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O Livro dos Espíritos

121 - Privações Voluntárias. Mortificações

a) O homem está obrigado, pela Lei de Conservação, a prover às necessidades do corpo, pois que, sem força e saúde, ser-lhe-ia impossível o trabalho. b) A procura do bem-estar é natural. Deus apenas condena o abuso e a conquista de bens materiais à custa de outrem ou que venha a diminuir-nos a forças física e moral, por contrariar a Lei de Conservação.. c) As privações voluntárias somente são meritórias afastam o homem dos excessos e do gozo das coisas inúteis. É o homem tirar do que lhe é necessário para dar aos que precisam. d) Uma vida de mortificações sem um fim útil somente serve a quem a pratica, pelo que se constitui egoísmo. A mortificação meritória é aquela que atende aos princípios da caridade cristã, ou seja, privar-se a si mesmo para servir ao próximo. e) É permitido ao homem alimentar-se de tudo o que não prejudique a sua saúde, inclusive a alimentação animal. Sendo um dever conservar suas forças e sua saúde, o homem tem que se alimentar conforme a necessidade imposta por sua organização física, sem o que, perece. f) Somente quando em benefício do próximo é meritório o homem abster-se de alimentação animal ou de qualquer outra. Para Deus, só é válida a mortificação quando há uma privação séria e útil. Do contrário, é mera hipocrisia. g) A Deus não agrada as mutilações feitas no corpo do homem ou dos animais sem um fim útil. Deus só é sensível aos sentimentos que para ele elevam a alma. h) Da mesma maneira, os sofrimentos voluntários que não concorrem para o bem do próximo nenhum mérito têm perante Deus. Os sofrimentos naturais, suportados com resignação, são os únicos que elevam o homem, porque vêm de Deus. Sofrer voluntariamente, sem um fim útil, visando seu próprio bem, é egoísmo; sofrer pelos outros é caridade. Ensinam os Espíritos que esse é o preceito do Cristo. i) É lícito ao homem prevenir-se dos perigos e dos sofrimentos. Para tanto é que lhe foi dado o instinto de conservação. Ao invés de mortificar o nosso corpo, recomendam os Espíritos que devemos é mortificar o nosso orgulho e o nosso egoísmo, com o que estaremos nos adiantando muito mais em nossa evolução. QUESTÕES PARA ESTUDO E PARTICIPAÇÃO: 1) Contraria a Lei Natural a tendência da sociedade moderna em buscar cada vez mais o bem-estar do homem? 2) Como podemos analisar a prática, por determinadas concepções religiosas, de sacrificar animais e, até, o próprio homem? 3) E a prática, em sentido contrário, de proibir o sacrifício de determinados animais, ainda que para alimentação do homem? 4) Considerando o ensinamento dos Espíritos, como encarar o sofrimento humano?


Conclusão

1) Contraria a Lei Natural a tendência da sociedade moderna em buscar cada vez mais o bem-estar do homem? Não, faz parte da natureza humana. Deus apenas condena o abuso e a conquista de bens materiais à custa de outrem ou que venha a diminuir-nos a forças física e moral, por contrariar a Lei de Conservação. 2) Como podemos analisar a prática, por determinadas concepções religiosas, de sacrificar animais e, até, o próprio homem? Mostra sómente o estado evolutivo desses Espíritos.Ainda não despertaram para a realidade de que para agradar Deus, o que conta são nossos sentimentos e não atos exteriores.Com o amadurecimento espiritual, a própria consciência se incumbe de pôr fim a esses atos de barbárie. 3) E a prática, em sentido contrário, de proibir o sacrifício de determinados animais, ainda que para alimentação do homem? Somente quando em benefício do próximo é meritório o homem abster-se de alimentação animal ou de qualquer outra. Para Deus, só é válida a mortificação quando há uma privação séria e útil. Do contrário, é mera hipocrisia. 4) Considerando o ensinamento dos Espíritos, como encarar o sofrimento humano? Sofrer em pról do próximo é meritório, se não concorrer para esta finalidade é nenhum mérito perante Deus. Os sofrimentos naturais, suportados com resignação, são os únicos que elevam o homem, porque vêm de Deus. Sofrer voluntariamente, sem um fim útil, visando seu próprio bem, é egoísmo; sofrer pelos outros é caridade.