Nos Domínios da Mediunidade

004 – Ante o serviço

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo - CVDEE
www.cvdee.org.br - Sala Virtual de Estudos Nosso Lar
Estudo das obras de André Luiz



Eis, Pessoal, esperamos que tudo em paz e luz com e pra vcs:))
Lembrando que a participação de todos é importante , pois só assim poderemos aprofundar os estudos, né mesmo?:))
Vcs podem participar respondendo às questões formuladas, ou escolher aquelas que mais lhe chamem a atenção, fazendo seus comentários sobre o capítulo ou algum tema dentro dele que lhe chamou a atenção, pode trazer suas dúvidas, trazer textos elucidativos, pode fazer comparações com outras obras da codificação, de André Luiz ou da Doutrina Espírita; enfim, dentro dos assuntos em estudo, pode participar da forma que achar melhor, tá ok?:))
Beeem, falamos demais , né? Vamos ao estudo :)))

Livro em estudo: Nos domínios da mediunidade
Tema: Capítulo 4 - Ante o serviço
Período: 30/01/2003 a 13/02/2003

Resumo do Capítulo:
“(...)

Dois enfermos, uma senhora jovem e um cavalheiro idoso, custodiados por dois familiares, transpuseram o umbral, localizando-se num dos ângulos da sala, fora do círculo magnético.

_ São doentes a serem beneficiados – informou-nos o orientador.

(...)

Nenhum deles vinha até nós, constrangidamente.

Dir-se-ia que se aglomeravam, em derredor dos amigos encarnados em prece, quais mariposas inconscientes, rodeando grande luz.

Vinham bulhentas, proferindo frases desconexas ou exclamações menos edificantes, entretanto, logo que atingidas pelas emanações espirituais do grupo, emudeciam de pronto, qual se fossem contidas por forças que elas próprias não conseguiam perceber.

Atencioso Áulus notificou:

_ São almas em turvação mental, que acompanham parentes, amigos ou desafetos às reuniões públicas da Instituição , e que se desligam deles quando os encarnados se deixam renovar pelas idéias salvadoras, expressas na palavra dos que veiculam o ensinamento doutrinário. Modificado o centro mental daqueles que habitualmente vampirizam, essas entidades vêem-se como que despejadas de casa, porquanto, alterada a elaboração do pensamento naqueles a quem se afeiçoam, experimentam súbitas reviravoltas nas posições em que falsamente se equilibram. Algumas delas, rebeladas, fogem dos templos de oração como este, detestando-lhes temporariamente os serviços e armando novas perseguições às suas vítimas, que procuram até o reencontro; contudo, outras, de algum modo tocadas pelas lições ouvidas, demoram-se no local das predicações em ansiosa expectativa, famintas de maior esclarecimento.

Hilário, que recebia, surpreso, semelhantes informes, perguntou, curioso:

_ Que ocorre, porém, quando os encarnados não prestam atenção aos ensinamentos ouvidos?

_ Sem dúvida, passam pelos santuários da fé na condição de urnas cerradas. Impermeáveis ao bom aviso, continuam inacessíveis à mudança necessária.

_ Mas este mesmo fenômeno se repete nas igrejas de outras confissões religiosas?

_ Sim. A palavra desempenha significativo papel nas construções do espírito. Sermões e conferências de sacerdotes e doutrinadores, em variados setores da fé, sempre que inspirados no infinito Bem, guardam o objetivo da elevação moral.

(...)

_ Entre os homens, porém, se não é fácil cultivar a vida digna, é muito difícil habilitar-se a criatura à morte libertadora. Comumente, desencarna-se a alma, sem que se lhe desagarrem os pensamentos , enovelados em situações, pessoas e coisas da Terra. A mente, por isso, contínua encarcerada nos interesses quase sempre inferiores do mundo, cristalizada e enfermiça em paisagens inquietantes., criadas por ela mesma. Daí o valor do culto religioso respeitável, formando ambiente propício à ascensão espiritual, com indiscutíveis vantagens, não só para os Espíritos encarnados que a ele assistem, com sinceridade e fervor, mas também para os desencarnados, que aspiram à própria transformação. Todos os santuários, em seus atos públicos, estão repletos de almas necessitadas que a eles comparecem, sem o veículo denso, sequiosas de reconforto. Os expositores da boa palavra podem ser comparados a técnicos eletricistas, desligando “tomadas mentais”, através dos princípios libertadores que distribuem na esfera do pensamento.

(...)

_ Em razão disso, as entidades vampirizantes operam contra eles, muitas vezes envolvendo-lhes os ouvintes em fluidos entorpecentes, conduzindo esses últimos ao sono provocado, para que se lhes adie a renovação.

