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Nos Domínios da Mediunidade

009 - Possessão

...Permanecia o cavalheiro plenamente ligado ao algoz que o tomara de ino´pino. O Córtex cerebral apresentava-se envolvido de escura massa fluídica. Reconhecíamos no moço incapacidade de qualquer domínio sobre sí mesmo. -- É a possessão completa ou a epilepsia essencial... -- Apesar da carga doentia que suporta na atualidade, devemos aceitar o nosso Pedro na categoria de médium? -- Perguntou Hilário, atencioso. -- Pela passividade com que reflete o inimigo desencarnado, será justo tê-lo nessa conta, contudo, precisamos considerar que, antes de ser um médium na acepção comum do termo, é um Espírito endividado a redimir-se. -- Mas não poderá cogitar do próprio desenvolvimento psíquico? ...-- Desenvolver, em boa sinonímia, quer dizer <<retirar do invólucro>>, <<fazer progredir>> ou <<produzir>>. Assim compreendendo, é razoável que Pedro, antes de tudo, desenvolva recursos pessoais no próprio reajuste. ... -- Aparelhos mediúnicos valiosos naturalmente não se improvisam. Como todas as edificações preciosas, reclamam esforço, sacrifício, coragem, tempo... E sem amor e devotamento, não será possível a criação de grupos e instrumentos louváveis, nas tarefas de intercâmbio. 1) Todo aquele que sofre uma possessão é um médium? - podemos considerá-lo como tal, pois está atuando como intermediário entre o mundo material e o mundo espiritual, mas seria uma excessão a regra geral 2) Qualquer encarnado pode sofrer uma possessão? - Basta estar en sintonia com o espírito e permitir, pois o desencarnado só conseguirá o intênto se o encarnado demonstrar condições para que isso ocorra. 3) Por quê a magnetização do encarnado em tratamento auxilia o possessor? - Por que estando ambos em sintonia a alteração nas ondas mentopisíquicas, alteram também no possessor, a alteração da vibração em um afeta diretamente o outro. 4) Toda médiunidade se aflora sempre para o trabalho? - Em geral toda mediunidade que se aflora pode e deve ser utilizada para o trabalho de auxílio ao próximo, mas em geral ela vem para que o encarnado tenha maior facilidade de resgatar as suas dívidas. 5) Como devemos trabalhar a obsessão e a possessão em médiuns? - Nos dois casos, a ocorrência é proveniente do desequilíbrio do médium, cabe primeiro a ele a vontade de se libertar. O estudo e a oração são ferramentas de excelente ajuda para a busca do equilíbrio e auxílio.


Conclusão

1) Todo aquele que sofre uma possessão é um médium? Em sentido amplo, todos somos médiuns, pois, como definiu Kardec no Livro dos Médiuns, ###todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium###. Esta, portanto, é uma faculdade inerente ao ser humano, pelo que, pode-se dizer, todos são, mais ou menos, médiuns. Há pessoas, no entanto, em que esta faculdade se mostra bem caracterizada e se manifesta de forma mais intensa, produzindo efeitos mais claramente identificados. São estes que usualmente se denominam médiuns. A possessão, como uma influência espiritual negativa mais grave que a obsessão, manifesta-se quando duas mentes em desequilíbrio se imantam pela força do ódio recíproco e passam a atuar como se fossem uma só. O transe mediúnico, quando isto acontece, está caracterizado, como esclarece a André Luiz o instrutor Áulus. 2) Qualquer encarnado pode sofrer uma possessão? Assim como ocorre nos casos de obsessão, qualquer enacarnado, desde que permita os vínculos de sintonia que o liguem ao espírito possessor, pode ser vítima de uma possessão. 3) Por que a magnetização do encarnado em tratamento auxilia o possessor? Conforme explicou o instrutor Áulus, ###salutares e renovadores pensamentos assimilados pela dupla de sofredores em foco expressam melhoria e recuperação para ambos, porque, na imantação recíproca em que se vêem, as idéias de um reagem sobre o outro, determinando alterações radicais.### Assim, a atuação magnética aplicada ao encarnado aproveita ao possuidor, operando em ambos os seus efeitos. 4) Toda mediunidade se aflora sempre para o trabalho? ###Aparelhos mediúnicos valiosos naturalmente não se improvisam###, explicou Áulus. A mediunidade é resultado de uma construção do espírito imortal ao longo de sua existência, com esforço e sacríficio. Vindo à carne, o espírito dotado dessa faculdade tem o livre-arbítrio para decidir o rumo que a ela dará. Uns a utilizam para satisfazer seu orgulho, sua vaidade ou, até mesmo, suas necessidades materiais. Outros, mais moralizados, empregam-na no trabalho em favor do bem e do próximo necessitado. É a chamada ###mediunidade com Jesus###. Para tanto, o médium deve se encontrar livre de qualquer vínculo de compromisso com débitos adquiridos no passado. 5) Como devemos trabalhar a obsessão e a possessão em médiuns? Tratando do tema em ###A Gênese###, Allan Kardec recomenda que os casos de obsessão devem ser tratados mediante a substituição do fluido pernicioso, oriundo do obsessor, com que se acha impregnada a vítima, por fluido sadio, que repelirá o fluido malsão, substituindo-o. É uma ação idêntica à utilizada pelos médiuns curadores. Além dessa ação magnetizadora, Kardec recomenda, também, que se atue sobre o obsessor através da doutrinação, feita com firmeza e autoridade moral, buscando convencê-lo a renunciar aos seus maus desígnios. No caso de possessão, o trabalho deve ser no mesmo sentido, acrescido, em ambas as hipóteses, da transformação moral da vítima e do recurso da prece, que ajudará a ambos: ao obsessor ou possessor, a compreender a necessidade de abandonar seus objetivos maléficos; ao obsediado ou possuído, a proceder a sua reforma íntima.