormente.
Sabemos que as leis de Deus são, ao mesmo tempo, severas e flexíveis, o que significa que nào são punitivas, mas educativas, e que não impõem a correção senão na medida suportável pela pessoa, a fim de não sobrecarregá-la acima de suas forças. Se abusamos, por exemplo, da riqueza, é certo que vamos ter uma ou mais existências de pobreza e dificuldades. Se usamos a beleza física como arma ou instrumento de domínio, podemos contar com a feiura mais adiante. Se esbanjamos de modo inconsequente a saúde, virão deficiências orgânicas. Se tripudiamos sobre o amor que nos dedicaram pessoas abnegadas, é fácil prever existência futura (talvez mais de uma) em que amargaremos a solidão, o desamor, o abandono. A ação educativa vem, portanto, com os sinais trocados, na mediade, extensão e teor do ero cometido. nem mais, nem menos, porque quando erramos produzimos automaticamente um "molde" a ser utilizado pelos mecanismos de reparação. por isso, a palavra carma quer dizer ação e reação e, por isso, alguns autores a chamam de Lei do Retorno. São maneiras diferentes de explicar o mesmo conceito básico de que você é responsável por tudo quanto faz de errado, e contabiliza a seu favor as boas ações praticadas, por mais insignificantes que elas sejam. Tudo conta ponto, de um lado ou de outro, negativo ou positivo. O resultado desse balanço é a nossa paz interior ou dos distúrbios emocionais que ainda remanescem em nós, à espera de solução.
Segue-se que o espírito que nasce sob condições adversas tem algum compromisso pendente por ali, mesmoporque a lei não impõe sacrifícios inúteis ao inocente. na sua fantástica complexidade, contudo, a lei é de uma lógica e paradoxal simplicidade em tudo o que movimenta. Como dissemos há pouco, ela não é de uma inflexibilidade incontornável. por outro lado, ela não embaraça ou desestimula o exercício da caridade, muito pelo contrário, deixa sempre espaço para que entre em ação, a qualquer momento, a lei maior do amor ao próximo. Isto quer dizer que não devemos cruzar os braços ante um doloroso caso social, ante o sofrimento alheio, a penúria, a dor, a aflição, somente porque a pessoa fez alguma coisa errada no passado e, portanto, merece o sofrimento que lhe foi imposto. Não recusemos, jamais, a ajuda ao que sofre, sob o raciocínio farisaico de que ele tem mesmo de sofrer para aprender. Qualquer um de nós, em semelhante situação, gostaria de um gesto de solidariedade, de amor, de ajuda, que nos aliviasse o sofrimento, por mais justo e merecido que ele seja. "O amor - disse o apóstolo Pedro - cobre uma multidão de pecados." Muitas vezes é o gesto fraterno de solidariedade e compreensão que vai disparar no espírito alheio o dispositivo da aceitação, da conformação sem revolta, do estoicismo, que compreendeu que os amplos territórios da felicidade começam logo ali adiante, depois de percorrido o caminho estreito e espinhoso do sofrimento regenerador.
Mas, afinal de contas, devemos ou não devemos adotar crianças?
Disse, há pouco, que não há respostas tipo preto ou branco, uma excludente da outra. Acho que a melhor regra, nesses casos, é agir seguindo sua intuição, após ouvir, no silêncio da meditação e da prece, sua voz interior.
Na minha opinião pessoal (Atenção: pessoal, não uma regra geral ou norma), a adoção é a solução humana indicada para os recém-nascidos abandonados ou para crianças entregues a asilos e orfanatos. (...) "
Que nós possamos refletir sobre isso e chegarmos às nossas próprias conclusões.
Um excelente final de semana à todos
Equipe Educar CVDEE
Lu e Ivair - Coordenadores
Conclusão