Observando os irmãos retardados que se abeiravam da mesa num quase semicírculo, tive a idéia de usar o psicoscópio , de modo a examina-los detidamente, ao que Áulus informou, prestimoso:

_ Não será preciso. Bastará uma análise atenta para a colheita de resultados interessantes, de vez que os nossos amigos estampam no próprio corpo perispiritual os sofrimentos de que são portadores.

(...)

Reparei o conjunto, notando que alguns deles se mostravam enfermos, como se estivessem ainda na carne.

Membros lesados, mutilações, paralisias e ulcerações diversas eram perceptíveis a rápido olhar.

(...)

_ Nossos irmãos sofredores trazem consigo, individualmente, o estigma dos erros deliberados a que se entregaram. A doença, como resultante de desequilíbrio moral, sobrevive no perispírito, alimentada pelos pensamentos que a geraram, quando esses pensamentos persistem depois da morte do corpo físico.

_ mas, adquirem melhoras positivas em reunião de intercâmbio? – indagou Hilário, espantadiço.

_ Sim – esclareceu o interlocutor –, assimilam idéias novas com que passam a trabalhar, ainda que vagarosamente, melhorando a visão interior e estruturando, assim, novos destinos. A renovação mental é a renovação da vida.

Meditei na ilusão dos que julgam na morte livre passagem da alma, em demanda do céu ou do inferno, como lugares determinados de alegria e padecimento...

Quão raros na Terra se capacitam de que trazemos conosco os sinais de nossos pensamentos, de nossas atividades e de nossas obras, e o túmulo anda mais faz que o banho revelador das imagens que escondemos no mundo, sob as vestes da carne! ...

A consciência é um núcleo de forças, em torno do qual gravitam os bens e os males gerados por ela mesma e , ali, estávamos defrontados por vasta fileira de almas, sofrendo nos purgatórios diferenciados que lhes eram característicos.

Abeiramo-nos de triste companheiro, de macilenta expressão fisionômica e Hila’rio num impulso todo humano, perguntou-lhe:

_ Amigo, como te chamas?

_ Eu? (..)

(...)

_ Eu não tenho nome (...)

_ Impossível (...) todos temos um nome.

_ Esqueci-me, esqueci-me de tudo (...)

_É um caso de amnésia a estudar (...)

_ Fenômeno Natural? (...)

_ Sim, pode ser natural, em razão de algum desequilíbrio trazido da Terra, mas é possível que o nosso amigo esteja sendo vítima de vigorosa sugestão pós-hipnótica, partida de algum perseguidor de grande poder sobre os seus recursos mnemônicos. Encontra-se ainda profundamente imantado às sensações físicas e a vida cerebral nele ainda é uma cópia das linhas sensoriais que deixou. Assim considerando, é provável esteja submetido ao império de vontades estranhas e menos dignas, às quais se teria associado no mundo.

_ Céus! – clamou meu colega impressionado – é possível semelhante dominação depôs da morte?

_ Como não? A morte é continuação da vida, e na vida, que é eterna, possuímos o que buscamos.

Atento aos nossos estudos da mediunidade, observei:

_ Se o nosso amigo desmemoriado for conduzido ao aparelho mediúnico, manifestar-se-á, acaso, assim, ignorando a identidade que lhe é própria?

_ Perfeitamente. E precisará de tratamento carinhoso como qualquer alienado mental comum. Exprimindo-se por algum médium que lhe dê guarida, será para qualquer doutrinador terrestre o mesmo enigma que estamos presenciando.

(...)

_ Se esse companheiro utilizar-se da organização mediúnica, transmitirá ao receptor humano as sensações de que se acha investido?

_ Sim – elucidou o Assistente -, refletirá no instrumento passivo as impressões que o possuem, nos processos de imanização em que se baseiam os serviços de intercâmbio.

( ...)

_ No entanto, não nos percamos agora nos casos particulares. Cada entidade menos equilibrada de quantas se acham reunidas aqui traz consigo inquietantes experiências. Observemos de plano mais alto.

E conduziu-me à cabeceira da mesa, onde o nosso amigo Raul Slva ia começar o serviço de oração. “

Questões iniciais para estudo :

01) O que é turvação mental? Por que ela se dá?

02) O que é vampirização? Como e por que ela se dá?

03) O que é sintonia? Como ela se dá? Justificar.

04) Áulus comenta a importância das reuniões públicas da Instituição. Qual a importância delas e qual a sua correlação com as reuniões mediúnicas?

05) O socorro espiritual se dá tão somente na Casa Espírita? Justificar.

