Mecanismos da Mediunidade

07a – Analogia de circuitos (I)

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Analogia de circuitos
(I)

VELOCIDADE ELÉTRICA — Estudemos ainda alguns problemas primários da eletricidade para compreendermos com segurança os problemas do intercâmbio mediúnico.
Sabemos que a velocidade na expansão dos im­pulsos elétricos é semelhante à da luz, ou 300.000 quilômetros por segundo.
Fácil entender, assim, que se estendermos um condutor, qual o fio de cobre, numa extensão de 300.000 quilômetros, e se numa das extremidades injetarmos certa quantidade de elétrons livres, um segundo após a mesma quantidade de elétrons li­vres verterá da extremidade oposta.
Entretanto, devemos considerar que a veloci­dade dos elétrons depende dos recursos imanentes da pressão elétrica e da resistência elétrica do ele­mento condutor, como acontece à velocidade de uma corrente liquida que depende da pressão aplicada e da resistência do encanamento.

CONTINUIDADE DE CORRENTES — Com­para-se vulgarmente a circulação da corrente elé­trica num circuito fechado, na base do
gerador e dos recursos que encerram a aparelhagem utilizada, ao curso da água em determinado setor de cana­lização.
Se sustentarmos uma pressão contínua sobre o montante líquido, com o auxílio de uma bomba, a linha colateral da artéria circulatória será tras­passada sempre pela mesma quantidade dágua, no mesmo espaço de tempo, e se alimentarmos um circuito
elétrico, através de um gerador, em regime de uniformidade, o grau de intensidade da corrente será constante, em cada setor do mesmo circuito.
Acontece que reduzida quantidade de elétrons produz correntes de força quase imperceptíveis, à maneira de apenas algumas gotas dágua que, arro­jadas ao bojo do encanamento, não conseguem for­mar senão curso fraco e imperfeito.
Assim como se faz necessária uma corrente liquida, em circulação e massa constantes, é imperioso se façam cargas de bilhões de elétrons, por segundo, para que se mantenha a produção de cor­rentes elétricas de valores contínuos.

EXPRESSÕES DE ANALOGIA — Aplicando os conceitos expendidos atrás, aos nossos estudos da mediunidade, recordemos a analogia existente entre os circuitos hidráulico, elétrico e mediúnico, nas seguintes expressões:
a) Curso dágua — fluxo elétrico — corrente mediúnica.
b) Pressão hidráulica — diferença de potencial elétrico, determinando harmonia — sintonia psíquica.
c) Obstáculos na intimidade do encanamento — resistência elétrica do circuito, através dos condutores — inibições ou desatenções do médium, dificultando o equilíbrio no cir­cuito mediúnico.
d) Para que o curso dágua apresente pressão hidráulica uniforme, superando a resistên­cia de atrito, é necessário o concurso da bomba ou a solução do problema de nível; — para que a corrente elétrica se mante­nha com intensidade invariável, eqüacionan­do os impositivos da resistência elétrica, é imprescindível que o gerador assegure a diferença de potencial, nutrindo-se o movi­mento de elevada carga de elétrons, con­forme as aplicações da força; — e para que se garanta a complementação do cir­cuito mediúnico, com a possível anulação das deficiências de intercâmbio, é preciso que o médium ou os médiuns em conjunção para determinada tarefa se consagrem, de boamente, à manutenção do pensamento constante de aceitação ou adesão ao pla­no da entidade ou das entidades da Esfe­ra Superior que se proponham a utilizá-los em serviço de elevação ou socorro. Tanto quanto lhes seja possível, devem os médiuns alimentar esse pensamento ou recurso condutor, sempre mais enriquecido dos valores de tempo e condição, sentimento e cultura, com o alto entendimento da obra de bene­merência ou educação a realizar.

QUESTÕES PARA ESTUDO


1) Qual a analogia feita por André Luiz entre o curso da corrente elétrica e da corrente dágua?

2) E quanto aos obstáculos que podem dificultar a corrente elétrica, a corrente dágua e a corrente mediúnica?

3) No caso da corrente mediúnica, que providências recomenda o Autor para remover esses obstáculos?


Conclusão

) Qual a analogia feita por André Luiz entre o curso da corrente elétrica e da corrente dágua?
R - Primeiramente, temos que entender o significado de corrente: Série continuada de alguma coisa, conduzida por aplicação de força, pressão, sujeita a interferencias que definem a sua constancia ou interrupção, velocidade, qualidade, etc

André Luiz compara a circulação da corrente elé­trica num circuito fechado, como um fio de cobre, por exemplo, ao curso da água no interior de um encanamento. Quando um circuito elétrico é alimentado de modo uniforme por um gerador, o grau de intensidade da corrente será o mesmo em todo o circuito. O mesmo acontece com uma corrente de água dentro de um encanamento. Se, com o auxílio de uma bomba, for mantida uma pressão contínua sobre a água, a mesma quantidade de água será conduzida em todo o percurso do encanamento e no mesmo espaço de tempo. Do mesmo modo que uma reduzida quantidade de elétrons produz força quase imperceptível, a corrente de água, se sustentada por apenas algumas gotas, manterá um curso de água fraco e imperfeito. A continuidade da corrente, em ambos os casos, depende da manutenção no mesmo grau
e na mesma intensidade as forças que as sustentam .

2) E quanto aos obstáculos que podem dificultar a corrente elétrica, a corrente dágua e a corrente mediúnica?

R - No caso da corrente elétrica, o obstáculo está na diferença de potência ocasionada pela diminuição da carga de elétrons; na corrente dágua, por algo no interior do encanamento que impeça ou diminua o curso da água e na corrente mediúnica a falta de sintonia psíquica entre o médium e o espírito, ocasionada por inibição ou desatenção do médium.

3) No caso da corrente mediúnica, que providências recomenda o Autor para remover esses obstáculos?

R - Assim como, na corrente elétrica, para se remover o obstáculo apontado é necessário o uso de um gerador que supra a diferença de potencial dos elétrons e, na corrente dágua, faz-se preciso a impulsão da água por intermédio de uma bomba elétrica ou a remoção do que está impedindo ou dificultando o curso da água, na corrente mediúnica é preciso que o médium mantenha-se sintonizado com o pensamento do espírito; que se eduque, mediunicamente, através do estudo disciplinado e da reflexão e que procure se melhorar moralmente.