06) Áulus novamente se refere à mente. O que se deve entender por "tomadas mentais"?

07) Comente sobre o perispírito/corpo perispiritual.

08) Comente as seguintes assertivas:

08a) Meditei na ilusão dos que julgam na morte livre passagem da alma, em demanda do céu ou do inferno, como lugares determinados de alegria e padecimento...

08b) A consciência é um núcleo de forças, em torno do qual gravitam os bens e os males gerados por ela mesma e , ali, estávamos defrontados por vasta fileira de almas, sofrendo nos purgatórios diferenciados que lhes eram característicos.

08c) _ Se esse companheiro utilizar-se da organização mediúnica, transmitirá ao receptor humano as sensações de que se acha investido?

_ Sim – elucidou o Assistente -, refletirá no instrumento passivo as impressões que o possuem, nos processos de imanização em que se baseiam os serviços de intercâmbio.

Bibliografia de apoio sugerida:

LM - LE - ESE

Estudando a Mediunidade - Martins peralva

Diálogo com as Sombras - Hermínio C. Miranda

Estudo realizado do livro Missionários da Luz - www.cvdee.org.br (setor estudos - seção Nosso Lar)


Aguardando a participação de todos :))
Vamos estudar juntos?:))
Uma noite estrelada de felicidade
abraços com carinho no coração
Equipe Nosso Lar - CVDEE
eqpnl@cvdee.org.br

Conclusão

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Estudo das obras de André Luiz


Livro em estudo: Nos domínios da mediunidade

Tema: Capítulo IV - Ante o serviço - Conclusão



QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO


1) O que é turvação mental? Por que ela se dá?

Turvação mental foi a expressão de que se serviu o instrutor Áulus para definir o estado em que se apresentaram os
numerosos espíritos que compareceram na reunião mediúnica narrada neste capítulo. Eram parentes, amigos e
desafetos dos encarnados que lá se encontravam, todos mantendo um padrão vibratório inferior e em acentuado
estado de perturbação. Encontravam-se ligados aos encarnados por sintonia, que os vinculava magneticamente.


2) O que é vampirização? Como e por que ela se dá?

Vampirização é a ação através da qual um espírito de baixo nível de evolução imanta-se a outro, encarnado ou
desencarnado, com o objetivo de sugar-lhe substância vital. Dá-se por sintonia magnética, como em todo processo
obsessivo. Os casos mais freqüentes são os motivados por desregramentos no uso de alimentos, alcoólicos, fumo
e até na prática sexual. Os espíritos vampirizadores fazem uso de suas vítimas como instrumento para lhes propiciar
a satisfação de seus desejos, aspirando as emanações fluídicas que decorrem das práticas mencionadas.


3) O que é sintonia? Como ela se dá?

Sintonia é a ressonância psíquica existente entre dois seres que nutrem pensamentos da mesma natureza.
Alimentando a mesma qualidade de idéias, dois ou mais espíritos, encarnados ou desencarnados, imantam-se pelo
pensamento, vinculando-se magneticamente uns aos outros." Dessa forma, identificam-se quanto à faixa vibratória
em que transitam. Quando o espírito age, pensa ou sente, emite ondas vibratórias magnéticas que ganham o espaço,
através do fluido cósmico universal. Sendo as ações, os pensamentos ou os sentimentos de natureza idêntica,
freqüentam a mesma faixa vibratória, interligando esses espíritos, que se influenciam, reciprocamente. O perispírito,
sendo o corpo espiritual e extraído do fluido cósmico universal identifica-se com este, assimilando essas emanações
fluídicas e as repassando, no caso de encarnados, ao corpo físico.


4) Áulus comenta a importância das reuniões públicas da Instituição. Qual a importância delas e qual a sua correlação
com as reuniões mediúnicas?

Nos casos de obsessão, o esclarecimento doutrinário que é prestado nas reuniões públicas da casa espírita pode
romper o vínculo magnético que une as duas partes, indispensável à instalação do processo. Para tanto, é necessário,
porém, que o encarnado que lá comparece esteja receptivo a esses ensinamentos, através do desejo sincero de
modificar seus hábitos mentais. Modificada a natureza de seus pensamentos, deixa de existir aquela identidade
vibratória mencionada, sendo o desencarnado perturbador "despejado" do centro mental do obsidiado, como Áulus
se expressou.

Já as reuniões mediúnicas, em regra, devem ser reservadas, pois é indispensável uma identidade de propósitos
entre seus participantes. Qualquer que se apresente desarmonizado com o restante do grupo vai gerar, certamente,
uma quebra de homogeneidade de pensamentos e propósitos, abrindo as portas para entidades perturbadoras. Não
significa que estas não devam ser admitidas. Elas devem, sim, ser trazidas para receberem o esclarecimento
doutrinário que poderá tirá-las daquela condição. Mas o grupo mediúnico deve ser homogêneo para poder lidar com
elas convenientemente.


5) O socorro espiritual se dá tão somente na Casa Espírita?

O socorro espiritual se dá em toda a parte. O que o determina não é a localização física onde se encontre o
necessitado, mas o seu nível de receptividade, a sua sintonia mental. Os benfeitores espirituais estão sempre aptos
a nos socorrerem. Contudo, precisamos fazer a nossa parte. A casa espírita funciona como um ponto de apoio, um
local imantado de fluidos salutares pelo plano espiritual, onde podem se reunir necessitados e servidores do bem. É
o local ideal para a prestação de socorro, embora, como se disse, este possa se dar em qualquer parte.


6) Áulus novamente se refere à mente. O que se deve entender por "tomadas mentais"?

É uma espécie de fusão magnética, ligando, psiquicamente, dois ou mais espíritos, encarnados ou desencarnados.
Como temos estudado desde o primeiro capítulo, os espíritos se ligam e se influenciam reciprocamente pela sintonia.
Havendo afinidade de hábitos mentais, a reciprocidade vibratória passa a atuar, imantando as mentes dos envolvidos.
Dá-se, então, a instalação da "tomada mental".


7) Comente sobre o perispírito/corpo perispiritual.

Resumidamente, podemos dizer que o perispírito é a estrutura intermediária entre o espírito e o corpo físico, extraída
do fluido cósmico universal do planeta onde o espírito habita. Sua constituição muda de mundo para mundo, conforme
o seu grau evolutivo. É o veículo das nossas emoções e preside a formação do corpo físico, funcionando como seu
molde. Nele ficam gravadas todas as nossas experiências. É constituído de matéria quintenssenciada, plástica, flexível
e por isto possibilita que o espírito se apresente da forma determinada pelo seu padrão mental. À medida que o espírito
evolui, o perispírito vai se desmaterializando, até um ponto em que irá se confundir com o próprio espírito, como nos
casos dos puros espíritos.


8) Comente as seguintes assertivas:

8-a) "Meditei na ilusão dos que julgam na morte livre passagem da alma, em demanda do céu ou do inferno, como
lugares determinados de alegria e padecimento..."

André Luiz se refere aos que crêem na unicidade da existência física, após o que haveria o chamado "juízo final",
selando, em definitivo, a sorte do espírito. Como disse o Autor, trata-se de mera ilusão, como comprovam os espíritos
em estado de perturbação que ali compareciam. A mudança de dimensão não traz nenhuma situação definitiva para o
espírito, de alegria nem de sofrimento. É apenas a continuação da vida, sob uma nova forma. Os que acreditam num
julgamento final após a morte do corpo físico, principalmente os que esperam uma existência contemplativa num céu
que não existe, encontram-se iludidos e ficarão, após a passagem, desiludidos.


8-b) "A consciência é um núcleo de forças, em torno do qual gravitam os bens e os males gerados por ela mesma e , ali
estávamos defrontados por vasta fileira de almas, sofrendo nos purgatórios diferenciados que lhes eram característicos."

Como acrescentou o Autor, poucos são os que têm conhecimento da nossa realidade espiritual, de que a nossa
consciência é o "núcleo de forças" formado pelo bem e pelo mal que praticamos e que vai determinar a nossa sorte.
Como se disse durante o estudo, o céu e o inferno estão na consciência de cada um. São estados conscienciais e
não localidades físicas. Os espíritos que ali compareciam encontravam-se em sofrimento, cada um numa situação
diferente, a que eram conduzidos por suas condições mentais, ditadas por suas consciências.


8-c) - "Se esse companheiro utilizar-se da organização mediúnica, transmitirá ao receptor humano as sensações de que se acha investido? - Sim – elucidou o Assistente -, refletirá no instrumento passivo as impressões que o possuem, nos processos de imanização em que se baseiam os serviços de intercâmbio."

O médium, como uma verdadeira antena receptora de sinais, nessa hipótese, absorverá fielmente o estado psíquico
do espírito comunicante, fazendo-o refletir no plano físico. O intercâmbio mediúnico, como explicou Áulus, opera a
imantação das mentes comunicantes e receptora, repassando ao plano terreno as impressões do que acontece no
espiritual.


Muita paz a todos.

Equipe CVDEE
Sala Nosso Lar
Coordenação: eqpnl@cvdee.org.br